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Rompimento entre prefeitos e vices já ocorre em seis cidades do Estado - (Presidente Kennedy, ES)

Presidente Kennedy

Rompimento entre prefeitos e vices já ocorre em seis cidades do Estado - Presidente Kennedy

Presidente Kennedy Rompimento entre prefeitos e vices já ocorre em seis cidades do Estado


Em Cariacica, uma placa instalada por Juninho (foto) expôs o racha entre ele e Helder Salomão.

Já Cavaglieri admite candidatura em Aracruz, mesmo sem apoio de Devens.

Rompimento eleitoral
Cariacica: O vice-prefeito, Juninho (PPS), rompeu de vez com o prefeito, Helder Salomão (PT). Brigados desde 2009, os dois viram o balde transbordar no último dia 24, devido à placa que Juninho mandou instalar, com sua foto, no aniversário da cidade - vista pela prefeitura como propaganda eleitoral antecipada do vice, pré-candidato a prefeito.
Aracruz: Ruim também está a relação entre o prefeito, Ademar Devens (PMDB), e seu vice, Jones Cavaglieri (PSB). Isolado por Devens depois que este retornou ao cargo, Jones quer ser o candidato do grupo mesmo sem o apoio do prefeito.


Marataízes: Ganharam as eleições juntos em 2008, mas, em 2012, serão adversários. Assim deve ser o destino do prefeito, Jander Vidal (PSDB), e da sua vice, Dilcéa Marvila (PR).


Sooretama: Da cidade de Sooretama vem o exemplo mais inusitado. O vice, Moacir Camiletti, rompeu com a prefeita, Jô do Salão, mesmo sendo do mesmo partido que ela, o PSB.


Mantenópolis: A briga entre o prefeito, Eduardo Carneiro (PT), e o vice, Maurício da Farmácia (PSB), vem desde a transição. Também lá, a eleição de 2012 reserva confronto direto.


Presidente Kennedy: Edinho Nogueira (PTB) é o vice, mas não aparece na prefeitura desde maio de 2009 - situação denunciada pelo próprio prefeito, Reginaldo Quinta (PTB).


Moacir briga com Joana e pede a ela o divórcio. Dilcéa reclama de ingratidão de Jander e diz que casamento está estremecido. Jones acha que mágoa de Ademar com ele não passou. Parecem até resumos de novelas, daqueles que se encontram na Revista da TV. Só que, como a matéria é de Política, os personagens são bem reais. E os conflitos em questão vêm de dentro de prefeituras de municípios capixabas, protagonizados pelos prefeitos e respectivos vices.


A semana passada foi marcada pela ruptura definitiva entre o prefeito de Cariacica, Helder Salomão (PT), e seu vice, Geraldo Luzia Junior, o Juninho (PPS), após o "episódio da placa". Juninho colocou uma placa próxima do local de comemoração da festa da cidade. O material foi retirado pela prefeitura, que considerou se tratar de propaganda antecipada, e o caso foi parar na delegacia. Mas, em pelo menos outras seis cidades capixabas, há vices que estão rompidos ou na iminência de romper com o ex-parceiro de chapa, titular do cargo a que, quase sempre, querem concorrer no ano que vem. É o que se vê em Aracruz, Marataízes, São José do Calçado, Presidente Kennedy, Sooretama e Mantenópolis.


O roteiro da novela segue uma fórmula: após o sucesso da união eleitoral, a lua de mel acaba e o casamento administrativo se mostra conturbado. Querendo se projetar eleitoralmente, o vice começa a se movimentar sozinho. Contrariado, o prefeito o isola para desidratá-lo. Os dois acabam rompendo, debaixo de mútuas acusações, ou mantendo as aparências.


Aracruz
No município da celulose, o vice-prefeito Jones Cavaglieri (PSB) quer trocar de papel depois de dois mandatos como vice de Ademar Devens (PMDB). Entre novembro de 2009 e maio último, ele teve a sensação de ser prefeito, com o afastamento (hoje, suspenso por liminar) de Devens.


