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Artista capixaba expõe obras na França e em Portugal - (Vitória, ES)

Vitória

Artista capixaba expõe obras na França e em Portugal - Em abril

Em abril Artista capixaba expõe obras na França e em Portugal

Em abril, a artista Ângela Gomes, maior referência da arte Naif no Espírito Santo, vai expor suas obras em exposições coletivas na cidade de Porto, em Portugal, na mostra “Pontes Luso Galaicas IV”, e em Mônaco, na França, na “Arte Naïf em Mônaco 2015”.

Ângela Gomes, que estará presente nos vernissages “para interagir com artistas de outros países”, vai expor três obras em cada mostra. “É maravilhoso poder divulgar a Arte Naif do Espírito Santo entre 14 artistas Naifs de 14 países, sendo eu a única brasileira”, declara.

Para a mostra em Mônaco, a artista levará trabalhos que retratam a história do Espírito Santo, como o Convento da Penha, Procissão Marítima e uma paisagem de Nova Venécia. Para a exposição em Portugal, a artista fez uma uma releitura das cidades históricas do país. “É uma forma de homenagear esse país que me recebe sempre com tanto carinho e respeito”, afirma.

Essa não é a primeira vez que a artista leva o seu trabalho para fora do Brasil. Ela já apresentou o colorido dos seus trabalhos em outras 20 exposições, em lugares como Nova York, Miami, Las Vegas, Espanha, Bélgica, Chile, Itália e Bolívia.

Livro

Na bagagem, Ângela Gomes levará também exemplares do livro “A Arte Naïf Capixaba”, um catálogo que reúne 200 obras da artista que retratam paisagens, folclore e monumentos históricos do Espírito Santo. A obra, que tem coordenação editorial de Marcia Salvátice, foi lançada em Vitória no ano passado.

Sobre a artista

Natural de Cachoeiro de Itapemirim, Ângela ainda era pequena foi brincar no quintal da casa, após uma longa noite de tempestade. O vento espalhara a areia e foi sobre ela, usando um palito de picolé, que começou a dar os seus primeiros traços artísticos: desenhou um carro (fusca) que estava estacionado em frente a casa. A riqueza dos detalhes a impressionou e aumentava o seu fascínio pelas cores. A arte estava inerente dentro dela e desde cedo sua visão pelo mundo se ampliava de forma festiva, sonhadora e feliz. Já encantava os vizinhos e colegas de escola com suas habilidades artísticas, vivia sempre com lápis de cores, desenhando para a turma da classe estudantil; adorava fazer montagens e colagens com recortes de revistas, estampava tecidos, tudo de forma natural e intuitiva.

Sua primeira pintura a óleo sobre tela foi por encomenda de sua tia Sônia Rosalém, aos nove anos de idade. Despontava para o Naif, quando entrou num curso para aprender a técnica de pintar e o conhecimento do material a ser usado. Produziu várias telas e as guardou junto com o sonho e o desejo artístico.

Autodidata, em 1981 Ângela Gomes realizou a sua primeira exposição individual. Nenhum convidado compareceu, apenas ela e o fotógrafo contratado. Mas o que era para ser motivo de desistência transformou-se em incentivo para continuar, lutar e vencer; a falta do apoio familiar, o preconceito social e o descrédito profissional continuaram até se definir por volta de 1987, pela pintura Naïf, após rápida convivência com Raquel Galena, pintora do gênero, no Embu das Artes em São Paulo.

Hoje, a artista é referência na arte Naïf no Espírito Santo. Suas telas são de uma limpeza e clareza que chegam a sugerir ao observador, que foram lavadas após o término. Sua fascinação pelas paisagens regionais e pelas cenas que expressam a arte e a tradição popular – o povo, seus usos e costumes. Ela busca, junto às comunidades, elementos para abastecer seu universo iconográfico, através de suas pesquisas.

Já expôs sua arte em lugares como o Salão de Arte da cidade de Porto, em Portugal; o Museu de Arte Contemporânea de Campinas e o Museu Internacional de Arte Naïf, no Rio de Janeiro.


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