Reginaldo Quinta (PTB), e outras sete pessoas investigadas por suposta participação em esquema de fraudes em licitações revelado na "Operação Moeda de Troca" terão os seus bens listados - ou arrolados - a pedido da Justiça. A decisão é do juiz Edmilson Souza Santos, que negou pedido liminar do Ministério Público Estadual (MPES) para bloquear os bens dos acusados, na última quarta-feira.


O magistrado sustenta que não há evidências de que os envolvidos estejam se desfazendo de suas propriedades. Mas, para evitar que isso ocorra, determinou o levantamento dos bens de todos os acusados. "O bloqueio é uma medida drástica que vai de encontro aos direitos do cidadão, por isso decidi não pela indisponibilização, mas pelo arrolamento, para que a Justiça tome ciência do que essas pessoas possuem".


Agora, a Justiça vai notificar os cartórios de registro de imóveis da região e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para que declarem os bens dos investigados. Cabe recurso à decisão. Os acusados têm 15 dias para se manifestar.

Na ação, o MPES afirma que houve irregularidades na contratação de empresa para a realização da 18ª ExpoKennedy e da 25ª Expoagro de Jaqueira, em 2010. Conforme cálculos do MPES, o dano aos cofres públicos seria de R$ 200 mil.


Além do prefeito, são alvo da ação o secretário de Turismo e a procuradora da cidade, José Carlos Monteiro e Elisa Galante; além de empresários investigados na Moeda de Troca, como Robson de Souza. A Secretaria de Comunicação de Presidente Kennedy informou que Quinta não iria se manifestar, pois não foi notificado oficialmente da decisão.


Imagem: Reprodução
Colunista: Ivan de Freitas

Tags: