Depois de uma reunião, que segundo observadores foi de forma bastante movimentada, a bancada do PMDB principal partido aliado do Governo Federal divulgou nota que vai deixar à disposição da presidenta Dilma Rousseff as indicações para vários cargos para uma futura composição política. Os pemedebistas mostraram uma insatisfação nos últimos dias nas relações entre o partido (base aliada na Câmara dos Deputados) e o PT. Segundo a nota oficial, o PMDB vai “deixar a presidente à vontade para contemplar outros partidos em função das suas conveniências políticas e/ou eleitorais”.
Esta reação ocorreu depois que a presidente disse que o partido não ampliaria seu espaço na Esplanada dos Ministérios.
Assim, o partido que é maior aliado do PT, demonstra publicamente e de forma direta sua inclinação de não querer ocupar pastas na nova reforma ministerial, optando para um movimento mais independente e produzindo uma pressão estratégica a nível nacional. Mas, de modo geral seus representantes afirmaram para os diversos jornalistas presentes, que cobriam o encerramento da reunião feita as portas fechadas em uma sala do Plenário, para a possibilidade do partido continuar apoiando o Governo da presidenta Dilma Rousseff.
O efeito deste movimento do PMDB em Brasília vai ser observado em vários estados, em que as siglas partidárias realizam conversas para uma composição visando às eleições deste ano, como é o caso do Espírito Santo.
Nota oficial do partido PMDB
A Bancada de Deputados do PMDB, reunida nesta data, delibera:
1) Reitera a disposição de manutenção de apoio ao governo, independentemente da ocupação de qualquer cargo, em função da responsabilidade que temos para com o país, principalmente em relação ao desempenho da economia.
2) A Bancada, responsável pela indicação de dois Ministérios (Agricultura e Turismo), dentro do espaço concedido pelo governo ao PMDB, prefere não indicar qualquer membro do partido para substituí-los na presente reforma.
3) A razão desta decisão deve-se a disputas políticas públicas por cargos, em que preferimos deixar a Presidenta à vontade para contemplar outros partidos em função das conveniências políticas e/ou eleitorais.”
Tags: