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Defesa Civil orienta saída de ribeirinhos do Rio Doce, no ES - (Anchieta, ES)

Anchieta

Defesa Civil orienta saída de ribeirinhos do Rio Doce, no ES - Tragédia

Tragédia Defesa Civil orienta saída de ribeirinhos do Rio Doce, no ES

A Defesa Civil realizou, neste domingo (8), uma ação para retirar pescadores, banhistas e moradores das comunidades próximas ao Rio Doce, em Baixo Guandu e Colatina, na região Noroeste do Espírito Santo. Rejeitos vindos do rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, têm previsão de chegar ao estado na tarde desta segunda-feira (9).
Segundo a Defesa Civil, a prioridade é resguardar a população que pode sofrer com o aumento da vazão do Rio Doce. O órgão atua ainda no monitoramento e em ações para a chegada da onda de rejeitos. Um vídeo registrado pelo Corpo de Bombeiros mostra toda a ação.

“Com a chegada dessa onda o abastecimento vai ser interrompido. A gente está com a operação de manter os serviços essenciais do município com operações de carros-pipa de água potável e se for estendido esses dias e o município precisar de mais ajuda, nós vamos acionar outros órgãos do governo do estado para nos auxiliar no fornecimento de água mineral”, disse o coronel Bonno, do Corpo de Bombeiros.
A previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é de que os rejeitos cheguem ao município de Baixo Guandu, durante a tarde desta segunda-feira. O monitoramento é feito 24 horas e a estimativa é feita a partir da velocidade por metros cúbicos da lama. Confira aqui.

Doações
O governo do estado iniciou uma campanha para doação de água mineral aos moradores de Baixo Guandu e Colatina, que terão o abastecimento de água suspenso por tempo indeterminado.
As doações podem ser feitas diretamente no quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, na rua Tenente Mário Francisco de Brito, na Enseada do Suá, em Vitória. As empresas que quiserem ajudar com carros-pipa devem entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone (27) 99904-5736.
Aulas suspensas
As aulas das escolas estaduais e municipais de Colatina estão suspensas a partir da segunda-feira (9). Já em Baixo Guandu, somente as escolas estaduais não terão aula.
O consumo de água nos presídios também será reduzido, segundo o prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski. "Nós vamos temporariamente suspender as aulas nesses dias e vamos monitorar o tempo que vamos ficar sem abastecimento", afirmou o prefeito.
Somente as escolas Rodrigo Cesar Proeschodt e Maria Helena Stein Merlo, de Baixo Guandu, e ECOR de Colatina e Antônio Eugênio Rosa, de Colatina, terão as aulas mantidas, pois são abastecidas por rios e nascentes locais.
Deptuslki se reuniu com os prefeitos de Linhares e Baixo Guandu na tarde deste sábado (7) para discutir medidas que vão minimizar os impactos causados pela chegada da lama. Eles definiram algumas medidas e estratégias para a "onda de lama", como a chegada dos rejeitos é chamada.

Suspensão de atividades da Samarco
A mineradora Samarco informou, por meio de nota neste domingo, que deve suspender as operações industriais na unidade de Ubu, em Anchieta, ao final dos estoques de minério.

A Samarco destacou, ainda que está atenta a qualquer repercussão no Espírito Santo e em constante contato com as autoridades competentes em função do acidente ocorrido nas barragens de Fundão e Santarém, em Minas Gerais.

A expansão da mancha que avança no Rio Doce está sendo permanentemente monitorada pela empresa.

Ministério Público
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MP-ES) vai abrir um inquérito civil para apurar as consequências e os impactos sociais e ambientais provocados, em municípios capixabas, pelo rompimento das barragens da empresa Samarco em Marianax, Minas Gerais.

Nesta segunda-feira, deve ser encaminhada uma equipe técnica destinada à apuração dos bens ambientais afetados, assim como os prejuízos sociais, em função da lama resultante do desastre que atingiu o Rio Doce.

Tragédia
Duas barragens da mineradora Samarco se romperam na tarde desta quinta-feira (5), no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o Corpo de Bombeiros em Ouro Preto, pessoas estão soterradas e algumas ilhadas.



Linhares
Com a previsão da chegada da lama das barragens que se romperam em Minas Gerais, a prefeitura de Linhares, decidiu aumentar a barragem do Rio Pequeno, onde é feita a captação da água que abastece a sede do município, como medida de segurança.

A barragem tem cerca de 20 metros de largura e 2 de altura. O objetivo é impedir que o Rio Doce jogue água suja de lama no Rio Pequeno.

O município informou que será usada areia na obra porque a própria natureza vai se encarregar de dissipar o material com o tempo. O trabalho é acompanhado pela Polícia Militar.

Foz do Rio Doce
A lama das barragens pode ainda trazer graves prejuízos para a fauna e a flora do Rio Doce no Espírito Santo. Na vila de Regência, em Linhares, o Projeto Tamar começou a remover os ninhos de tartarugas depositados próximos à foz do rio, neste sábado.

De acordo com o coordenador nacional do Projeto Tamar, o litoral norte do estado, principalmente a foz do rio Doce, é uma importante área de concentração de desovas da tartaruga gigante.


"Estamos transferindo os ninhos para áreas distantes da foz, que são mais seguras. A foz é uma área de criadouros de tartarugas e de outros animais. Se a lama chegar em grande quantidade, é um risco muito grande para essas espécies", contou o coordenador.



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