Ao retornar ao cargo, Devens desfez algumas mudanças que Jones havia implementado e passou a deixar o vice na geladeira. "Não há um rompimento, mas há um incômodo, porque o prefeito voltou achando que eu trabalhei para que ele não pudesse voltar. Ele já disse que virou a página, mas percebo que a mágoa não passou", observa.


"Ele passou a não partilhar mais a gestão. Não tem mais solicitado minha ajuda. Continuo fazendo meu trabalho, mas sem a anuência dele." Jones trabalha para ser o candidato do seu grupo político (PSB, PMDB e PT), com ou sem o apoio de Devens, que não pode se reeleger.


Divisão em Sooretama até na mesma sigla
É do modesto município de Sooretama que vem o exemplo mais inusitado de rompimento entre ex-parceiros de chapa. Lá, a prefeita, Jô do Salão, e o vice, Moacir Camiletti, são do mesmo partido, o PSB. Mas isso não os impede de viver às turras desde o início do mandato, em 2009. Sem espaço na gestão e com todo o interesse em desbancar Jô no ano que vem, Camiletti negocia filiação ao PSD. "Sou candidato a prefeito contra ela."


Entre as queixas contra Jô, o vice alega que a prefeita exonerou alguns comissionados indicados por ele, e nunca compartilhou as decisões da prefeitura. "Depois que ela ganhou, abandonou todos que a apoiaram na campanha. Ninguém tem participação na prefeitura, nem consegue ser atendido."


Também em Mantenópolis, a ruptura entre o prefeito, Eduardo Alves Carneiro (PT), e o vice, Maurício da Farmácia (PSB), não esperou nem o início do mandato. "Mesmo antes de tomar posse, ele começou a cortar as relações e passou a fugir do nosso projeto administrativo". Um dos "compromissos não cumpridos" seria a participação do vice nas indicações para as secretarias de Saúde, Educação e Agricultura.
"Então, achei melhor ficar fora", diz o farmacêutico, para quem a situação não pode ser remediada. Ele pretende ser candidato contra Carneiro em 2012, com o respaldo da executiva regional do PSB.


Em Marataízes, a relação entre o prefeito Jander Nunes Vidal (PSDB) e a vice Dilcéa Marvila de Oliveira (PR) também desandou, mas depois da eleição do ano passado. Segundo ela, ao fechar a aliança vitoriosa em 2008, a única condição do PR foi o direito de indicar o titular da Secretaria de Educação. A própria Dilcéa ficou à frente da pasta até o ano passado, quando se desincompatibilizou para ser candidata a deputada federal.
"Ao voltar, para minha surpresa, o compromisso foi descumprido. Nosso trabalho na Educação começou a gerar insegurança. O casamento está estremecido. A administração está sendo ingrata."
Em São José do Calçado, o vice, Bento Braz de Almeida (PT), está rompido com o prefeito, José Carlos de Almeida (PSDC).


PR retira apoio, mas vice continua aliado
Em Cachoeiro, o relacionamento do prefeito Carlos Casteglione (PT) com seu vice, Pastor Braz (PR), vai muito bem, obrigado. O mesmo não se pode dizer sobre o relacionamento do PR, partido do vice, com a prefeitura. Querendo lançar candidato próprio em 2012, a sigla já decidiu não repetir a dobradinha com o PT, o que pode forçar Braz a escolher entre a fidelidade ao PR ou à administração. Por enquanto, o vice cumpre seu papel. "Neste momento, estou dando todo apoio e sustentabilidade para a governança do município. É meu papel e fui eleito para isso, independentemente da posição do partido." Casteglione, por sua vez, acha que essa discussão é prematura e que a boa relação com o vice não está ameaçada.


Imagem: Reprodução
Colunista: Ivan de Freitas


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