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Preço dos imóveis não cabe no bolso dos brasileiros - (Alegre, ES)

Alegre

Preço dos imóveis não cabe no bolso dos brasileiros - Entenda

Entenda Preço dos imóveis não cabe no bolso dos brasileiros

A maioria dos imóveis à venda está fora da realidade financeira dos brasileiros. É o que aponta um levantamento do portal de classificados imobiliários VivaReal.

Enquanto 68% dos visitantes do site buscam imóveis de até 350 mil reais, 70% das casas e apartamentos anunciados são vendidos acima desse preço.

O levantamento foi feito ao longo de 2014 e teve como base cerca de 1,7 milhão de buscas por mês e 3 milhões de imóveis anunciados.

As unidades se concentram em 11 capitais: Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

Segundo a pesquisa, o descompasso entre a demanda e a oferta não se dá apenas no valor dos imóveis, mas também se estende ao tamanho e à quantidade de dormitórios das unidades pesquisadas.

De acordo com o site, 56% dos visitantes pesquisam imóveis de um e dois dormitórios e 66% querem adquirir unidades com até 100 metros quadrados.

No entanto, a oferta de apartamentos de até 100 metros quadrados corresponde a 48% do total de anúncios, e as unidades de um e dois quartos são equivalentes a 39% dos imóveis à venda.

Enquanto quase metade dos compradores (49%) procura imóveis com dois dormitórios, quase metade da oferta (44%) é de unidades com três quartos.

Veja, na tabela a seguir, a demanda e a oferta de imóveis vendidos por até 350 mil reais em cada cidade do levantamento:

Cidade Demanda por imóveis de até R$ 350 mil Oferta de imóveis por até R$ 350 mil
Porto Alegre 67,90% 39,00%
Belo Horizonte 64,00% 30,80%
Brasília 28,30% 13,30%
Curitiba 66,60% 40,20%
Florianópolis 67,20% 25,50%
Fortaleza 70,50% 35,10%
Recife 47,30% 26,90%
Rio de Janeiro 57,90% 18,00%
Salvador 61,30% 32,20%
São Paulo 54,40% 31,70%
Vitória 46,80% 24,30%


Novo público ainda não é atendido

De acordo com Lucas Vargas, vice-presidente comercial do VivaReal, o descasamento entre oferta e demanda na compra de imóveis mostra que o mercado imobiliário não conseguiu se adequar ao novo perfil de compradores.

Além de brasileiros de classes mais baixas terem ampliado sua capacidade de financiar imóveis, seja porque sua renda cresceu nos últimos anos ou por causa dos incentivos do governo, Vargas também afirma que aumentou o número de divorciados e de jovens casais sem filhos.

Esses consumidores, segundo ele, procuram agora adquirir imóveis menores e mais próximos do local de trabalho, devido a problemas de mobilidade das grandes cidades. “É uma forma de fazer o preço caber no bolso e compensar o custo de morar em locais mais centrais e valorizados. Esses imóveis também são suficientes para atender a necessidade de solteiros ou famílias menores”, diz o executivo.

No entanto, além de encontrarem uma oferta reduzida de imóveis com esse perfil, as unidades não têm preços considerados acessíveis por esse público. “As construtoras têm lançado apartamentos pequenos, mas de alto padrão", diz o executivo.

Além disso, a maior parte das unidades usadas que estão à venda possuem três e quatro dormitórios porque esse tipo de imóvel era mais buscado por consumidores no passado. “O mercado imobiliário demora em se ajustar a uma nova demanda”, afirma Vargas.

Vargas aponta que um dos fatores que limitam esse ajuste é o custo de construção, que aumentou nos últimos anos e impede a cobrança de preços mais baixos por imóveis novos.

Além disso, imóveis em áreas centrais nas grandes capitais tendem a ficar cada vez mais valorizados se os problemas relacionados ao transporte se intensificarem e não forem devidamente solucionados em cada cidade.

Ou seja, quem busca imóveis deve encontrar preços menores em regiões cada vez mais afastadas das regiões centrais e de bairros nobres das grandes cidades.

No entanto, o resultado do desalinhamento entre a demanda e a oferta já provoca queda real de preços das unidades à venda em algumas cidades.

Mas enquanto houver uma demanda muito maior do que a oferta de imóveis pequenos e com preços mais acessíveis em regiões centrais de cada cidade, os preços dessas unidades devem continuar a subir, ainda que em um ritmo menor.


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