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Deputados não votam suspensão de pedágio - (Guarapari, ES)

Guarapari

Deputados não votam suspensão de pedágio e manifestantes tomam Ales - 3ª Ponte

3ª Ponte Deputados não votam suspensão de pedágio e manifestantes tomam Ales


Mais um dia de protesto na Grande Vitória e, desta vez, a sede do Legislativo do Espírito Santo (Ales) foi tomada pelos manifestantes. A ocupação aconteceu na tarde desta terça-feira (02) após ser adiado a votação do Projeto Decreto do Legislativo (PDL), que extingue a cobrança de pedágio na Terceira Ponte.

O PDL, de autoria do deputado Euclério Sampaio (PDT), era o 17º da pauta de votação da sessão desta terça, na Assembleia. No entanto, com o pedido de vistas do relator da Comissão de Justiça, Gildevan Fernandes (PV), a votação foi adiada. Ele tem até a próxima terça-feira (9) para retornar com a proposta ao Pleno.

O Projeto de Decreto do Legislativo suspende os efeitos do contrato entre o Governo do Estado e a Rodosol, empresa que administra a ponte. Por não precisa da sanção do governador Renato Casagrande (PSB), passa a valer assim que for aprovado pelos deputados. Se aprovado, o pedágio deixa de ser cobrado na ponte. Mas, a tarifa, para quem trafega na Rodovia do Sol (entre Vila Velha e Guarapari), continua valendo.

Revoltados com o pedido de vista, cerca de 400 manifestantes, que acompanhavam a sessão nas galerias da Ales, tentaram invadir o plenário. Eles foram impedidos pela Polícia Militar do Espírito Santo (PMES). O grupo, então, seguiu para a presidência da Casa de Leis, Lá quebraram uma porta de vidro e objetos decorativos que ficavam em cima das mesas da sala do presidente da Mesa Diretora, deputado Theodorico Ferraço (DEM).

Os manifestantes prometeram ficar acampados nas dependências da Assembleia, até que o projeto seja votado e aprovado. O Universitário Raimon disse “nós só vamos sair daqui quando votar o projeto. O pedágio vai cair”. Mas há previsão de que nesta quarta-feira (03), quando a sessão é pela manhã, não haja trabalhos no plenário. O presidente da Casa suspendeu as atividades ordinárias.

Cerca de uma hora após o término da sessão, encerrada por volta das 17h30, o deputado José Esmeraldo (PR), foi até os manifestantes, na sala da presidência. O republicano contou que falou com Ferraço por telefone e pediu que recebesse os representantes do protesto. Mas, o presidente da Ales teria dito que os atenderia nesta quarta.

"Já havia um zum zum zum na Casa de que isso iria acontecer. Foi uma manobra política com interferência do Governo do Estado, uma manobra diabólica e um erro estratégico. A matéria deveria ter sido aprovada, mas o deputado (Gildevan Fernandes) que pediu vista deve estar muito bem calçado para fazer isso", disse o deputado José Esmeraldo.

O autor do projeto, Euclério Sampaio, lamentou o pedido de vista do colega. “Foi inoportuno aos anseios popular”. Ele também acredita que houve interferência do Poder Executivo. Aos manifestantes, pediu cautela à população e explicou que o pedido de vista é regimentar.

O deputado destacou que fez parte da CPI da Rodosol, em 2003 – instaurada na Casa de Leis. A CPI foi concluída há dez anos e até hoje o resultado das apurações, pelos órgãos públicos competentes, é desconhecido. Segundo ele, o processo foi enviado ao Ministério Público Estadual (MPES), responsável por oferece denúncia à Justiça, se comprovado as irregularidades. E destacou que no relatório havia elementos suficientes comprovando as suspeitas de práticas ilícitas.

A ex-deputada Brice Bragato esteve na Assembleia na noite desta terça. Ela lembrou que a CPI identificou 12 suspeitos de irregularidades que vai desde a autorização da construção da Terceira Ponte a sua concessão. Entre eles, os nomes de dois ex-governadores. O relatório possui 103 volumes. Para ela “foi uma concessão toda fraudulenta”.

Por Danieleh Coutinho, Dóris Fernandes e Livia Meneghel 


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