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Vereadores de São Mateus vão diminuir salários - (São Mateus, ES)

São Mateus

Vereadores de São Mateus vão diminuir salários - São Mateus

São Mateus Vereadores de São Mateus vão diminuir salários


Acordo firmado ontem prevê vencimento inferior a R$ 7 mil


Depois de sofrerem pressão do Ministério Público e da população por aprovarem, "na calada da noite", um pacote de benefícios que inclui aumento dos próprios salários, os vereadores de São Mateus decidiram recuar. O aumento acontecerá, mas será num percentual menor. A decisão foi tomada a portas fechadas, ontem, em uma reunião realizada na Câmara. A data da revogação e o valor exato de quanto será o novo salário, entretanto, ainda não foram definidos.


Nove vereadores participaram da reunião e afirmam ter feito o compromisso de que os salários não vão ultrapassar os R$ 7 mil, em 2013. "Foi unânime, todos aceitaram (R$ 7 mil como teto). Agora vamos ver os mecanismos jurídicos necessários para isso acontecer", afirma o presidente da Câmara, Carlos Alberto Gomes Alves (PP), ao sair da reunião, que durou cerca de duas horas.


No entanto, os demais benefícios do pacote aprovado na sessão, que varou a madrugada, foram mantidos. Além do aumento nos salários, em uma única sessão a Câmara aprovou cota de combustível de 500 litros por semana, criação de 33 cargos e compra de cinco carros novos. "Discutimos o salário, que é mais importante nesse momento", argumenta Alberto.


O presidente da Casa informou que vai se reunir com o procurador da Câmara para discutir como serão os procedimentos para anular o reajuste. Ele ainda disse que vai pedir de volta ao prefeito Amadeu Boroto (PSB) o projeto de lei que reajusta o salário dos vereadores, de R$ 5,1 mil para R$ 9.490. "O projeto inicial - de 86% de aumento - não se tornará lei. Isso eu posso garantir", diz Alberto.


O vereador Wanderlei Segatini (PMDB) foi um dos dois parlamentares que votaram contra o aumento de 86 %. "Sempre fui contra. Minha proposta é de que o reajuste para os vereadores seja o mesmo dado aos servidores municipais, de 7 %. Com o acordo feito nessa reunião, o aumento não deve passar os 16 %", diz.
Quantidade


Na reunião de ontem, os vereadores também discutiram uma possível anulação da lei, aprovada em agosto deste ano, que aumenta o número de vereadores de 11 para 17, a partir de 2013. Segundo Carlos Alberto, cinco vereadores se manifestaram a favor à revogação, enquanto quatro não mudaram de opinião. "Precisamos de oito votos para revogar", explica Alberto, que se diz a favor da manutenção de 11 parlamentares na Casa.


"Achava que, com o aumento de vereadores, haveria mais representatividade, mas percebi que isso geraria mais custos, por isso votei atrás", justifica Carlinho Simião Correia (PSDC).


Cai eleição direta nas escolas
No mesmo dia em que recuou quanto ao aumento de 86 % dos salários, a Câmara de São Mateus aprovou um projeto polêmico, que dá ao prefeito municipal autonomia para nomear os cargos de diretores das escolas municipais.
Aos gritos de ?vergonha, vergonha?, dezenas de professores protestaram durante a sessão realizada ontem, às 9 horas.


Mesmo sob pressão, por seis votos a três a lei foi aprovada. "Mais um projeto aprovado sem discussão, sem a cidade ser convocada a discutir", diz o petista Eneias Zanelato Carvalho, numa alusão ao aumento dos salários que, segundo o parlamentar, também teria sido votado sem planejamento prévio.


"A escolha dos diretores feita pela comunidade tem dado certo. Com a lei, o prefeito vai escolher indicações políticas que não respeitam questões técnicas e pedagógicas", diz Zanelato.


Fundão nem pensa em rever aumento
O presidente da Câmara Municipal de Fundão, Claydson Rodrigues (PSB), acredita que os vereadores não vão recuar da decisão de aumentar os salários para a próxima legislatura em mais de 60%.


O projeto, aprovado na sessão de terça-feira, também reajustou os vencimentos do prefeito, do vice e dos secretários do município. Pela nova lei, a partir de 2013, os vereadores passam a ganhar R$ 6 mil. Já o valor recebido pelo prefeito sobe para R$ 13 mil, enquanto o vice e os secretários vão ganhar R$ 9 mil e R$ 8 mil, respectivamente.


"Acredito que não deve haver recuo, já que estamos há mais de quatro anos sem reajustes. Além disso, de lá para cá também aumentamos o número de sessões", disse o presidente.


O projeto foi aprovado por unanimidade e apenas um vereador não compareceu à sessão.


Claydson também disse achar que o aumento é necessário porque a Casa não tem cota para combustível, por exemplo. "Geralmente a população não entende muito bem. Temos apenas um carro para toda a Câmara. Se ele não estiver disponível, o vereador tem que bancar a gasolina do próprio bolso", argumentou.


Imagem: Reprodução


Colunista: Ivan de Freitas


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