Cariacica Intempéries no trajeto de Juninho
Não é bom o clima entre a Câmara de Cariacica e o prefeito Juninho (PPS). Com praticamente 11 meses de mandato concluídos, o prefeito, que amealhou 85% dos votos no tranquilo segundo turno de 2012, desliza na interlocução com a base – formada, em sua maioria, por vereadores de primeiro mandato. Resultado: sobram críticas à atuação do Executivo e faltam propostas para destravar a agenda político-financeira da cidade.
Nos bastidores do Legislativo, as queixas sobre Juninho são as mais diversas. Vão de falta de pulso na condução de projetos, passam pela ausência de liderança e chegam à excessiva interferência de setores religiosos e políticos nos trâmites administrativos. Embora isso não represente, na prática, afronta aos interesses do prefeito nas votações em plenário, o estremecimento é notável.
“Os desencontros, no primeiro ano de mandato, são compreensíveis. Estamos num período de adaptação. Juninho aposta no debate, deixa a Casa solta, não forma grupos de conversa. Mas uma aposta é sempre uma aposta. Espero que com o tempo o direcionamento seja mais firme”, aconselha o presidente da Câmara, Marcos Bruno (PRTB).
Hoje a Câmara de Cariacica tem quatro vereadores do PT, partido do ex-prefeito Helder Salomão: Zé do Miguel, Celso Andreon, Professor Erildo e Seu Pedro. Eles são classificados pelos pares como “a tropa de choque” antijuninho. Segundo consta, o grupo de 17 parlamentares teria ainda outras duas correntes: uma alinhada ao prefeito e outra que já se movimenta com vistas a 2014, jogando ora a favor da administração, ora contra.
“Os vereadores do PT tentam dificultar a vida do prefeito. Não fazem nenhuma colocação positiva, não colaboram. Mas vejo que falta uma liderança do governo para organizar os assuntos. Por isso as coisas não estão se desenrolando e quando um projeto chega, sempre temos que conversar diretamente com Juninho”, avalia Claudemir de Souza, o Bi (PSB).
Casos recentes mostram que a conversa realmente poderia ser mais calibrada. A criação de um Conselho para enfrentamento da discriminação contra gays, por exemplo, levou mais de dois meses porque Juninho e os vereadores não se entendiam; no caso do tíquete-alimentação para servidores, a Casa fez uma proposta, o prefeito fez outra, e criou-se um cabo-de-guerra.
Em meio à tumultuada relação com a base, Juninho ainda tem que administrar o caixa municipal – e alega ter, hoje, uma dívida superior a R$ 85 milhões – e a debandada de secretários insatisfeitos com a gestão. Tarefas essenciais, que não se resolvem com sorrisos e simpatia.
CENA POLÍTICA
Durante uma entrevista concedida, terça-feira à noite, na sede do PSB, o 1º secretário da sigla, Afonso Meneguelli, espirrou, interrompendo a fala do ex-presidente Macaciel Breda. Os dois se entreolharam e Macaciel, meio à brinca, meio à vera, disparou: “Isso é falta de cachaça, hein?!”. Meneguelli riu, sem graça, e tentou minimizar: “Não fala de cachaça na frente da imprensa não”. Foi quando um repórter se intrometeu na conversa: “Melhor não falar mesmo, porque vai faltar para vocês beberem”. A turma caiu na risada... mas sóbria, é claro.
Professor Elinho (PV), titular da pasta de Serviços e Trânsito de Cariacica, será o próximo a sair da prefeitura. Agricultura e Educação devem ter baixas em breve.
O prefeito Luciano Rezende (PPS) viajou para Nova York a trabalho, mas não terá passagens pagas pela Prefeitura de Vitória: optou por usar milhas de viagens aéreas que já tinha acumulado.
A ponte e a ponte aérea
O prefeito Rodney Miranda (DEM) faltou à 5º reunião da Comissão Especial de Segurança Pública do Senado, ontem pela manhã. Anunciado para compor a mesa, ele não deu as caras. À organização do evento, Rodney alegou ter perdido o voo para Brasília por ter ficado preso no congestionamento da Terceira Ponte, em Vila Velha.
Reembolso
Rodney representaria a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) no evento, por ser vice-presidente de Segurança da entidade. A passagem aérea dele já havia sido paga pelo Senado.
Currículo republicano
O defensor público Severino Ramos da Silva – que foi preso em 2012 em decorrência da Operação Pixote e indiciado por incitar rebeliões em unidades de atendimento de adolescentes – agora milita pelo PR.
Novo mapa em debate
A criação de novos municípios no Espírito Santo será discutida na próxima segunda-feira, às 9 horas, em sessão especial da Assembleia Legislativa. Entre os debatedores estão o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes; o chefe da Casa Civil, Tyago Hoffmann; o presidente da OAB capixaba, Homero Mafra; e o procurador-geral do Estado, Rodrigo Júdice. O anfitrião será o deputado Josias da Vitória (PDT).
