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Ifes mantém greve no Estado, mas seis campi estão funcionando - (Venda Nova do Imigrante, ES)

Venda Nova do Imigrante

Ifes mantém greve no Estado, mas seis campi estão funcionando - Venda Nova do Imigrante

Venda Nova do Imigrante Ifes mantém greve no Estado, mas seis campi estão funcionando

Os servidores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) decidiram, nesta quinta-feira (27), pela manutenção da greve no Espírito Santo, mesmo com a decisão do comando nacional em suspender o movimento grevista, no último sábado (22). A paralisação dura quase três meses. A decisão não foi unânime, mas teve o apoio da maioria que compareceu à assembleia. Ela vale para 11 campi do Estado. Os campi de Santa Tereza, Alegre, Ibatiba, Piúma e Venda Nova do Imigrante já estavam com as atividades normalizadas. A decisão desta quinta não vale para os campi de Itapina, Alegre e Santa Tereza, visto que os três não fazem parte da central sindical que representa os outros campi.

Mães de alunos que até então aguardavam pela assembleia desta quinta-feira e esperavam uma decisão pelo retorno das aulas, ficaram insatisfeitas com a situação. Segundo a bancária Otília Maria Nascimento, elas vão acionar o Ministério Público Federal para que intervenha e peça a ilegalidade do movimento grevista, visto que o comando nacional já decidiu por suspender a paralisação.

Os grevistas entenderam que as reivindicações, principalmente as da pauta interna, não foram contempladas. Eles disseram que vão tentar uma nova reunião com o reitor do Ifes, Denio Rebello Arantes, para apresentar a pauta interna que tem entre outros assuntos a manutenção do auxílio transporte, criação do auxílio interior, transparência nas remoções e concurso para professores.

Apesar de algumas pautas serem direcionadas ao Ministério da Educação os servidores explicaram que alguns assuntos, como o concurso de professores, depende da deliberação do reitor que encaminha o pedido ao MEC.

Entre as reivindicações nacionais feitas por professores e servidores administrativos estão melhores condições de trabalho, concurso para professores habilitados, reajuste emergencial de 14,67%, previsão de reajuste na Lei das Diretrizes Orçamentárias para 2012 e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação.

Prós e contras

A plenária desta quinta, que contou com quase 270 servidores inscritos, também teve a participação de estudantes. Alguns apoiaram e outros se posicionaram contra a continuidade da greve. Os que são a favor alegam que se os professores retornassem para as salas de aula descontentes os alunos seriam penalizados.

A estudante de eletrotécnica, Pâmela Braga, disse que é melhor manter a greve do que o professor voltar à sala de aula com má vontade de trabalhar. "As reivindicações deles são legítimas, mas infelizmente nós que estamos sendo prejudicados. Voltar às aulas agora não vai resolver nada. Eles vão ficar é convocando os alunos para fazerem movimento e não vão dar aula", disse.

Contrário a greve que já dura quase 90 dias, o estudante do curso superior de engenharia metalúrgica, Rafael Piumatti, disse que quem sai prejudicado nessa história é o aluno. "Eles ainda não conseguiram nada. Já são quase 90 dias e nenhuma reivindicação foi atendida. Agora, mesmo o comando nacional determinando a suspensão da greve, nós vamos continuar sem aula por uma decisão dos servidores locais", afirmou.

Apesar da greve já durar quase três meses, nem todos os professores e servidores administrativos aderiram ao movimento. Alguns estão trabalhando normalmente. Há professores que estão entrando em contato direto com as turmas, por email, confirmando as aulas. No campus de Vitória, por exemplo, o maior do Estado, várias turmas, segundo o diretor Ricardo Paiva, estão tendo aula.

O diretor da unidade explicou que vai respeitar a decisão da categoria. Qualquer outra posição futura só será tomada após reunião com os demais diretores de unidades.

Reitor não comenta decisão

O reitor do Ifes, Denio Rebello Arantes, comunicou, por meio da assessoria de imprensa, que só vai falar sobre o caso depois de se inteirar sobre a decisão da assembleia desta quinta. Denio estava em Brasília nesta quinta participando da reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica - Conif.

Foto: Reprodução


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