Deve reabrir Governo Federal garante verba e Museu Mello Leitão deve reabrir
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, garantiu nesta segunda-feira repasse orçamentário para financiar durante todo este ano o funcionamento do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão, de Santa Teresa. A instituição fechou as portas no último sábado com dívida acima de R$ 500 mil, penando por falta de verbas e atraso de meses no pagamento de contas e salário de funcionários.
Em rápida reunião com o governador Paulo Hartung e o deputado federal Lelo Coimbra na noite desta segunda-feira, no Palácio do Planalto, Padilha prometeu celeridade na normalização dos serviços e cobrou solução rápida ao ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), ao qual o Museu é vinculado. “Padilha se comprometeu em reativar o museu e deu garantia orçamentária para seu funcionamento”, relatou Lelo após o encontro. Já Hartung não falou com a imprensa.
Nesta segunda-feira, em reunião de deputados capixabas com o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Elton Santa Fé, foi nomeado um gestor vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram, antigo órgão ao qual o Museu era ligado) para, nos próximos 10 dias, pagar as dívidas emergenciais e reabrir o Mello Leitão para funcionamento e visitas. “Esse gestor já foi nomeado via Diário Oficial. Vai trabalhar de Brasília para normalizar tudo, resolver problemas de contrato com a empresa que contrata os funcionários, botar a casa de pé, pagar contas de água e luz atrasadas”, afirma Lelo.
Nesta terça-feira haverá reunião da bancada capixaba com o ministro da Cultura, Marcelo Calero. Servidores vinculados a esse ministério precisam ser remanejados para a pasta de Ciência e Tecnologia para cuidar do museu, que mudou de gestor na esfera federal. Calero já recebeu o ato que faz a transferência. Em verdade, a área chama-se agora Instituto Nacional de Mata Atlântica, mas a presidente afastada Dilma Rousseff demitiu a direção do museu em dezembro, paralisando o processo de reestruturação. A partir de agora, com o governo Michel Temer, será redefinida a modelagem da nova pessoa jurídica do museu.
Segundo Lelo, de janeiro a maio de 2016 não foram pagos os terceirizados do instituto, em atividade há mais de 67 anos. A bancada também solicitará ao Ministério do Planejamento a nomeação de 80 servidores em quatro Institutos ligados à Ciência e Tecnologia, já autorizadas em lei, o que ajudaria o museu de Santa Teresa, fundado por Augusto Ruschi em 1949.
Beija-flores recebem doação de ração especial para um mês
Até o final da semana, uma ração especial para beija-flores será entregue ao Instituto Mata Atlântica – antigo Museu de Biologia Mello Leitão –, em Santa Teresa, Região Serrana do Estado. A doação está sendo feita por um empresário, sensibilizado com o fechamento da instituição e com a possibilidade das pequeninas aves ficarem sem comida.
José Vasconcelos Júnior, é diretor da FVA Alimentos, uma empresa do Grupo Dumilho, especialista em alimentos para animais. Ele conta que o Mil Flores - a ração para os beija-flores - foi desenvolvida na década de 90 com a ajuda de um biólogo do museu, Marlon Zortéa.
A ideia partiu de seus pais, em cuja casa, na Praia da Costa, em Vila Velha, havia muitos beija-flores. “Minha mãe adorava beija-flor e fazia um preparado de açúcar para eles. Vendo aquilo, meu pai, que era diretor da empresa e foi pioneira na produção de ração para animais, decidiu fazer uma ração especial”, conta.
Há uns dois anos o produto saiu de linha e será agora retomado, diante da situação de precariedade do museu. “Quando li a matéria em A GAZETA, decidi checar com nossa área técnica se era possível retomar a produção para ajudar o museu. E a resposta foi positiva”, conta Júnior.
Vão ser fabricadas um total de 1.200 latas, de 300 ml da ração, que poderá ser servida diretamente para as aves. “Conversamos com os funcionários do museu e a ração será suficiente para um mês, até que possam retomar suas atividades”, explicou o diretor, acrescentando que a produção será exclusiva para o museu e que poderá continuar produzindo até que a situação financeira se normalize.
Outras
De acordo com a secretária do museu, Rose Loss Kollmann, mesmo com as portas fechadas, o museu tem recebido muitas visitas e ligações. Por ano a instituição recebe cerca de 85 mil visitantes.
A maioria das pessoas querem informações sobre a situação e muitas se ofereceram para ajudar com a alimentação dos animais. “Temos doações vindas de Santa Maria de Jetibá e também de frutas entregues pela comunidade para alimentar os animais”, relatou.
Os funcionários do museu vão realizar uma reunião para decidir quando vão reabrir a instituição.
Museu
Fundado por Augusto Ruschi em 1949, possui uma extensa coleção de espécies da fauna e da flora da Mata Atlântica, além de viveiro de aves e ofidário (cobras).
Atendimento
Além de visitas monitoradas, o espaço é utilizado para pesquisas sobre variedade de seres vivos da Mata Atlântica, visando inventariar a flora da região, além de estudos sobre comportamento, ecologia e biogeografia de grupos de animais, principalmente, peixes, aves e mamíferos.
Amostras
Possui cerca de 42 mil plantas conservadas como ramos secos com folhas, flores e frutos, além de flores em meio líquido, e amostras de madeira.
Zoologia
Coleções
Até 2012 contava com as seguintes coleções: aves com 7.547 exemplares; mamíferos com 3.552 unidades; anfíbios, com 7.490; 2.931 de répteis; e 32.016 de peixes.
