Até setembro, partido terá representação nos 78 municípios do Estado, diz presidente estadual da nova sigla
No comando. Enivaldo quer aproximar Kassab de lideranças


São ambiciosas as expectativas do Partido Social Democrático (PSB) no Estado. O novo partido finca bases no interior e pretende filiar, já de início, cinco prefeitos do Norte e Noroeste e até 50 vereadores até junho. A informação é do conselheiro aposentado do Tribunal de Contas (TCES) Enivaldo dos Anjos, que inaugura este mês a sede em Vitória e pretende, até setembro, organizar a legenda nos 78 municípios capixabas.


"Tenho conversado com prefeitos, vereadores, lideranças sem mandato e pré-candidatos de 2012, mas citar nomes agora é por a carroça na frente dos bois", despista Enivaldo, que deixou o PDT por "divergências de condução" com o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, e agora alça voos sobretudo em redutos no Noroeste, onde mantém influência política.


Para terça ou quarta-feira Enivaldo aguarda telefonema do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fundador da sigla com quem esteve recentemente. "Ele vai dizer se aceita meu convite para vir ao Estado e conversar com as lideranças, explicando as ideias do PSD". Enivaldo propôs a Kassab uma comissão provisória da sigla no Estado, até ser eleita a direção.


Outro pedido ao paulistano foi para mostrar-se sensível aos pleitos do Espírito Santo em relação às perdas do Fundap - ameaça já emitida por São Paulo. Isso seria uma forma de capitalizar a imagem do partido aqui e aproximar Kassab do Estado. Além disso, o "núcleo duro" local do PSD deve percorrer municípios em busca de adesões - há cidades com até três grupos adversários pleiteando a migração, relata Enivaldo.


"Em Jaguaré teremos maioria na câmara, com cinco dos nove vereadores. Outros vereadores podem vir de Linhares, São Mateus, Anchieta, Pedro Canário, Itaguaçu e Alegre", contabiliza. Mas o meio político divide opiniões em relação à escolha de Enivaldo para capitanear a legenda. A polêmica envolve inclusive a associação dele a figuras antigas da política.


"Críticas são naturais", sintetiza. Ele nega qualquer influencia do governador Renato Casagrande (PSB) - com quem esteve ontem em eventos no interior - e do senador Ricardo Ferraço (PMDB) na sua condução ao posto, mesmo que parte do meio político diga o contrário. Logo que oficializado no Tribunal Superior Eleitoral o PSD iniciará filiações Brasil afora.


Imagem: Reprodução
Colunista: Ivan de Freitas

Tags: