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Empresa de remoção é acusada de atuar com ambulâncias irregulares - (Colatina, ES)

Colatina

Empresa de remoção é acusada de atuar com ambulâncias irregulares - Colatina

Colatina Empresa de remoção é acusada de atuar com ambulâncias irregulares

Há três anos a reportagem de ESHOJE vem recebendo denúncias de funcionários e ex-funcionários da Remocenter Remoções e Serviços Médicos Ltda. Desde então, os relatos engrossam a lista de possíveis irregularidades cometidas pela empresa, que já prestou serviço ao Estado e atua no município de Serra. Segundo os denunciantes, a empresa não oferece um serviço responsável, colocando em risco a saúde de quem trabalha e a dos pacientes.

Desta vez, as revelações dão conta de que as ambulâncias estão circulando com pneus carecas, sem o triangulo, com o tanque de combustível próximo a reserva e, pior, sem o estepe – item essencial de segurança de trânsito. E, que consta no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) como obrigatório.

No dia 29 de novembro ESHOJE constatou o não uso do equipamento. Em três ambulâncias estacionadas no Hospital Dório Silva, na Serra, não havia pneus extras. Uma delas é a de placa EKL 3208. De acordo com o subcomandante do Batalhão de Trânsito (BPTran), major Cleber Bongestab, este tipo de veículo não deveria circular sem as condições de segurança. Ele explicou que se o veículo for pego em situação irregular, ou seja, sem o sobressalente, farol, triângulo, luzes de alerta, extintor e outros, poderá ser retido em uma abordagem policial.

Bongestab informou, entretanto que não houve nenhum tipo de ação para fiscalizar veículos de remoção, mas que uma operação está programada na Grande Vitória. O cronograma das ações ainda está sendo definido.
As denúncias vão além, mas não são novas: há ambulâncias circulando sem oxímetro e desfibrilador, luvas, lençol para assepsia e esparadrapo. “Muitas vezes faltam luvas a equipamentos indispensáveis para uma remoção. É risco para nós, enquanto profissionais, e para os próprios pacientes”, denunciou um funcionário – cujo nome será preservado, bem como as demais fontes.

As primeiras denúncias contra a empresa de remoções chegaram à reportagem de ESHOJE em maio de 2009. Nas edições 278, 279, 284 e 285 servidores e ex-servidores contaram o sufoco que passaram quanto faziam remoções durante a vigência do contrato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A primeira: “Já chegamos a transferir um recém-nascido de São Mateus para Colatina com a ambulância sem energia. Só o farol estava ligado. Os equipamentos estavam todos desligados, e nem a luz do teto da ambulância acendia. Enxergávamos com a luz de um celular”, contou um ex-funcionário.

Morte não é impedimento

No dia 18 de julho deste ano o paciente Geraldo Barbosa de Carvalho morreu ao ser transferido do hospital São Lucas, em Vitória, para o Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, norte do Estado. “Esta morte aconteceu porque não tinha respirador VLP (Ventilador Pulmonar) de quatro ou seis mil Ventilogos na ambulância. O paciente estava sendo removido com a equipe ambusando (respirador manual). A morte aconteceu ainda em Vitória, praticamente na porta do Hospital São Lucas”, relatou outro denunciante.

A Remocenter Remoções teve o contrato rescindido com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) após a morte, por determinação do Ministério Público Estadual (MPES). No entanto, a Secretaria afirmou, por nota, não há impedimento para participação da empresa no processo licitatório que está sendo realizado para substituir o que foi rescindido com a mesma. Além de Serra, a empresa atua em Linhares desde agosto, cujo contrato é na ordem de R$ 3 milhões. Por meio de sua assessoria o MPES afirma que a empresa continua alvo de investigação.

Empresa reclama de perseguição - Vítima de uma concorrência desleal, praticada por pessoas interessadas em assumir o contrato com a prefeitura da Serra. É como classifica a situação da Remocenter Remoções e Serviços Médicos Ltda, a advogada Fabíola Gomes – que desde setembro é responsável pelo setor jurídico da empresa. “Acredito que há uma determinada perseguição contra a empresa numa concorrência ilegal. Eu tenho um gestor da Serra no meu pátio. Será que ele está com vendas nos olhos? E não está vendo o que os denunciantes viram”, perguntou.

A advogada garante que é feito um trabalho preventivo e corretivo nos veículos, diariamente. “São alegações infundadas para macular a imagem da empresa. Eu fico preocupada com o andar da carruagem, porque tem alguém querendo galgar o contrato”.

Por meio de nota a Secretaria de Saúde da Serra informou que gerencia o contrato e mantém fiscalização efetiva sobre a operação da empresa no município de forma a garantir a observância das condições contratuais e o bom atendimento à população. A prefeitura negou que tenha recebido qualquer denuncia contra a Remocenter, e garantiu que qualquer reclamação é devidamente apurada. Informou, ainda, que no município, o serviço Oi, Doutor – acionado pelo 0800 0812 192 –dispõe de médico 24h, 10 ambulâncias, 01 UTI Móvel e 03 vans para atendimento a pacientes em tratamento como hemodiálise, quimioterapia e radioterapia com dificuldades de locomoção.

Porém, segundo denúncias ao ESHOJE, a empresa – desrespeitando o contrato – atua com apenas sete unidades em operação. As unidades 535 (EKL 3212 /sem módulo de sirene e giroflex), 540 (EKL 3213 / parada após acidente) e 550 (EKL 3215 / com motor batido) estão recolhidas para manutenção.

Imagme: reprodução


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