Baixa na Rede
Alegando razões pessoais, o jornalista Adilson Vilaça se desligou do grupo que discutia o Rede Sustentabilidade no Estado.
Nos bastidores do Legislativo, as queixas sobre Juninho são as mais diversas. Vão de falta de pulso na condução de projetos, passam pela ausência de liderança e chegam à excessiva interferência de setores religiosos e políticos nos trâmites administrativos. Embora isso não represente, na prática, afronta aos interesses do prefeito nas votações em plenário, o estremecimento é notável.
“Os desencontros, no primeiro ano de mandato, são compreensíveis. Estamos num período de adaptação. Juninho aposta no debate, deixa a Casa solta, não forma grupos de conversa. Mas uma aposta é sempre uma aposta. Espero que com o tempo o direcionamento seja mais firme”, aconselha o presidente da Câmara, Marcos Bruno (PRTB).
Hoje a Câmara de Cariacica tem quatro vereadores do PT, partido do ex-prefeito Helder Salomão: Zé do Miguel, Celso Andreon, Professor Erildo e Seu Pedro. Eles são classificados pelos pares como “a tropa de choque” antijuninho. Segundo consta, o grupo de 17 parlamentares teria ainda outras duas correntes: uma alinhada ao prefeito e outra que já se movimenta com vistas a 2014, jogando ora a favor da administração, ora contra.
“Os vereadores do PT tentam dificultar a vida do prefeito. Não fazem nenhuma colocação positiva, não colaboram. Mas vejo que falta uma liderança do governo para organizar os assuntos. Por isso as coisas não estão se desenrolando e quando um projeto chega, sempre temos que conversar diretamente com Juninho”, avalia Claudemir de Souza, o Bi (PSB).
Casos recentes mostram que a conversa realmente poderia ser mais calibrada. A criação de um Conselho para enfrentamento da discriminação contra gays, por exemplo, levou mais de dois meses porque Juninho e os vereadores não se entendiam; no caso do tíquete-alimentação para servidores, a Casa fez uma proposta, o prefeito fez outra, e criou-se um cabo-de-guerra.
Em meio à tumultuada relação com a base, Juninho ainda tem que administrar o caixa municipal – e alega ter, hoje, uma dívida superior a R$ 85 milhões – e a debandada de secretários insatisfeitos com a gestão. Tarefas essenciais, que não se resolvem com sorrisos e simpatia.
CENA POLÍTICA
Durante uma entrevista concedida, terça-feira à noite, na sede do PSB, o 1º secretário da sigla, Afonso Meneguelli, espirrou, interrompendo a fala do ex-presidente Macaciel Breda. Os dois se entreolharam e Macaciel, meio à brinca, meio à vera, disparou: “Isso é falta de cachaça, hein?!”. Meneguelli riu, sem graça, e tentou minimizar: “Não fala de cachaça na frente da imprensa não”. Foi quando um repórter se intrometeu na conversa: “Melhor não falar mesmo, porque vai faltar para vocês beberem”. A turma caiu na risada... mas sóbria, é claro.
Professor Elinho (PV), titular da pasta de Serviços e Trânsito de Cariacica, será o próximo a sair da prefeitura. Agricultura e Educação devem ter baixas em breve.
O prefeito Luciano Rezende (PPS) viajou para Nova York a trabalho, mas não terá passagens pagas pela Prefeitura de Vitória: optou por usar milhas de viagens aéreas que já tinha acumulado.
A ponte e a ponte aérea
O prefeito Rodney Miranda (DEM) faltou à 5º reunião da Comissão Especial de Segurança Pública do Senado, ontem pela manhã. Anunciado para compor a mesa, ele não deu as caras. À organização do evento, Rodney alegou ter perdido o voo para Brasília por ter ficado preso no congestionamento da Terceira Ponte, em Vila Velha.
Reembolso
Rodney representaria a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) no evento, por ser vice-presidente de Segurança da entidade. A passagem aérea dele já havia sido paga pelo Senado.
Currículo republicano
O defensor público Severino Ramos da Silva – que foi preso em 2012 em decorrência da Operação Pixote e indiciado por incitar rebeliões em unidades de atendimento de adolescentes – agora milita pelo PR.
Novo mapa em debate
A criação de novos municípios no Espírito Santo será discutida na próxima segunda-feira, às 9 horas, em sessão especial da Assembleia Legislativa. Entre os debatedores estão o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes; o chefe da Casa Civil, Tyago Hoffmann; o presidente da OAB capixaba, Homero Mafra; e o procurador-geral do Estado, Rodrigo Júdice. O anfitrião será o deputado Josias da Vitória (PDT).
Baixa na Rede
Alegando razões pessoais, o jornalista Adilson Vilaça se desligou do grupo que discutia o Rede Sustentabilidade no Estado.
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