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Emoção, fé e história com os tapetes de Corpus Christi de Castelo, sul do Espírito Santo - (Venda Nova do Imigrante, ES)

Venda Nova do Imigrante

Emoção, fé e história com os tapetes de Corpus Christi de Castelo, sul do Espírito Santo - Venda Nova do Imigrante

Venda Nova do Imigrante Emoção, fé e história com os tapetes de Corpus Christi de Castelo, sul do Espírito Santo

As ruas da cidade foram enfeitadas com temas religiosos.

Dona Graziella Puppin, aos 80 anos, não conseguia conter a emoção ao acompanhar, de perto, a dimensão que alcançou os tapetes religiosos de Corpus Christi da cidade de Castelo, no sul do Estado. Nesta quinta-feira (23), estima-se que 85 mil fiéis foram ao município participar da festa religiosa - mais que o dobro da população de 35 mil habitantes da pacata cidade.

A aposentada participou da confecção do primeiro tapete, há 47 anos. "Fico muito emocionada porque eu fiz parte disso tudo e tenho muita recordação boa. Tudo começou por uma irmã de caridade da Santa Casa que fez o primeiro tapetezinho. Quando o frei José Oséias estava aqui em Castelo e construiu a (igreja) Matriz, aí que começou aumentar. E foi aumentando, aumentando...".

As ruas do centro de Castelo foram todas enfeitadas pelos tapetes coloridos com temas religiosos e também com apelos, como a preservação do meio ambiente e o cuidado com o aquecimento global. A extensão dos tapetes religiosos chegou a 1,2 km, passando em frente à igreja Matriz Nossa Senhora da Penha e por outras ruas do centro.

Dona Graziella relembra as dificuldades para conseguir confeccionar os tapetes na época dela. "Antigamente, a gente usava muita palha de café, palha de arroz e também muitas flores. A gente ia recolher as flores nos outros municípios, como São José, Venda Nova do Imigrante. Hoje está mais fácil, naquele tempo a gente tinha que quebrar as pedras no martelo".

Quem participa da confecção dos tapetes atualmente também se emociona. A comerciante Tânia Maria Dorigo, 44 anos, ajudou a criar um tapete de cerca de 100 metros com um grupo de mais de 80 pessoas. Nesta quinta, ela acompanhava com orgulho os milhares de fiéis que tiravam foto ao lado do tapete. "Uma sensação que não tem igual. É uma realização pessoal que emociona muito. É muito bom e não tem nem como explicar. Só mesmo quem participa fazendo sabe do sentimento."

A tradicional exposição dos tapetes religiosos atrai turistas e fiéis de várias partes do Espírito Santo e também de outros Estados da região Sudeste. A professora Sandra Duarte viajou cerca de duas horas de Vitória a Castelo para participar da festividade nesta quinta.

"Vim pela beleza dos tapetes e pelos valores que eles trazem como resgate aos valores da família, justiça, fé. Vale muito a pena a viagem, a cidade é muito acolhedora e é um momento muito marcante na vida da gente", disse a professora.

A chuva atrapalhou um pouco a festa religiosa. Alguns tapetes foram desmanchados por conta do contato com a água. O organizador da confecção dos tapetes, Geraldo Vinco, disse que esta foi a primeira vez em 47 anos que chove no dia de Corpus Christi em Castelo.

Durante toda a manhã, a cidade recebeu a visita dos milhares de fiéis. À tarde foi realizada uma missa na Matriz Nossa Senhora da Penha e, na sequência, houve uma procissão sobre os tapetes religiosos.

Chuva cancela exposição de tapetes em Santo Antônio

Em Vitória, a chuva cancelou as festividades de Corpus Christi em Santo Antônio. Os tapetes que seriam montados nos arredores da Basílica do bairro nem chegaram a ser confeccionados. A missa, ministrada pelo arcebispo de Vitória Dom Luiz Mancilha Vilela, que aconteceria num campo de futebol de uma escola, foi realizada na própria Basílica, também por conta da chuva.

Foto: reprodução


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