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A casa é no interior, mas o preço é de imóvel de frente para o mar - (Vargem Alta, ES)

Vargem Alta

A casa é no interior, mas o preço é de imóvel de frente para o mar - Vargem Alta

Vargem Alta A casa é no interior, mas o preço é de imóvel de frente para o mar

Valorização dessas regiões se dá por conta do avanço dos investimentos no interior do Estado

O avanço dos investimentos rumo ao interior do Estado trouxe junto a valorização do mercado imobiliário. Em municípios como Aracruz, Anchieta e, principalmente, Linhares são nítidas as mudanças nos tipos de empreendimentos lançados e, ainda com mais força, nos preços. Em Linhares, no Centro e no Bairro Colina, o valor do metro quadrado das unidades mais novas alcançam os R$ 5,5 mil, muito perto dos R$ 5.783,71 pagos por quem compra um quatro quartos na Praia do Canto, endereço dos mais nobres de Vitória.

Imóveis novos, com áreas que variam entre 160 e 180 metros quadrados, chegam a custar R$ 1 milhão. Os terrenos seguem o mesmo padrão. "Há cinco anos, um terreno no centro de Linhares não custava R$ 100 mil. Hoje, o preço do mesmo lote já chega a R$ 1 milhão", assinala o corretor de imóveis Vanildo de Oliveira.

Em Aracruz e Anchieta há um movimento parecido. No município do Norte do Estado, o valor dos imóveis registrou aumento perto dos 40% nos últimos cinco anos. Na cidade do Litoral Sul, os investimentos previstos mexem com o mercado. Corretores citam valorização de até 200%. No Bairro Portal de Anchieta, um apartamento de três quartos, vendido a R$ 85 mil há quatro anos, hoje vale R$ 250 mil.

Para os especialistas do mercado, há uma mistura de valorização e especulação. "Toda vez que surge a notícia de um grande projeto, há especulação. Depois de algum tempo, os preços caem um pouco e há uma acomodação. Linhares está há muito tempo no foco dos investimentos, já vejo uma acomodação. Em Anchieta, creio que ainda estamos no campo da especulação", opina o consultor imobiliário José Luiz Kfuri.

Rodrigo Almeida, diretor de Economia e Estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil, dá explicação parecida. "Fora Aracruz e Linhares, onde há algo concreto, nos outros lugares a valorização se dá mais por conta da expectativa. Apesar das boas expectativas, a valorização só se firmará com a confirmação dos investimentos".
(Participaram da reportagem os repórteres Abdo Filho, Ana Paula Santos, Katilaine Chagas, Sânnie Rocha, Tarcísio Oliveira e Zenilton Custódio)

No Norte, valorização de quase 1.000%
Quem chega em Linhares e precisa comprar um imóvel se surpreende com os preços. Segundo um corretor, nos últimos cinco anos a valorização chegou a quase 1.000 % nas áreas mais nobres do município.

Vanildo Rodrigues de Oliveira, corretor em Linhares há 10 anos, explica, no entanto, que a fase a especulação imobiliária já passou e o mercado vive um momento de estabilização. "Antes as pessoas compravam o imóvel para especular. Atualmente, só compra quem necessita de uma casa para morar", disse.

Já no mercado de imóveis de São Mateus, há muita dificuldade até mesmo para encontrar imóveis para comprar ou alugar, segundo os corretores. Apartamentos e casas de 3 quartos são alugados na cidade por preços entre R$ 900 e R$ 1,5 mil. O metro quadrado em área comercial hoje custa entre R$ 1 mil e R$ 2 mil.

Em Aracruz, o valor dos imóveis experimentou um aquecimento grande nos últimos cinco anos. Nos últimos meses, entretanto, foi registrado um aumento na demanda de procura por aluguéis, o que já evidencia uma reação do setor em relação ao novo ciclo de crescimento econômico anunciado para Aracruz.

No Sul, vista para o mar ficou bem mais cara
Os empreendimentos previstos para o Sul do Estado estão aumentando os preços dos aluguéis e do metro quadrado nas cidades. Em Anchieta, por exemplo, corretores citam uma grande valorização, dependendo da região e do contrato negociado.

Por ser um município litorâneo, o aluguel por temporada sempre foi um bom negócio. Mas nos últimos quatro ou cinco anos cresceu a procura por aluguéis anuais.

Além dos empreendimentos, outros fatores contribuíram para esse aumento. Proprietários de imóveis da região, em busca de futuros bons negócios, desistiram de vender seus apartamentos ou residências.

Em Piúma um apartamento de dois quartos, com 70 metros quadrados e elevador, custa em média
R$ 180 mil. Em Marataízes, as imobiliárias relatam que a procura é de pessoas que compram os imóveis para deixá-los valorizar. Em Anchieta, conseguir uma vista privilegiada para o mar, só mesmo por meio dos loteamentos. São poucas as oportunidades e os preços são altos.

Em Itapemirim, os preços decolaram. De acordo com as imobiliárias, a valorização nos últimos dois anos chegou a 100%. Já a procura, triplicou.

Alguns dos investimentos previstos até 2015
Nos próximos quatro anos o Espírito Santo receberá algo perto de R$ 65 bilhões em investimentos. O interior ficará com boa parte deste montante, pouco mais da metade, segundo levantamento do governo.

Polo Linhares
Linhares, Aracruz, Sooretama, Rio Bananal, João Neiva e Ibiraçu

Estaleiro Jurong Aracruz (R$ 800 milhões).
Complexo gás-químico da Petrobras (R$ 6,8 bilhões).
Ampliação da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (R$ 3 bilhões).
Carta Fabril (R$ 600 milhões).
WEG (R$ 185 milhões).

Expandida Sul
Anchieta, Piúma, Iconha, Itapemirim, Marataízes e Alfredo Chaves

Companhia Siderúrgica Ubu (R$ 11 bilhões).
4ª Usina da Samarco
(R$ 2,5 bilhões).

Até 2013 estarão operando no Litoral Sul do Estado as plataformas P-57 e P-58, com capacidade para 180 mil barris de óleo por dia. A P-57 já começou a operar e P-58 chega em dois anos.

Polo Cachoeiro.
Cachoeiro de Itapemirim, Presidente Kennedy, Mimoso do Sul, Apiacá, Bom Jesus do Norte, Muqui, Jerônimo Monteiro, Atílio Vivacqua, Castelo, Vargem Alta e Rio Novo do Sul.

Ferrous Administração Portuária (R$ 1,6 bilhão). Num primeiro momento, haverá apenas um porto para transporte de minério.

Há possibilidade também do estabelecimento de investimentos em siderúrgicas e até mesmo em petróleo e gás. O investimento pode chegar aos R$ 11 bilhões.

Imagem: Ilustração


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