em Vila Velha Documento de 2012 alertava sobre deslizamento de pedras em Vila Velha
Pedra atingiu casas no Morro da Boa Vista, em Vila Velha, Espírito Santo
Um documento da Defesa Civil de Vila Velha, na Grande Vitória, em parceria com a Defesa Civil do Brasil, elaborado em 2012, já alertava sobre os riscos de deslizamento na região do Morro da Vista, onde uma pedra rolou e atingiu quatro casas, na última sexta-feira (1).
Em entrevista ao Bom Dia ES, nesta segunda-feira (4), o prefeito Rodney Miranda disse que o documento não foi recebido pela administração atual e justificou, inclusive, que precisou refazer o trabalho de mapeamento em 2013 e chegou a retirar algumas famílias da região de São Torquato, na época. Segundo ele, apesar disso, nenhum estudo apontava a possibilidade de a pedra ter se rompido.
Uma pedra rolou após um deslizamento de terra, no final da tarde desta sexta. A informação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) é que cinco feridos foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros, além de outras 10 pessoas socorridas por moradores, com ferimentos leves. Não há desaparecidos, nem mortos.
Relatório
O relatório feito em 2012 aponta que, na época, 400 imóveis e 2 mil pessoas estavam em perigo, após uma pedra atingir uma casa, em agosto desse ano. O Serviço Geológico do Brasil mapeou a gravidade da situação e destacou que o local apresentava muitas pedras soltas ou parcialmente encaixadas, que poderiam atingir as casas.
Toda a documentação está nas mãos do microempresário Schenilton Carvalho, que recebeu de uma amiga que trabalhava na defesa civil.
“O que a gente quer é pegar esse processo que já está pronto e executar de imediato, porque está vindo tempo de chuva”, falou Carvalho.
Entre os papéis que ele guarda, há uma análise geográfica feita pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, em novembro de 2012, que mostra as áreas de riscos de deslizamentos e inundações em Vila Velha, Viana, Cariacica e Serra.
Na época, 12 morros em Vila Velha foram registrados em situação de risco, bem como 56 famílias do Morro da Boa Vista. Os parentes do supervisor de carga e descarga, Luiz Cláudio Brandino, foram cadastrados na lista, mas ele disse que nada foi feito.
"De lá para cá, nada foi feito. Nós pegamos a defesa civil, pegamos o pessoal da comunidade e subimos com os bombeitos para mostrar a fenda da pedra. Eles falaram que iam resolver, não resolveram nada e deu no que deu", disse Brandino.
Desabrigados e desalojados
Mais de 1,2 mil pessoas já deixaram as casas durante a desocupação do Morro da Boa Vista, no bairro São Torquato, em Vila Velha, nesta segunda-feira (4). A prefeitura começou a desocupar o local no sábado (2). A avaliação da Defesa Civil é que ainda há risco de mais deslizamentos de pedras.
De acordo com o último levantamento feito pela Prefeitura de Vila Velha, 253 famílias ficaram desalojadas e 37, que estão desabrigadas, foram acolhidas em um abrigo municipal montado na escola Jairo de Mattos, no próprio bairro.
Em entrevista ao Bom Dia ES, nesta segunda-feira (4), o prefeito Rodney Miranda disse que o documento não foi recebido pela administração atual e justificou, inclusive, que precisou refazer o trabalho de mapeamento em 2013 e chegou a retirar algumas famílias da região de São Torquato, na época. Segundo ele, apesar disso, nenhum estudo apontava a possibilidade de a pedra ter se rompido.
Uma pedra rolou após um deslizamento de terra, no final da tarde desta sexta. A informação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) é que cinco feridos foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelo Corpo de Bombeiros, além de outras 10 pessoas socorridas por moradores, com ferimentos leves. Não há desaparecidos, nem mortos.
Relatório
O relatório feito em 2012 aponta que, na época, 400 imóveis e 2 mil pessoas estavam em perigo, após uma pedra atingir uma casa, em agosto desse ano. O Serviço Geológico do Brasil mapeou a gravidade da situação e destacou que o local apresentava muitas pedras soltas ou parcialmente encaixadas, que poderiam atingir as casas.
Toda a documentação está nas mãos do microempresário Schenilton Carvalho, que recebeu de uma amiga que trabalhava na defesa civil.
“O que a gente quer é pegar esse processo que já está pronto e executar de imediato, porque está vindo tempo de chuva”, falou Carvalho.
Entre os papéis que ele guarda, há uma análise geográfica feita pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, em novembro de 2012, que mostra as áreas de riscos de deslizamentos e inundações em Vila Velha, Viana, Cariacica e Serra.
Na época, 12 morros em Vila Velha foram registrados em situação de risco, bem como 56 famílias do Morro da Boa Vista. Os parentes do supervisor de carga e descarga, Luiz Cláudio Brandino, foram cadastrados na lista, mas ele disse que nada foi feito.
"De lá para cá, nada foi feito. Nós pegamos a defesa civil, pegamos o pessoal da comunidade e subimos com os bombeitos para mostrar a fenda da pedra. Eles falaram que iam resolver, não resolveram nada e deu no que deu", disse Brandino.
Desabrigados e desalojados
Mais de 1,2 mil pessoas já deixaram as casas durante a desocupação do Morro da Boa Vista, no bairro São Torquato, em Vila Velha, nesta segunda-feira (4). A prefeitura começou a desocupar o local no sábado (2). A avaliação da Defesa Civil é que ainda há risco de mais deslizamentos de pedras.
De acordo com o último levantamento feito pela Prefeitura de Vila Velha, 253 famílias ficaram desalojadas e 37, que estão desabrigadas, foram acolhidas em um abrigo municipal montado na escola Jairo de Mattos, no próprio bairro.
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