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Paralisação da Polícia Civil interrompe recolhimento de corpos na Grande Vitória - (Santa Maria de Jetibá, ES)

Santa Maria de Jetibá

Paralisação da Polícia Civil interrompe recolhimento de corpos na Grande Vitória - Santa Maria de Jetibá

Santa Maria de Jetibá Paralisação da Polícia Civil interrompe recolhimento de corpos na Grande Vitória

A paralisação de 24 horas da Polícia Civil, iniciada por volta das 14h desta segunda-feira (26), fez com que pelo menos seis corpos deixassem de ser recolhidos na Grande Vitória pelo Departamento Médico Legal. O serviço, enquanto durar o movimento, deverá ser feito pelo Corpo de Bombeiros A medida foi adotada pelo governo do Estado, no início da noite desta segunda-feira (26), depois que o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol) decidiu, durante assembleia setorial na Chefatura de Polícia, parar por 24 horas.

De acordo com o assessor de Comunicação dos Bombeiros, coronel Samuel Barbosa, até as 20h desta segunda ainda não havia nenhuma determinação oficial por parte do governo para o comando da corporação. Ele afirmou que a Secretaria Estadual de Segurança está avaliando a situação e deve emitir parecer sobre o assunto.

Também ficarão paralisados os serviços da Superintendência Policial Prisional (SPP) e da Perícia Técnica. O diretor do Departamento Médico Legal (DML), André Neves, informou que o Corpo de Bombeiros vai realizar o recolhimento dos corpos. Já policiais civis vão ter que fazer o serviço de um perito para não perder informações do crime. "Decidimos durante uma reunião para não afetar a população. Esperamos que o serviço volte ao normal nesta terça-feira".

Os policiais reivindicam o direito à aposentadora especial, com 30 anos, com integralidade e paridade, além de promoções do cargo no tempo previsto, como explica o Presidente do Sindipol William Bermudes. "Nós Ganhamos no Supremo Tribunal Federal (STF) a integralidade da aposentadoria, mas o governo tinha que reconhecer essa decisão, o que não está fazendo. O policial precisa dessa aposentadoria especial devido os riscos que corre no dia a dia".

A categoria vai manter a paralisação até às 14h desta terça-feira (27), quando será realizada nova assembleia. Os servidores não descartam a possibilidade de uma greve estadual nos próximos dias. Durante a tarde desta segunda um carro de som ficou estacionado em frente ao DML de Vitória, onde a categoria concentrou os protestos.

A Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger) informou, por meio de nota, que o diálogo sempre esteve aberto com os Policiais Civis. Já a aposentadoria especial, segundo o governo, as regras diferem do que é adotado para as demais categorias cuja idade mínima de aposentadoria é de 35 anos e o cálculo é realizado com base nas regras constitucionais, adotando-se a média das últimas contribuições. O Estado entende que a situação trata-se de um estudo complexo que está sendo realizado com cautela.

Protesto e confusão

Os protestos dos policiais interromperam o trânsito na Avenida Nossa Senhora da Penha por meia hora, no cruzamento da Avenida Maruípe, em frente à sede da Chefatura da Polícia Civil, em Vitória. Houve confusão entre policiais e motoristas. Um chegou a ser agredido pelos manifestantes, depois que o motorista teria agredido verbalmente a categoria.

O funcionário público federal, Levir Nunes, seguia pela Reta da Penha para a Mata da Praia, onde tinha uma consulta médica agendada. Ele ficou revoltado com a manifestação dos policiais. "Eles têm que reclamar lá na Assembleia Legislativa e não aqui na Reta da Penha. Eu não tenho nada a ver com essa manifestação. Isso é uma esculhambação", relatou Nunes.

Segundo o Presidente do Sindipol, o objetivo do manifesto era chamar a atenção da sociedade e do governo do Estado. Alguns passageiros que estavam em ônibus da Grande Vitória deixaram os coletivos e seguiram a pé para ficar livre do engarrafamento. Os policiais deixaram o local e seguiram para a sede da Chefatura da Polícia Civil. O trânsito voltou ao normal com a presença de Guarda de Trânsito Municipal.

Serviço afeta a população

A auxiliar de serviços gerais, Maria Aparecida Gomes, saiu de Santa Maria de Jetibá para retirar o laudo cadavérico no DML de Vitória. "Eu preciso desse documento para dar entrada no Seguro de Vida deixado pelo meu marido. Gastei com o transporte, que não é barato, e agora só daqui a dois dias. Isso é um absurdo". Ela foi orientada a retornar na nesta quarta-feira (28).

Foto: Reprodução


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