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Turismo do Caparaó capixaba busca superação - (Guaçuí, ES)

Guaçuí

Turismo do Caparaó capixaba busca superação - Espírito Santo

Espírito Santo Turismo do Caparaó capixaba busca superação

O turismo é uma atividade que mobiliza muitos setores da sociedade. Mexe com o meio ambiente, meio rural, cultura religiosa, gastronomia, artes, arquitetura, história, geografia, esporte, ensino e, principalmente, com a economia. A parte capixaba da região da Serra do Caparaó reúne todos esses ingredientes distribuídos em 11 municípios. Localizada no extremo sul do Estado, divisa com Minas e Rio de Janeiro, abrange o Parque Nacional do Caparaó e o Parque Estadual da Cachoeira da Fumaça, na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira.

A região oferece outros atrativos, além de belezas naturais. Ela se destaca também por seu patrimônio histórico, produção artística e culinária, e realização de eventos de dimensões nacionais.

Programas


Nos últimos anos, os poderes públicos têm ressaltado a importância da formulação de programas e projetos permanentes de incentivo ao turismo no Estado. O governo do Espírito Santo já elaborou vários deles. O que está em vigor é o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região Turística, com projeções até 2025, mas os municípios das regiões carecem de planejamento específico.

No Parlamento capixaba, tramita projeto de lei que declara a cavalgada e o tropeirismo patrimônio histórico e cultural do Estado. A autora do projeto é Luzia Toledo (PMDB). É mais um incentivo para essa modalidade de entretenimento.

Apesar da reclamação geral, por conta da falta de valorização do potencial turístico pelas respectivas comunidades, da falta de incentivo e profissionalismo, vários municípios contam com parcerias com o Sebrae, Senac, Senai, Senar, entre outros serviços, para superar tais dificuldades. Mais recentemente, predominam as justificativas de cortes de verbas motivadas pela crise econômica do País.

Embora essas dificuldades sejam reais, as potencialidades da região turística do Caparaó se sobrepõem e motivam superações, como podem ser conferidas no relato das autoridades de turismo ouvidas pela reportagem.

Alegre

Município de 32 mil habitantes, Alegre reúne um patrimônio histórico significativo, manifestações culturais e belezas naturais. Cheyenne Figueiredo Cotta, secretária municipal de Turismo, Cultura e Esporte destaca o que de melhor a cidade oferece.
Construção de barro e madeira, em estilo barroco-gótico, a capela-mor de Alegre data de 1850. O turista também pode apreciar os belos vitrais da igreja Nossa Senhora da Penha.

A antiga casa comercial de café – Solar de Miguel Simão – foi inaugurada em 1921. O prédio é em estilo art noveau e traz um conjunto de pinturas no teto e no piso. No local funciona a Escola de Música Saint’Clair Pinheiro.

Construído pelo libanês Felicio Alcure, o Castelinho é uma réplica em escala menor de castelo medieval no Oriente Médio. Hoje, funciona o Centro Agropecuário da Universidade Federal do Espírito Santo, referência no ensino agropecuário no Estado. Em estilo neocolonial, adornado com azulejos portugueses, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Lellis é de 1930. O prédio sede do governo municipal foi construído em 1937, em estilo art déco.

Ao pé da colina onde está a igreja matriz, fica a casa paroquial, construída em estilo normando, denominado colombage, com peças de madeira formando desenhos na parte exterior da casa. A antiga estação ferroviária da Estrada de Ferro Leopoldina foi inaugurada em 1912. No local, hoje, funciona o Instituto Histórico e Geográfico de Alegre e a Casa da Cultura, um patrimônio tombado desde 2008. Além dessas atrações, há um conjunto de construções sede de antigas fazendas de café, que permanecem preservadas.

A antiga ferrovia deixou um rastro de túneis desativados que podem ser visitados, além de outros equipamentos como caixa d’agua, Casa de Bomba e cisterna, Casa do Trole etc.

Alegre também se destaca pelo incentivo às manifestações culturais tradicionais, como os folguedos folia de reis, bate-flecha Velho Puri – um tipo de maculelê, dança indígena –, batuques e danças de origens africanas; no Carnaval, um tipo de boi-bumbá, cavalhada, dança da fita, e festas juninas tradicionais e outros tipos de manifestações.

