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Luiz Paulo insiste nos ataques pessoais a Casagrande - (Fundão, ES)

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Luiz Paulo insiste nos ataques pessoais a Casagrande - Fundão

Fundão Luiz Paulo insiste nos ataques pessoais a Casagrande


O candidato do PSDB ao governo do Estado, Luiz Paulo Vellozo Lucas, nós últimos dias, decretou “guerra” ao rival Renato Casagrande (PSB). Porém, impedido de criticar diretamente as propostas do candidato do governo – que foram incubadas no palácio Anchieta e, consequentemente, levam a digital do governador Paulo Hartung, cujo DNA é reivindicado pelos tucanos , Luiz Paulo preferiu deixar o debate político de lado para fazer ataques pessoais ao candidato socialista.

A fórmula pode parecer boa para poupar Hartung dos ataques, mas geralmente não agrada ao eleitor, que acaba se solidarizando com o candidato que faz o papel do “bom moço”. Exatamente a estratégia adotada pelo candidato Renato Casagrande, que já avisou não ser “um incendiário”.

Luiz Paulo deflagrou o ataque mais forte na última terça-feira (20), ao publicar um artigo em seu blog, repercutindo uma matéria publicada em “O Globo”, que informava que a proposta de governo apresentada pelo PSB à candidata à presidência Dilma Rousseff (PT) sugeria o fortalecimento do MST.

Luiz Paulo aproveitou a deixa para lembrar que a proposta de governo do PSB nacional tinha o dedo de Casagrande. O tucano “apelou” ao tentar carimbar Casagrande como defensor e patrocinador de um movimento baderneiro e, ainda, de quebra, aproveitou para elogiar o governo de Hartung. “Será que é isso que o senador Casagrande e a sua dobradinha com o PT ao governo do ES defendem como modelo de desenvolvimento e continuidade das conquistas do governo Paulo Hartung?”, questionou Luiz Paulo no artigo. Mais à frente o tucano, que faz questão de lembrar que a pasta da Agricultura é uma herança valiosa do PSDB ao governo Hartung, deu mais uma estocada em Casagrande ao destacar que “definitivamente, as defesas das conquistas do governo Paulo Hartung não passam pelas invasões de terra do MST!”. Debate que é bom, necas.

Escolado, Casagrande vem se esquivando dos golpes do tucano para se manter fiel à linha do “bom moço”. Quando é atingido mais fortemente abaixo da linha de cintura, faz uma careta discreta acusando que sentiu o golpe, mas, mesmo assim, mantém o prumo e solta comentários indiretos, sem identificar o destinatário.

No caso dos ataques sobre sua ligação com o MST, Casagrande preferiu destacar que não é um incendiário, e que o povo o conhece. Também por parábola, respondeu a Luiz Paulo que sua história é de luta, e “que é de uma família humilde de agricultores...”. Depois irritou o tucano ao insinuar que Luiz Paulo, diferente dele, vem de berço de ouro.


Em junho, durante o debate promovido pela Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes) com os pré-candidatos, Luiz Paulo fez os primeiros ataques pessoais ao adversário. Na ocasião, Casagrande disse aos prefeitos que seu grande mérito é trabalhar muito, e que o “que a população quer é alguém que tenha apreço pelo trabalho”. Luiz Paulo rebateu a frase do rival e afirmou que Casagrande estava sendo instruído por marqueteiro. Disse o tucano: “Vai lá e diz que você trabalha muito e acorda cedo, assim vai parecer que todos os outros são preguiçosos”.

Ainda reverberando o debate para o campo das picuinhas, Luiz Paulo mandou: “Não quero disputar com o senador no quesito esforço, tão pouco currículo. Apenas lembrar que esforço nem sempre é resultado. Quando eu era estudante, por exemplo, nunca fui do tipo CDF. Nunca sentei na frente e nunca “puxei o saco” de professor. Sempre fui da galera, jogava bola, fazia um pouco de bagunça e sentava no fundão da sala. Apesar disso, sempre tirei as melhores notas.”


Na última quinta-feira (22), questionou a conduta do adversário socialista no Twitter, tentando empurrar para o socialista a responsabilidade pelo baixo nível do debate: “Aí eu pergunto: e insinuações sobre quem trabalha mais ou menos, ou nasceu em berço de ouro? É esse o tipo de debate q queremos?”. A indagação contradiz a posição do tucano, que foi justamente quem abriu a temporada de “caça aos bruxos”.

A história se repete

Se o “debate” descambar para o campo das picuinhas, Luiz Paulo corre o risco de repetir as fórmulas mal-sucedidas dos colegas tucanos, que em disputas eleitorais recentes adotaram a equivocada estratégia de partir para os ataques pessoais.

Nas duas últimas disputas para presidente da República, os tucanos José Serra (2002) e Geraldo Alckmin (2006) adotaram a estratégia de fazer ataques pessoais ao candidato Lula. Nas duas oportunidades os ex-governadores de São Paulo amargaram a derrota nas urnas. No Estado, fato semelhante ocorreu com César Colnago na disputa pela prefeitura de Vitória contra o candidato do PT, João Coser, em 2002. Principalmente no primeiro turno o tucano não pensou duas vezes para desferir ataques abaixo da linha da cintura no petista. Perdeu.

Os marqueteiros de Luiz Paulo deveriam fazer um exercício de memória para evitar que seu cliente siga o mesmo caminho dos colegas tucanos. Seria também prudente que os assessores do candidato do PSDB dessem uma espiadela no livro “Casos & Coisas”, do publicitário Duda Mendonça. Um dos conselhos de um dos principais gurus das campanhas políticas se resume em três palavras: "Quem ataca perde”.

Imagem: Divulgação
Revisão: Ivan de Freitas – [email protected]


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