O distúrbio pode provocar hipertensão, arritmia cardíaca e enfarto
O paciente com apneia do sono tem em torno de três vezes mais chance de sofrer de hipertensão, arritmias cardíacas e enfarto. Estudos recentes ligam o quadro de morte súbita ao problema.
Para ministrar dois cursos sobre o assunto, dois renomados profissionais na área vêm ao Estado, os dentistas Cibele Dal Fabbro e Jorge Faber. Estes cursos acontecerão nos dias 24 e 26 de agosto, na Associação Brasileira de Odontologia (ABO), no Bairro de Fátima, na Serra. Os cursos são direcionados para cirurgiões-dentistas e ortodontistas que pretendem ingressar nesta área ou que desejam se atualizar.
Cibele é vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (COAB) e Jorge Faber é mestre em Ortodontia e editor-chefe da Revista Dental Press de Ortodontia.
A apneia do sono é a obstrução parcial ou total das vias aéreas pelo colapso do espaço aéreo superior (orofaringe, palato mole e dorso da língua), impedindo a respiração por alguns segundos, várias vezes por noite, o que interfere de maneira importante na qualidade do sono.
Durante o sono o tônus muscular do pescoço e da faringe decresce. Com isto há um estreitamento do espaço faríngeo e o volume de ar necessário precisa ser inspirado a uma velocidade maior, ocorrendo a vibração de tecidos moles, como o palato mole, a úvula, língua e outros. Isto gera o ruído.
Os sintomas mais frequentes dos pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono é o ronco alto, dor de cabeça matinal, sonolência diurna, perda de produtividade e da capacidade de concentração.
Os fatores agravantes mais comuns são o aumento de peso, a ingestão de álcool e medicações hipnóticas. Fatores anatômicos como, por exemplo, as retrações mandibulares (queixo pequeno ou localizado muito para traz no perfil) contribuem para que um posicionamento posterior da língua predisponha o colapso das vias aéreas.
Esses pacientes necessitam de um exame clínico pelo médico e pelo Cirurgião Dentista. O paciente será examinado quanto ao índice de massa corporal e necessitará realizar uma polissonografia, que irá determinar a gravidade da apneia e a melhor forma de tratamento.
Orientações gerais incluem a perda de peso, evitar o uso de bebidas alcoólicas, drogas sedativas à noite e realizar uma terapia postural. Dois tipos de aparelhos podem ser usados no tratamento, dependendo do caso, os aparelhos intrabucais ou o CPAP (Continuous Positive Air Pressure). O tratamento cirúrgico tem sido pouco usado recentemente porque apresenta um índice de sucesso insatisfatório, já as cirurgias ortognáticas, que avançam a mandibular, têm apresentado excelentes resultados.
Programação Dia 24/08 – Cibele Dal Fabbro
- Vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (COAB)
- Graduada em Odontologia pela Organização Santamarense de Educação e Cultura de São Paulo
- Mestrado em Reabilitação Oral pela Universidade de São Paulo
- Doutora em Medicina do Sono pela UNIFESP
Dia 25 e 26/08 – Jorge Faber
- Editor-chefe da Revista Dental Press Journal of Orthodontics
- Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ
Informações pelo telefone: 3345-1900.
Foto: Divulgação