A serra oferece um conjunto de picos e cachoeiras, entre os quais, o Pico da Caveira Danta, com 1480m de altura; Pedra da Arataca, com 1316m; Pedra das Carneiras, com 1.219m Cachoeira da Fumaça, com queda d’agua de 144m; Cachoeira São Francisco do Café, Cachoeira do Roncador e de Braúnas entre outras. A Pedra dos Bons Aires é utilizada para voo livre e trekking.

Ibatiba

FestaFeijaoTropeiro2.jpgEm Ibatiba, a Festa do Feijão Tropeiro acontece no inverno. Em 2014, foi em junho, mas em 2015 não foi possível realizá-la. Ibatiba era detentora do título de “Maior Feijão Tropeiro do Mundo”, mas perdeu o título para Belo Horizonte, que saiu na frente e registrou a expressão, passando a ser a detentora legal de tal título. Agora, então, a cidade passa a defender o título de “Melhor Feijão Tropeiro do Mundo”, brinca Cleusita Freitas Ferreira, secretária municipal de Turismo de Ibatiba, cidade de 25 mil habitantes, vizinha a Minas.

Há planos de se realizar o Desfile de Rainha do Tropeiro e concorrer, em 2016, com candidatas de todo o Estado no Desfile de Rainha da Rota Imperial, da qual faz parte, em Vitória. Outro projeto é a Cavalgada do Tropeiro pela Rota Imperial. Ibatiba é um dos 14 municípios capixabas que compõem a rota. Em abril de 2014, foi realizada a Caminhada do Tropeiro, uma atividade que percorre o interior do município e que este ano não foi possível sua realização.

O Pico Colossus e os rochedos Pedra dos Três Pontões são as atrações naturais do município.

Dores do Rio Preto

Se você quer conhecer o Pico da Bandeira, com 2.892 metros de altura, a entrada principal é por Dores do Rio Preto. Havia uma disputa entre os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo pela posse da área onde está localizado o portão principal, que dá acesso ao Parque Nacional do Caparaó e ao pico. Institutos capixaba e mineiros, com a mediação do IBGE, chegaram a uma conclusão quanto à linha que divide os dois Estados, prevalecendo o que vinha sendo defendido pelo Espírito Santo. O chamado portão sul fica no Distrito de Pedra Menina.

Dores do Rio Preto tem perto de sete mil habitantes e suas atrações naturais vão além do Pico da Bandeira. Na Pedra Menina pode-se praticar o trekking por trilhas e rapel nas encostas com diversas cachoeiras. Do alto da pedra é visto os Picos da Bandeira e do Cristal.

A parceria com o Senai é permanente, segundo o secretário Gleyson Faqueri dos Anjos, que destaca o Carnaval, considerado o melhor do sul do Estado. A festa local mais concorrida é a do aniversário da cidade, em setembro.

Ibitirama


PedraRoxaIbitirama_baixa.jpgAs informações de Ibitirama, por meio da secretária municipal de Turismo, Ana Maria Vargas Vieira, revelam muitas atrações turísticas. Há um conjunto de casarões de propriedade privada, localizados em várias fazendas: Ponte do Araçá, Fazenda João Rosa, Fazenda Figueira, Fazenda Pedro Martins, Fazenda José Amilton. Para praticar o pesque-pague, a Fazenda Tecnotruta oferece dezenas de tanques de engorda de peixe. São mais de dez cachoeiras no município, que também faz parte da Rota Imperial.

Para a prática do turismo rural, a cidade de pouco mais de nove mil habitantes, há um roteiro que inclui cafés, docerias, massas, queijaria, entre outros. Caminhadas e cavalgadas também fazem parte do calendário turístico da cidade.

Os eventos artísticos e culturais são representados pela festa de emancipação politica da cidade, Folia de Reis, bate flecha, festas religiosas que tomam praticamente todo o ano.

As atividades de artesanato contemplam o crochê, ponto cruz, arte em feltro, pintura em tela e tecido, macramê, bordados, reciclagem, madeira e bambu. A culinária, produção artesanal de alimentos, comércio, turismo são contemplados com cursos em parceria com o Senai, Sebrae e Senar.

