Cultura Museus serão fechados no Espírito Santo
Museus no Espírito Santo podem ser fechados, É o que afirma Maciel de Aguiar, curador do Africabrasil Museu Intercontinental e do museu de Imperial de São Mateus, ambos do Norte do Espírito Santo. Em nota o curador afirma que por falta de apoio institucional e, sobretudo, por não receber os recursos financeiros dos editais promovidos pelo Governo do Estado do Espírito Santo, nos últimos três anos.
Com um dos maiores acervos de arte africana do mundo, o ÁfricaBrasil Museu Intercontinental surgiu do incentivo do escritor Jorge Amado e do apoio do antropólogo Darcy Ribeiro, ainda na década de 1960.
Na ocasião, Maciel de Aguiar os procurou para apresentar as pesquisas para a produção dos livros da série História dos Quilombolas, com base na oralidade, que resgatavam 40 personagens que enfrentaram o sistema escravocrata e foram "esquecidos" pela historiografia oficial.
Décadas antes, na Espanha, Jorge Amado ganhou seis esculturas africanas do célebre pintor espanhol Pablo Picasso, adquiridas por aquele mestre da pintura, na África, com o objetivo de iniciar a criação de um museu de arte africana no Brasil.
Em 1907, Picasso havia pintado o quadro Lesdemoiselles dAvignon, com base nas máscaras africanas, dando origem ao surgimento do cubismo, que revolucionou as artes plásticas na Europa e influiu, ao menos conceitualmente, nas obras de grandes criadores como o próprio Picasso e Amadeu Modigliani.
Essas esculturas foram doadas por Jorge Amado ao escritor Maciel de Aguiar, que iniciou a formação de um acervo na cidade de São Mateus, Norte do Estado do Espírito Santo.
Em seguida, durante 47 anos, Maciel de Aguiar adquiriu centenas de outras peças de vários colecionadores, na Europa e Estados Unidos, muitas delas há séculos retiradas da África. Dentre elas, a escultura exposta em Nova Iorque, em 1980, quando o diretor Steven Spielberg estava compondo o personagem de seu famoso filme "ET", cuja similitude é absoluta.
Finalmente, na década de 1990, teve início, com recursos próprios, a restauração do imóvel para a instalação do ÁfricaBrasil Museu Intercontinental, com um acervo composto de 4.800 máscaras e esculturas originais dos séculos XVIII, XIX e XX, produzidas por várias etnias do continente africano como um testemunho da História da Humanidade.
O acervo do ÁfricaBrasil Museu Intercontinental também é composto de livros da série História dos Quilombolas – 40 volumes, de autoria do escritor Maciel de Aguiar, além de 50 quadros do pintor Heitor dos Prazeres, 60 esculturas em fibra de vidro e tamanho natural, retratando os heróis quilombolas, e as gravuras de Rugendas e Debret, produzidas de 1820 a 1835, além de fotos, objetos de suplício e documentos, como um dos maiores registros dos quase trezentos anos de lutas dos negros contra a escravidão no Brasil.
Já o Museu Imperial de São Mateus, instalado em um prédio próximo, expõe o mobiliário brasileiro do Primeiro e Segundo Reinados, além de louças coroadas e brasonadas da aristocracia brasileira, quadros de Vitor Meireles, Rocha Fragoso e José Zeferino da Costa, retratando D. Pedro II, a Princesa Imperial Regente e vários objetos, documentos e utensílios que precisam ser conhecidos para uma melhor compreensão da História do Brasil.
Os museus já foram visitados, gratuitamente, por milhares de turistas, estudantes, professores, comunidade e demais interessados.
Ao tratar da importância do acervo, o curador lembra que o AfricaBrasil possui o maior acervo do mundo de arte africana que foi inspiração de Picasso e Amadeo Modigliani ao cubismo e à arte moderna.
O curador teve reunião na secretaria de cultura do governo estadual para discutir a questão e o atual secretário de cultura do estado. João Gualberto, se comprometeu a visitar o museu e a averiguar o problema. O curador ressalta que se o problema não for resolvido os dois os Museus terão que fechar, causando inestimável prejuízo para a cultura capixaba, nacional e mundial. Maciel Aguiar afirmou ainda que os editais são instrumentos importantes na democratização e transparência da aplicação dos recursos da cultura mas que o governo passado desmoralizou o mecanismo dos editais de forma relapsa e irresponsável.
O prejuízo financeiro acumulado totaliza R$625.000,00 (seiscentos e vinte e cinco mil reais), em decorrência de três editais (R$250.000,00, R$80.000,00 e R$295.000,00) não pagos pelo Governo do Estado do Espírito Santo. A data do possível fechamento dos Musues é de 15 de Março.
