Reeleito deputado federal com quase 70 mil votos, Jorge Silva (PROS) teve quase metade dos votos em São Mateus, onde conquistou 32.006 eleitores. Ele não descarta concorrer a uma vaga na prefeitura, mas anda desanimado com os rumos da politica nacional.
Silva explica que todos os parlamentares eleitos com votação expressiva em seu domicílio eleitoral adquirem um DNA de pré-candidato a prefeito. “No meu caso, por exemplo, pela segunda vez recebi um quantitativo expressivo de votos. É claro que fica a expectativa de uma pré-candidatura, o que será discutido com o partido. Não temos nada definido até o momento”.
Em Colatina a opção para 2016 pode ser o deputado federal Paulo Foletto (PSB).Nas últimas eleições, ele obteve 84 mil votos sendo 23.871 mil em Colatina. Ele afirma que a cidade busca novas lideranças. Colatina tem uma administração que se perdeu, a cidade solicita novas lideranças. Temos várias alternativas dentro do partido além do meu nome, que serão discutidas no seu tempo". "Eleitores ficam órfãos com interrupção de mandato", afirma cientista político
O cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) é categórico ao afirmar que quando um deputado interrompe seu mandato para se candidatar a outros cargos, ele deixará de representar os seus eleitores. "O prejuízo maior é dos eleitores, dos representados, estes ficarão órfãos politicamente e, como já afirmado, poderão sofrer com a representação política que irá trocar de mãos. Estes acreditaram em um projeto de mandato e irão deixar de ser representados".
Para o ex-secretário-geral da mesa da Câmara dos Deputados, Mozart Vianna de Paiva, nos casos de renúncia tomam posse o suplente. "Poderá assumir outro deputado que pertença à outro partido, influenciando até o índice de formação de bancadas, verbas partidárias do fundo partidário e todo o arranjo que depende do número de deputados que compõem a Casa", explicou.
Mas Gouveia pontua que o parlamentar substituto poderá ser, inclusive, contrário às ideologias e interesses do deputado titular. "Se o eleito foi eleito por ser representante de um movimento sindical de trabalhadores e o seu substituto é justamente um representante de empresários, certamente os interesses e as induções de pautas, representações, participações em comissões parlamentares e proposição de leis serão diretamente contrárias.
“Ou seja, um eleitor que votou em alguém imaginando ser representado poderá ser regido por leis de outro parlamentar que não representa seus interesses e até poderá ser opositor dos seus interesses".