Iúna

O Circuito das Águas, Terra e Cafezais é a principal ação turística do município de Iúna, reunindo o conjunto de cachoeiras do Rio Claro, Poço das Antas e do Chiador, além da prática de esportes radicais como rapel, tracking e parapente, proporcionados pela sua topografia. A época do ano que Iúna mais recebe turistas é durante o verão. Em dezembro, no dia 13, dia de Santa Luzia, acontece o auge das peregrinações religiosas. O destino é a Água Santa e a Pedra dos Milagres.

Outras atrações são o palacete onde está a Casa de Cultura e o Cemitério dos Escravos. Na cidade também acontece anualmente a Festa do Carro de Boi, em junho, com o concurso e desfile da Rainha do Carro de Boi. Segundo Edmar da Costa, secretário de Turismo de Iúna, está previsto para outubro o primeiro Concurso de Qualidade do Café, com mostras do produto trazidas pelos produtores e premiação dos vencedores.

Iúna, de 29 mil habitantes, é um exemplo onde a intervenção do Sebrae e de outras entidades voltadas para a profissionalização do turismo tem surtido efeitos práticos. Edmar da Costa informa que o município está recebendo sinalizações adequadas dos pontos turísticos e regularmente são realizadas oficinas para os empreendedores de turismo da cidade. Também faz parte da Rota Imperial.

Por outro lado, como acontece em outros municípios, a concorrida festa do aniversário da cidade, em outubro, teve de ser cancelada em função da crise econômica que afeta o País e chega agora aos municípios.

Irupi

Irupi tem 13 mil habitantes e muitas atrações. Geovane Gonçalves, secretário de Cultura e Turismo do município destaca o patrimônio histórico, constituído pela sede da Igreja Presbiteriana e seu pavilhão. As atrações turísticas naturais são Cachoeira do Chiador, Pedra da Tia Velha, vista panorâmica da cordilheira do Caparaó e do Pico da Bandeira. O município possui um vasto acervo arquitetônico rural, inclusive com exemplares de estuque, técnica construtiva muito utilizada na zona rural em séculos anteriores. A topografia possibilita a prática de esportes radicais e voo livre em parapente. Anualmente, acontecem cavalgadas ecológicas partindo da cidade para vários destinos da região.

A música de Irupi marca presença nas festas e comemorações da cidade, com orquestras, grupos de viola e balé. As atividades de artesanato de Geovane Gonçalves e Antônio dos Reis se destacam com peças produzidas com madeira do café, ferragens e sucatas.

Irupi tem uma política de capacitação de empreendedores, monitores turísticos e ambientais, curso de agroindústria, apoio à micro e pequena empresas, oficinas. Para o incentivo à produção de cafés especiais, há o apoio do programa Empreendedor no Campo. Irupi realiza anualmente, a exemplo de Iúnas, o Festival do Café, com mostras do produto e palestras para os produtores. Seus parceiros permanentes são o Sebrae, Senac, Senai, entre outros. Irupi faz parte da Rota Imperial no Espírito Santo.

Guaçuí

guacui2.jpgMunicípio com 30 mil habitantes, tem como principal ponto turístico o Cristo Redentor, situado a 700m de altitude. Anualmente, em setembro, acontece o Festival Nacional de Teatro, com a presença de grupos artísticos de vários Estados, com apresentações de rua e no Teatro Municipal Fernando Torres.

Bastante concorrida é a festa Expoagro, já na 57ª edição, com exposição agroindustrial, palestras, oficinas, shows. Acontece durante a semana e culmina a 29 de setembro, dia de São Miguel Arcanjo, padroeiro da cidade.

A superintendente de Cultura, Cristina Silva Gorni, destaca o conjunto arquitetônico, formado pela igreja matriz de São Miguel Arcanjo, de 1929; Colégio São Geraldo, de 1924, que abrigou a Escola Normal, sendo hoje sede da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte e da de Meio Ambiente. O monumento ao centenário de Guaçuí, de 1938, faz alusão à história da cidade e ao ecumenismo religioso. Ele é revestido de turmalina, proporcionando uma coloração brilhante. Já o monumento ao Cristo Redentor, visível a muitos quilômetros de distância, foi construído por Antônio Francisco Moreira em 1956 com 100 toneladas de cimento. Tem 24,4m de altura e 16,6m de envergadura.