Os responsáveis pelos Museus podem ser contactados para maores informações através de emails e telefone.
Com um dos maiores acervos de arte africana do mundo, o ÁfricaBrasil Museu Intercontinental surgiu do incentivo do escritor Jorge Amado e do apoio do antropólogo Darcy Ribeiro, ainda na década de 1960.
Na ocasião, Maciel de Aguiar os procurou para apresentar as pesquisas para a produção dos livros da série História dos Quilombolas, com base na oralidade, que resgatavam 40 personagens que enfrentaram o sistema escravocrata e foram "esquecidos" pela historiografia oficial.
Décadas antes, na Espanha, Jorge Amado ganhou seis esculturas africanas do célebre pintor espanhol Pablo Picasso, adquiridas por aquele mestre da pintura, na África, com o objetivo de iniciar a criação de um museu de arte africana no Brasil.
Em 1907, Picasso havia pintado o quadro Lesdemoiselles dAvignon, com base nas máscaras africanas, dando origem ao surgimento do cubismo, que revolucionou as artes plásticas na Europa e influiu, ao menos conceitualmente, nas obras de grandes criadores como o próprio Picasso e Amadeu Modigliani.
Essas esculturas foram doadas por Jorge Amado ao escritor Maciel de Aguiar, que iniciou a formação de um acervo na cidade de São Mateus, Norte do Estado do Espírito Santo.
Em seguida, durante 47 anos, Maciel de Aguiar adquiriu centenas de outras peças de vários colecionadores, na Europa e Estados Unidos, muitas delas há séculos retiradas da África. Dentre elas, a escultura exposta em Nova Iorque, em 1980, quando o diretor Steven Spielberg estava compondo o personagem de seu famoso filme "ET", cuja similitude é absoluta.
Finalmente, na década de 1990, teve início, com recursos próprios, a restauração do imóvel para a instalação do ÁfricaBrasil Museu Intercontinental, com um acervo composto de 4.800 máscaras e esculturas originais dos séculos XVIII, XIX e XX, produzidas por várias etnias do continente africano como um testemunho da História da Humanidade.
O acervo do ÁfricaBrasil Museu Intercontinental também é composto de livros da série História dos Quilombolas – 40 volumes, de autoria do escritor Maciel de Aguiar, além de 50 quadros do pintor Heitor dos Prazeres, 60 esculturas em fibra de vidro e tamanho natural, retratando os heróis quilombolas, e as gravuras de Rugendas e Debret, produzidas de 1820 a 1835, além de fotos, objetos de suplício e documentos, como um dos maiores registros dos quase trezentos anos de lutas dos negros contra a escravidão no Brasil.
Já o Museu Imperial de São Mateus, instalado em um prédio próximo, expõe o mobiliário brasileiro do Primeiro e Segundo Reinados, além de louças coroadas e brasonadas da aristocracia brasileira, quadros de Vitor Meireles, Rocha Fragoso e José Zeferino da Costa, retratando D. Pedro II, a Princesa Imperial Regente e vários objetos, documentos e utensílios que precisam ser conhecidos para uma melhor compreensão da História do Brasil.
Os museus já foram visitados, gratuitamente, por milhares de turistas, estudantes, professores, comunidade e demais interessados.
Ao tratar da importância do acervo, o curador lembra que o AfricaBrasil possui o maior acervo do mundo de arte africana que foi inspiração de Picasso e Amadeo Modigliani ao cubismo e à arte moderna.
O curador teve reunião na secretaria de cultura do governo estadual para discutir a questão e o atual secretário de cultura do estado. João Gualberto, se comprometeu a visitar o museu e a averiguar o problema. O curador ressalta que se o problema não for resolvido os dois os Museus terão que fechar, causando inestimável prejuízo para a cultura capixaba, nacional e mundial. Maciel Aguiar afirmou ainda que os editais são instrumentos importantes na democratização e transparência da aplicação dos recursos da cultura mas que o governo passado desmoralizou o mecanismo dos editais de forma relapsa e irresponsável.
O prejuízo financeiro acumulado totaliza R$625.000,00 (seiscentos e vinte e cinco mil reais), em decorrência de três editais (R$250.000,00, R$80.000,00 e R$295.000,00) não pagos pelo Governo do Estado do Espírito Santo. A data do possível fechamento dos Musues é de 15 de Março.
Os responsáveis pelos Museus podem ser contactados para maores informações através de emails e telefone.
Contatos: 027-999881257 / [email protected] /[email protected]
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