Após a crise, eles tentam atrair filiados
Lideranças do partido evitam comentar suspeitas envolvendo queda do ministro dos Transportes
Enquanto em Brasília o Partido da República (PR) se vê na iminência de perder autonomia sobre o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) - após a queda do ministro Alfredo Nascimento e a intervenção da presidente Dilma Rousseff (PT) em principal nicho de poder, o Ministério dos Transportes, no Estado, a legenda se mobiliza para atrair novos filiados e ganhar musculatura para 2012.
Neste fim de semana, o presidente estadual do PR, o senador Magno Malta, reuniu correligionários em Barra de São Francisco, no Norte do Estado. Segundo aliados, a pauta de Brasília não tem sido posta na mesa, e a decisão a nível local é de evitar o tema.
Até este momento, o partido já se reuniu com nomes de 55 municípios do Estado, e a expectativa é dar continuidade à "caravana" até o próximo dia 20. Após a rodada de conversas, o PR deve consolidar um relatório com diagnósticos locais.
O objetivo seria, segundo relatos, lançar o máximo possível de candidatos a prefeitos.
"A crise em Brasília é assunto que nem deve ser tocado, porque o trabalho agora é de fortalecimento de quadros. O que houve lá foi um fato isolado", destacou o deputado Glauber Coelho, que também participa das reuniões municipais.
"As apurações e explicações que forem necessárias serão feitas. O foco do debate aqui não é esse. Nossa pauta é, essencialmente, a defesa da família e o debate sobre o PL 122, que criminaliza a homofobia", avaliou o secretário de Defesa Social de Vila Velha, Ledir Porto, filiado ao partido.
Na visão de outras lideranças do PR, a crise do partido em Brasília nada tem de anormal. "Quais partidos nunca passaram por arranhões? Isso faz parte do processo político", frisou um integrante da cúpula da sigla.
Imagem: Reprodução
Colunista: Ivan de Freitas
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