Biblioteca
Acervo
Cerca de 22 mil itens, voltados para a área da Biologia.
Em rápida reunião com o governador Paulo Hartung e o deputado federal Lelo Coimbra na noite desta segunda-feira, no Palácio do Planalto, Padilha prometeu celeridade na normalização dos serviços e cobrou solução rápida ao ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), ao qual o Museu é vinculado. “Padilha se comprometeu em reativar o museu e deu garantia orçamentária para seu funcionamento”, relatou Lelo após o encontro. Já Hartung não falou com a imprensa.
Nesta segunda-feira, em reunião de deputados capixabas com o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Elton Santa Fé, foi nomeado um gestor vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram, antigo órgão ao qual o Museu era ligado) para, nos próximos 10 dias, pagar as dívidas emergenciais e reabrir o Mello Leitão para funcionamento e visitas. “Esse gestor já foi nomeado via Diário Oficial. Vai trabalhar de Brasília para normalizar tudo, resolver problemas de contrato com a empresa que contrata os funcionários, botar a casa de pé, pagar contas de água e luz atrasadas”, afirma Lelo.
Nesta terça-feira haverá reunião da bancada capixaba com o ministro da Cultura, Marcelo Calero. Servidores vinculados a esse ministério precisam ser remanejados para a pasta de Ciência e Tecnologia para cuidar do museu, que mudou de gestor na esfera federal. Calero já recebeu o ato que faz a transferência. Em verdade, a área chama-se agora Instituto Nacional de Mata Atlântica, mas a presidente afastada Dilma Rousseff demitiu a direção do museu em dezembro, paralisando o processo de reestruturação. A partir de agora, com o governo Michel Temer, será redefinida a modelagem da nova pessoa jurídica do museu.
Segundo Lelo, de janeiro a maio de 2016 não foram pagos os terceirizados do instituto, em atividade há mais de 67 anos. A bancada também solicitará ao Ministério do Planejamento a nomeação de 80 servidores em quatro Institutos ligados à Ciência e Tecnologia, já autorizadas em lei, o que ajudaria o museu de Santa Teresa, fundado por Augusto Ruschi em 1949.
Beija-flores recebem doação de ração especial para um mês
Até o final da semana, uma ração especial para beija-flores será entregue ao Instituto Mata Atlântica – antigo Museu de Biologia Mello Leitão –, em Santa Teresa, Região Serrana do Estado. A doação está sendo feita por um empresário, sensibilizado com o fechamento da instituição e com a possibilidade das pequeninas aves ficarem sem comida.
José Vasconcelos Júnior, é diretor da FVA Alimentos, uma empresa do Grupo Dumilho, especialista em alimentos para animais. Ele conta que o Mil Flores - a ração para os beija-flores - foi desenvolvida na década de 90 com a ajuda de um biólogo do museu, Marlon Zortéa.
A ideia partiu de seus pais, em cuja casa, na Praia da Costa, em Vila Velha, havia muitos beija-flores. “Minha mãe adorava beija-flor e fazia um preparado de açúcar para eles. Vendo aquilo, meu pai, que era diretor da empresa e foi pioneira na produção de ração para animais, decidiu fazer uma ração especial”, conta.
Há uns dois anos o produto saiu de linha e será agora retomado, diante da situação de precariedade do museu. “Quando li a matéria em A GAZETA, decidi checar com nossa área técnica se era possível retomar a produção para ajudar o museu. E a resposta foi positiva”, conta Júnior.
Vão ser fabricadas um total de 1.200 latas, de 300 ml da ração, que poderá ser servida diretamente para as aves. “Conversamos com os funcionários do museu e a ração será suficiente para um mês, até que possam retomar suas atividades”, explicou o diretor, acrescentando que a produção será exclusiva para o museu e que poderá continuar produzindo até que a situação financeira se normalize.
Outras
De acordo com a secretária do museu, Rose Loss Kollmann, mesmo com as portas fechadas, o museu tem recebido muitas visitas e ligações. Por ano a instituição recebe cerca de 85 mil visitantes.
A maioria das pessoas querem informações sobre a situação e muitas se ofereceram para ajudar com a alimentação dos animais. “Temos doações vindas de Santa Maria de Jetibá e também de frutas entregues pela comunidade para alimentar os animais”, relatou.
Os funcionários do museu vão realizar uma reunião para decidir quando vão reabrir a instituição.
Museu
Fundado por Augusto Ruschi em 1949, possui uma extensa coleção de espécies da fauna e da flora da Mata Atlântica, além de viveiro de aves e ofidário (cobras).
Atendimento
Além de visitas monitoradas, o espaço é utilizado para pesquisas sobre variedade de seres vivos da Mata Atlântica, visando inventariar a flora da região, além de estudos sobre comportamento, ecologia e biogeografia de grupos de animais, principalmente, peixes, aves e mamíferos.
Amostras
Possui cerca de 42 mil plantas conservadas como ramos secos com folhas, flores e frutos, além de flores em meio líquido, e amostras de madeira.
Zoologia
Coleções
Até 2012 contava com as seguintes coleções: aves com 7.547 exemplares; mamíferos com 3.552 unidades; anfíbios, com 7.490; 2.931 de répteis; e 32.016 de peixes.
Biblioteca
Acervo
Cerca de 22 mil itens, voltados para a área da Biologia.
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