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PM vai expandir atendimento às mulheres vítimas de violência - (Pinheiros, ES)

Pinheiros

PM vai expandir atendimento às mulheres vítimas de violência no Espírito Santo - No Estado

No Estado PM vai expandir atendimento às mulheres vítimas de violência no Espírito Santo

A Polícia Militar do Espírito Santo vai expandir o atendimento às mulheres vítimas de violência no Espírito Santo no ano que vem. Desde o dia 03 de julho, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) implantou o serviço na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) e já realizou 53 visitas a vítimas com medida protetiva de urgência. Policiais da Patrulha da Comunidade são os responsáveis pelas visitas tranquilizadoras.

Na última semana, cerca de 80 policiais participaram do I Curso de Capacitação “Visitas Tranquilizadoras às Mulheres Vítimas de Violência”, onde receberam informações sobre a Lei Maria da Penha, redes assistências e de saúde, abordagem psicossocial, entre outros assuntos, para qualificar e expandir o serviço a demais regiões.

Pelo menos 17 municípios do Estado contarão com as visitas tranquilizadoras às mulheres vítimas de violência. Esses locais contam atualmente com a Patrulha da Comunidade e são os militares desse projeto que realizam as visitas na casa das vítimas. A proposta é expandir o atendimento ao interior do Espírito Santo no próximo ano.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, André Garcia, as visitas tranquilizadoras são mais uma ação do Governo do Estado na defesa da mulher em todo o Espírito Santo. “Dados do 8º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública destacam que o Espírito Santo não está mais na primeira colocação no registro de homicídios contra as mulheres. O trabalho desenvolvido por policiais da Patrulha da Comunidade dará continuidade aos esforços para preservar a vida dessas mulheres”, enfatizou o secretário.

Atualmente, os municípios atendidos pela Patrulha da Comunidade na Região Norte são: Nova Venécia, Pinheiros, São Gabriel da Palha, Aracruz, Colatina, Pancas, Baixo Guandu, Sooretama, Linhares, São Mateus e Pedro Canário. Na Região Sul, Guaçuí, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Iúna, Ibatiba e Piúma também recebem o serviço e estão na lista para atender as mulheres com medida protetiva de urgência.

Qualidade e multiplicação do serviço

Para o coordenador da Patrulha da Comunidade na Região Metropolitana da Grande Vitória, tenente-coronel Altiere de Carlo, a capacitação preparou militares de todo o Estado para o atendimento dessas demandas. O atendimento é feito em parceria com o Ministério Público que indica as vítimas com medida protetiva de urgência.

“Preparamos policiais militares de todos os batalhões para realizar visitas tranquilizadoras às vítimas que denunciaram agressão de seus companheiros. Com a capacitação, municípios do interior também poderão ser atendidos com a mesma eficiência e qualidade do serviço prestado na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV)”, enfatiza Altiere.

A soldado Gabriela, que atua na 2ª Companhia do 10º Batalhão de Guarapari, diz que a PM atende diariamente muitos casos de violência doméstica e, a partir da capacitação, o atendimento será mais humanizado e completo.

“Vimos a construção histórica da figura da mulher na sociedade, os diferentes gêneros, como abordar pessoas que estão emocionalmente fragilizadas e conhecemos as redes de assistência oferecidas pelos municípios e pelo Estado a essa vítima. Todo esse conhecimento só qualifica o atendimento da Polícia Militar”, completa Gabriela.

Serviço gaúcho é referência nacional

O modelo de atendimento utilizado no Rio Grande do Sul foi a grande atração do Curso de Capacitação realizado na última semana aos policiais militares capixabas. A tenente-coronel coordenadora Estadual da Patrulha Maria da Penha do estado gaúcho, tenente-coronel da Brigada Militar, Nádia Gerhard, afirma que em dois anos mulheres com medida protetiva de urgência tiveram 100% de proteção do Estado.

“Em dois anos, atendemos a três mil mulheres. Com essas visitas, garantimos a proteção do Estado e passamos a atuar não só no atendimento à vítima de violência doméstica, mas também ao enfrentamento do problema. Com o atendimento, nenhuma delas reincidiu, nenhuma morreu e outras passaram a viver novamente, pois foram desenclausuradas. A PM passou a ser o link para a rede de assistência social e de saúde oferecida à mulher que denuncia”, disse a oficial.

O modelo da Patrulha Maria da Penha inserido no Rio Grande do Sul há dois anos tem sido aproveitado na sua íntegra pela capital paranaense e no Estado de Pernambuco.



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