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PSB: um partido em ascensão - (Águia Branca, ES)

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PSB: um partido em ascensão - Águia Branca

Águia Branca PSB: um partido em ascensão


Diferentemente de 2002, quando o governador Paulo Hartung se elegeu para o governo do Estado pelo PSB, a ascensão de Renato Casagrande, promete fortalecer o partido da pombinha no Estado. A partir da posse do novo secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Carlos Ciciliotti, o partido será comandado por Macaciel Breda. A ele caberá conduzir o partido que se torna o mais forte do Estado daqui para a frente.


Breda, que até a posse de Ciciliotti continua como secretário-geral do PSB capixaba, é o principal interlocutor do governador eleito Renato Casagrande. Nascido em Águia Branca, noroeste do Estado, foi presidente municipal do PT e comandou também a Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado (Fetaes).


Foi no governo Vitor Buaiz, do qual Casagrande foi vice, que Breda conheceu o socialista na Secretaria de Agricultura. Breda trocou então o PT pelo PSB e passou a se envolver na estruturação do partido no Estado. Foi o responsável pelo crescimento da sigla no interior, com forte articulação nas eleições municipais, tanto na orientação quanto na composição das chapas dos socialistas estado afora.


Embora não encabece chapas nas eleições que o partido já participou, aos poucos Macaciel Breda, se transformou em uma figura de grande importância no desenvolvimento estratégico partidário e tem experiência sufiiente para garantir o fortalecimento do PSB neste novo momento.


Seu grande desafio é conduzir o PSB por um caminho que não o transforme em um partido do tipo barriga de aluguel, como o PMDB, mas que ganhe dimensão para rivalizar com outro partido de grande porte que disputará o espaço político com o PSB, o PT, que vem passando por um momento difícil no Estado, o que favorece o crescimento dos socialistas.


O PT terá em 2012 uma missão complicada de cumprir, além da sucessão dos dois prefeitos que terminam mandatos: João Coser, em Vitória, e Helder Salomão, em Cariacica. O partido ainda terá que lidar com o desgaste político de dois prefeitos de primeiro mandato: Carlos Casteglione, de Cachoeiro, e Leonardo Deptulski, de Colatina.


E será justamente em Colatina que os dois partidos medirão forças, com o atual prefeito disputando a reeleição contra o deputado federal eleito pelo PSB, Paulo Foletto, que chegará fortalecido para a disputa e disposto a uma revanche da derrota que lhe impôs Deptulski em 2008.


Nasce uma estrela
O momento vivido pelo PSB é bem diferente da primeira vez em que o partido chegou ao posto político mais importante do Estado. Embora tenha sido eleito pelo PSB, o governador Paulo Hartung logo deixou a sigla e permaneceu sem partido até 2005, quando se filiou ao PMDB. Com a conquista do governo, naquela época a expectativa era de que o partido se fortalecesse politicamente. Mas o plano foi frustrado com a saída do seu membro mais ilustre.


O PSB passou então apostar mais firmemente em sua estrela em ascensão, o então deputado federal Renato Casagrande, e se uniu a outros partidos de tamanho parecido para dominar as eleições de 2004 na Grande Vitória. Em parceria com o PDT e o PT, o partido conseguiu emplacar as vices dos prefeitos de Vitória, com Sebastião Balarini; da Serra, com Sargento Valter; e de Vila Velha, com Maurício Gorza.


Aos poucos Casagrande foi se transformando no grande nome, senão único de destaque, do partido, o que garantiu sua candidatura e vitória na eleição ao Senado em 2006. Casagrande chegou à Secretaria-geral do PSB Nacional e, ao mesmo tempo em que se tornava uma das figuras mais importantes do partido, em nível nacional, sua imagem ganhava a mídia e ele aparecia como um dos melhores parlamentares do Congresso Nacional.


O fortalecimento político criou as condições para que ele apresentasse a sua candidatura ao governo do Estado em 2010 e, em um primeiro momento, ainda isolado, já causando burburinho nos meios políticos, pois sua presença no pleito, mesmo sozinho, levaria a disputa para o segundo turno.


Novamente Casagrande mostrou força política e conseguiu reverter o isolamento da candidatura, devido a um acordo entre o PT e o PSB para tirar o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) da disputa presidencial em troca do apoio do PT a candidatos a governador do PSB, entre eles Casagrande, no Espírito Santo.


PSB no governo
Passada a eleição, o PSB começou a mostrar força não só no Estado, mas também em nível nacional, com a eleição de seis governadores e 34 deputados federais. O destaque entre os parlamentares eleitos é o novato Audifax Barcelos, o quarto mais votado no País e primeiro na lista dos capixabas. Ele desponta como liderança em ascensão do partido.

Liderança que poderá ser ativada em 2012, tanto para disputar a prefeitura da Serra quanto a de Vitória, se esta for suja opção.


Mas não bastou o crescimento nacional para garantir ao PSB capixaba a consistência necessária para se tornar a sigla mais importante do Estado. Vem conseguindo isso nas articulações para a montagem do secretariado de Renato Casagrande.


Ainda cumprindo as funções de senador, cargo que deixará no final deste mês para tomar posse no governo do Estado, Casagrande entregou o papel de negociação com os partidos aliados ao presidente do partido e seu futuro secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Carlos Ciciliotti (foto), que ouviu e compilou as reivindicações das 16 siglas que estiveram no palanque do governador eleito, inclusive o PSB.


De posse da lista de indicações, Casagrande vem montando seu secretariado, deixando bem claro que a espinha dorsal de seu governo será socialista. Assim vem resistindo às pressões do governador Paulo Hartung para manter a maioria de seus emissários no novo governo. Além de Ciciliotti, na Casa Civil, Casagrande não abriu mão da Secretaria da Fazenda, com a confirmação de Maurício Duque, e do Planejamento, que ficará a cargo de Guilherme Pereira.


É verdade que fez concessões, como no caso da Educação, para onde pretendia indicar Jadir Pella e, devido às pressões para a permanência de Haroldo Correia (PMDB), optou pela neutralidade, convocando o professor universitário aposentado Klinger Alves.


Acusado de não ter quadros para apresentar, o PSB surpreendeu os meios políticos e agora o partido negocia de uma forma diferente. A expectativa é de que se consolide, ganhando cada vez mais espaço no cenário capixaba, como vem ocorrendo em nível nacional.


Imagem: Reprodução
Colunista: Ivan de Freitas


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