Dos 29 parlamentares da atual legislatura (o deputado Robson Vailant, do DEM, está afastado), 28 fazem parte da base do governador Paulo Hartung.

A permanência do governador Paulo Hartung no governo terá repercussão também na disputa à Assembleia Legislativa. A intenção palaciana seria reeleger o máximo possível de deputados aliados para manter no pós-PH a base que tem hoje.


Mas na eleição deste ano estão concorrendo às vagas na Assembleia candidatos com personalidades políticas bem diferentes da que marca os atuais deputados estaduais, os quais podem travar debates mais críticos ao governo que encerra seu ciclo em dezembro próximo. Uma das maiores preocupações palacianas é a provável eleição do ex-governador Max Mauro (PTB), oposição ao governador.


Outro nome que preocupa o governador é o do ex-deputado federal Marcelino Fraga (PMDB), desafeto de Hartung. Hoje o deputado Theodorico Ferraço (DEM) é aliado, mas, dependendo do resultado da corrida à sucessão, na qual está concorrendo o filho dele, com o apoio de Hartung, a postura do parlamentar pode mudar na Casa.


A reeleição do deputado Euclério Sampaio (PDT), único deputado não alinhado ao palácio, também preocupa o governo. Outros políticos que não são oposição, mas também não tem perfil de subserviência, podem mudar os discursos na Casa. Entre eles estão o ex-prefeito de Linhares José Carlos Elias (PTB) e o ex-conselheiro do TCES Enivaldo dos Anjos (PDT). A possibilidade de o ex-deputado Nilton Baiano (PP) disputar a Assembleia também não está totalmente descartada e, por isso, também preocupa.


Para evitar que seu governo seja julgado pelo poder Legislativo, o governo está apostando na reeleição dos atuais deputados, sobretudo os do interior, que vem recebendo ajuda na distribuição de tratores e outros insumos agrícolas. O governador conhece a fragilidade e o campo eleitoral de cada um dos parlamentares e vai investir de forma diferenciada para “compensar a lealdade” dos deputados, nos últimos quatro anos.


Outra medida de controle do Legislativo é tomada do Tribunal de Contas, que também pertence a este poder. O governo conseguiu ter maioria no Conselho, colocando seus aliados para analisar as contas do governo do Estado.

Imagem: Divulgação
Revisão: Ivan de Freitas – [email protected]

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