A Câmara de Vereadores de Vitória aprovou na quarta ((03),
projeto de lei que proíbe a cobrança de pedágio na capital capixaba, sob
argumento de que a medida impacta positivamente no fluxo de trânsito, hoje engarrafado
nos horários de pico. O autor do projeto é o vereador Fabricio Gandini (PPS). A
proibição diz que nenhuma concessionária, estadual ou municipal, pode cobrar
das pessoas que circularem nas vias de Vitória. O efeito imediato é a suspensão
da cobrança de pedágio na 3ª Ponte, ou seja, os parlamentares municipais
tomaram a iniciativa de mexer novamente no vespeiro.
Antes mesmo de seguir para sanção do prefeito Luciano
Resende, o projeto carece de análise pelas Procuradoria e Controladoria do
Município. Só após os pareceres técnicos é que o prefeito vai se pronunciar. Vale
frisar que o autor da lei é do partido do prefeito, e o próprio líder do
governo na Câmara é favorável à medida e diz acreditar que Luciano vai sancioná-la.
No entanto, a autoridade que concedeu a permissão de uso e assinou o contrato com
a Rodosol é o Governo do Estado. A polêmica está mais do que acesa.
Os vereadores já capitalizam a aprovação com um discurso
afinado. O presidente da Comissão de Mobilidade Urbana, Rogerinho Pinheiro
(PHS), diz que a implantação da nova lei “vai melhorar o trânsito na Reta da
Penha, na César Hilal e na Nossa Senhora dos Navegantes, três avenidas
importantes na estrutura viária da cidade. Sei que Luciano também é favorável”,
disse.
O autor da lei, Fabrício Gandini, quer a mudança da praça de
pedágio. “Acredito que a solução é simples, basta deslocar a praça de pedágio
para cima da ponte, isso vai reduzir significativamente o impacto (no trânsito)”,
afirmou.
A Rodosol disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Procurado pelo portal Capixabão para analisar a proposta de mudança do local da
praça de pedágio, o arquiteto e urbanista Tarcísio Bahia se mostrou pouco
entusiasmado com a ideia. “O problema é que em cima da ponte só há duas vias de
tráfego, o espaço é para duas cancelas, o que não resolveria o problema, é
inviável”, analisou.