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Cachoeiro, população desconhece trabalho dos vereadores - (Cachoeiro de Itapemirim, ES)

Cachoeiro de Itapemirim

Cachoeiro, população desconhece trabalho dos vereadores - Cachoeiro de Itapemirim

Cachoeiro de Itapemirim Cachoeiro, população desconhece trabalho dos vereadores


R$ 8,8 milhões, este é o valor do orçamento da Câmara previsto para 2010.

Em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Espírito Santo, 87% da população não se lembra de quais projetos foram votados na Câmara Municipal, segundo pesquisa do Instituto Futura. E o percentual também pode servir para mostrar que boa parte da população desconhece o trabalho do legislativo. Quem acompanha as sessões toda semana acredita que falta interesse do povo em saber o que os vereadores vêm fazendo em prol da cidade é o principal motivo pela baixa audiência nas sessões.

É que diz o servidor público Mário Oliveira. "Muita gente só sabe como um vereador está atuando quando o assunto rende alguma polêmica ou é amplamente divulgado pela mídia, fora isso são poucas as pessoas que vêm à Câmara toda semana para acompanhar as votação e até mesmo fiscalizar o que eles fazem a favor de nós, que os elegemos".


A opinião é compartilhada pelo presidente da Casa, David Lóss (PDT). "Quando o projeto mexe diretamente com algo do cotidiano do cidadão, como aumento da passagem de ônibus, a mensalidade da escola do filho, ele sabe. Entretanto quando um assunto é importante, mas não é do interesse dele, ele não procura saber o que o legislativo tem feito. Por exemplo, na próxima semana vamos votar a lei que regulamenta as microempresas. Só quem se vai querer do assunto são os microempresários".

O plenário costuma ficar parcialmente ocupado, mas quando o assunto é polêmico como os recentes escândalos políticos, a Casa fica lotada. "Vem muito mais gente interessada em saber das polêmicas do que em dias comuns. Mas muitas pessoas vêm acompanhar as votações quando o projeto vai beneficiá-lo de alguma forma", diz o desempregado Álvaro Barbosa.

"Vejo uma atuação morna pela maioria dos vereadores. Poucos são aqueles que realmente tem brigado para melhorar a vida dos moradores. Se fosse assim certamente o plenário ficaria mais cheio, não só em dias de assuntos polêmicos", diz o técnico em segurança do trabalho, Jorge Veiga.

Hoje a Câmara de Cachoeiro conta com 13 vereadores, que recebem salário de R$5.431,56 mensais. As sessões são realizadas uma vez por semana, sempre às terças-feiras, a partir das 14h00. A maioria das pessoas entrevistadas pelas ruas da cidade alegou que a falta de tempo em função do trabalho é o principal fator para não acompanharem as sessões, que são transmitidas por uma rádio AM.

"Gostaria de acompanhar mais os projetos votados, mas meu trabalho não permite que eu faça isso", diz a vendedora Luciana Moreira. Ela também disse que não escuta as sessões pela rádio e não sabe qual a freqüência onde é feita a transmissão.

Já o estudante universitário Guilherme de Cássio diz que é preciso que os vereadores realizem trabalhos mais relevantes e tenham atuação mais próxima da população. "Tem muitos projetos que nem merecem atenção, como criação de data da amizade e dia da paciência. Como que as pessoas vão deixar seus afazeres para acompanhar este tipo de votação?", questiona.

Casos recentes que polemizaram a Câmara cachoeirense

A vereadora Arlete Brito (PT) foi afastada do cargo de vereadora pelo Ministério Público após ter confessado querer se apropriar de parte do salário de uma servidora da casa, depois da gravação onde ela e a funcionária conversam ter ido parar na internet. Além deste processo, foi aberta uma comissão processante para apurar a denúncia. A previsão é de que a conclusão da comissão saia nas próximas semanas. A prática conhecida popularmente como "rachid" dividiu opiniões na Câmara e revoltou a população, que acompanhou assiduamente às sessões e agora aguarda o resultado.

O vereador Roberto Bastos (PMN), eleito presidente da comissão processante que investiga a vereadora Arlete Brito, também é acusado na justiça de querer se apropriar de parte do salário de uma servidora quando atuou como secretário municipal de Habitação e Trabalho, em 2007. No dia 26 de março, a justiça, a pedido do MP, afastou o vereador da presidência da comissão. A nova votação foi realizada na última terça-feira e elegeu o vereador Marcos Mansur (PSDB).

Em abril de 2009 o então presidente da Câmara de Vereadores, Marcos Coelho (PMN), foi afastado do cargo acusado de participar de um esquema de superfaturamento na venda de um terreno, em Conduru, interior de Cachoeiro. Ele ficou sete meses afastado e continuou recebendo o salário de vereador durante este tempo. Somando as despesas com INSS e o 13º salário proporcional, o prejuízo aos cofres públicos chegou a R$55 mil. Após este período voltou

Imagem: Divulgação
Revisão: Ivan de Freitas – [email protected]


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