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Gabriel não realizou a defesa correta - (Serra, ES)

Serra

Lutador de jiu jitsu se defende após golpe lesionar coluna de rival: “Gabriel não realizou a defesa correta” - Acidente

Acidente Lutador de jiu jitsu se defende após golpe lesionar coluna de rival: “Gabriel não realizou a defesa correta”

   

Após ser o protagonista do golpe que deixou o lutador Gabriel Diniz, 15 anos, com duas vértebras quebradas, durante o Campeonato Estadual de Jiu-Jítsu, Wesley Marques, 19 anos, se mostrou tranquilo com o ocorrido. O lutador que é natural de Afonso Cláudio, Região Serrana do Estado e treina na academia Fight Champions Combate, em Vila Velha, deseja que o adversário se recupere e volte logo aos tatames, mas não se arrepende de ter aplicado a técnica que levou Gabriel direto para o hospital depois da luta.

Praticante de jiu-jítsu há cerca de um ano e dois meses, Wesley reconhece que não lutou com um oponente ideal, mas esclarece que Gabriel Diniz e seu professor foram alertados sobre a diferença das condições físicas dos atletas.

“O regulamento da competição permitia luta de atletas de categorias diferentes. Mas o meu professor conversou com o mestre do Gabriel, mas eles não ouviram e decidiram competir. Eles estavam cientes antes de entrarem na luta. Ele entrou para competir, então eu lutei. Mas foi uma fatalidade”, ressaltou Wesley.

O golpe acertado por Wesley resultou na fratura da terceira e da quarta vértebra de Gabriel, que até o momento já passou por duas cirurgias, mas ainda apresenta um quadro de tetraplegia. Wesley confessa que ficou assustado com o que aconteceu com Gabriel depois da luta.
“Na hora, para mim foi um susto. Em uma competição ninguém espera que alguém saia machucado, ou machucar alguém. Nós somos lutadores, mas também temos sentimentos. Simplesmente essas coisas acontecem no esporte. Fatalidades podem acontecer em qualquer trabalho. Se você trabalha em um andaime, você pode cair também. A gente fica triste, mas é do esporte” frisou o atleta.

Ainda internado em um hospital particular em Vila Velha, Gabriel Diniz afirmou em entrevista por telefone ao Jornal A Gazeta que não está chateado com o rival, mas que considera que recebeu um golpe ilegal, o bate-estaca. Já Wesley garante que a técnica aplicada é treinada corriqueiramente nas academias e está dentro das regras do esporte.
“De minha parte não houve ilegalidade. A gente se prepara o mês inteiro, um ano inteiro para lutar. Eu acho que todo mundo tá ali pra lutar e pra ganhar, pra dar o seu melhor. São golpes que eu treino normalmente aqui na academia com os meus companheiros. Acho que não houve ilegalidade. Usei uma emborcada e não um bate-estaca. Infelizmente o Gabriel não realizou a defesa correta. Depois da luta eu até falei com meu professor que eu não usei força na verdade. Só estabilizei a posição e esperei uma oportunidade boa para atacar”, relatou. 

Mesmo com a fatalidade, Wesley garante que não vai abandonar o jíu jítsu e espera um dia voltar a ver Gabriel Diniz nos tatames. “Não vou me abater com o que aconteceu. Foi um acidente.Vou continuar no esporte. Se Deus quiser vou continuar lutando e competindo, e espero ver o Gabriel de volta aos tatames e quem sabe a gente pode competir de novo” revelou Wesley.

Vídeo: lutador mostra diferença entre golpe legal e ilegal

Para se defender da polêmica sobre a legalidade do golpe, Wesley Marques e seu irmão Welington Marques realizaram uma demonstração de uma técnica legal, a emborcada (forma de segurar as coxas do oponente para superar a defesa feita com as pernas), e uma técnica ilegal por aplicar força desproporcional contra o adversário, o bate-estaca. No primeiro momento, Wesley e Wellington mostram o golpe legal por duas vezes, depois mostram o bate-estaca. Segundo Wesley, o golpe aplicado durante a luta contra Gabriel foi a emborcada.




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