Os atrativos naturais ficam por conta das cachoeiras do Barulho, do Buracão, do Coronel, do Caboclo e Cachoeirão.

Como ocorrem com outros municípios, as autoridades voltadas ao turismo afirmam que, em Guaçuí, as parcerias com o Senai, Sesi, Senac, Sebrae e outras ainda não produziram os resultados esperados.

Exceção para o artesanato, com destaque para a qualidade, acabamento e beleza utilizando-se fios de tecidos, madeira, fibra natural, porcelana fria, cartonagem. Outro destaque, segundo a superintendente de Cultura, é para a agroindústria, responsável pela produção de licores e geleias.

São José do Calçado


O destaque de São José de Calçado, população de 11 mil habitantes, é o seu potencial para o esporte radical. A rampa de Airituba, em propriedade particular, é palco de partida de parapente. A pedra do Pontão, com 1.245m de altura, é própria para a prática do rapel, voos livres, parapente e escalada, além de caminhadas. Em setembro, já na 22ª edição, acontece durante quatro dias a Festa do Carro de Boi, reunindo também participantes dos municípios vizinhos.

Jerônimo Monteiro


JeronimoMonteiro1.jpgCom quase 12 mil habitantes, Jerônimo Monteiro destaca-se pelo seu sítio arquitetônico histórico e o turismo rural. Gironda, fazenda centenária, origem da cachaça de mesmo nome, reúne no largo da praça o museu Nico Bernardo, biblioteca, Casa Digital, coreto, capela e o casarão, sede da antiga fazenda. O conjunto arquitetônico foi restaurado e retrata a auge do ciclo da cana-de-açúcar no Estado.

Há também o conjunto arquitetônico do Departamento de Ciências Florestais e da Madeira da UFES. Ali funcionou uma escola de gráficos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o próprio sindicato.

Na antiga Estação Ferroviária, funciona hoje o Museu de História Natural, a Casa da Memória e a Biblioteca Municipal. Há um projeto em andamento denominado Sítio dos Crioulos – remanescentes dos quilombolas.

Basílio Machado, da assessoria de comunicação, informa que está a caminho uma parceria com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável de Caparaó para implantar o Circuito da Laranja e do Esporte de Aventura.

Entre as atrações turísticas naturais há a rampa de voo livre do Morro do Cruzeiro, a Pedra Cava Roxa e as corredeiras do Rio Itapemirim. Os esportes radicais ficam por conta do voo livre, rafting pelas corredeiras, trilhas de motos e bicicletas e corrida rústica – aquela livre de regras oficiais.

Há também, no primeiro semestre, o Encontro de Muladeiros, com a participação de mais de 500 animais e montadores de várias cidades da região. Em outubro acontece a Corrida da Laranja e no final de maio, o Encontro de Trilheiros. Em Jerônimo Monteiro, segundo a informação de Machado, é fabricado o único sorvete de laranja do país.

Muniz Freire

Município de 19 mil habitantes, Muniz Freire, que é parte da Rota Imperial, conta com a Igreja da Matriz, Morro do Cruzeiro e Casa de Cultura, considerados patrimônio histórico da cidade. O Pico da Embratel, Vale do Guarani, Vale do Apolinário e diversas cachoeiras compõem os atrativos naturais, como a Cachoeira do Rio Pardo, a Cachoeira de Mata Pau, a Gruta do Abel. Há locais para a prática de esportes radicais, trilhas, ecoturismo e turismo rural. Ainda não é oficial, mas mensalmente acontecem as cavalgadas e caminhadas pelo interior do município. A Feira da Amizade que acontece todo mês, a exposição agropecuária, em julho, e o dia da emancipação da cidade são eventos que atraem muitos turistas. O Sebrae é o parceiro para a capacitação voltada para o turismo, informa a secretária municipal de Turismo, Dara Garcia Lúcio.

Divino de São Lourenço

Com população de quase cinco mil habitantes, Divino São Lourenço tem como atrativos turísticos as corredeiras da Mangueira, com águas claras e frias, e a do Sumidouro. As cachoeiras Bonita, do Granito, da Jacutinga e da Prainha estão entre as principais existentes no município.


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