Politicagem do ES Edson Magalhães perde cargo mas já tem vaga no gabinete Theodorico Ferraço na ALES
Ex-prefeito vai ser o braço direito do presidente da Assembleia. "Edson é um homem muito honesto. Quem o acusa ou é por despeito, mágoa ou ciúme", diz Theodorico.
Depois de tentar a reeleição para prefeito, ser o mais votado, mas ser impedido pela Justiça de assumir, o ex-prefeito de Guarapari Edson Magalhães (sem partido) ganhou ontem abrigo no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM).
No início do ano, Edson ainda passou 50 dias na prisão por conta da Operação Derrama, que apurou um esquema de cobrança ilegal de impostos a grandes empresas em prefeituras do Estado. Com salário de R$ 7,3 mil, o ex-prefeito será o chefe de gabinete de Theodorico, que não mede palavras para defendê-lo. A nomeação foi publicada ontem no Diário do Legislativo.
“Edson é um homem muito honesto. Tem muita gente o acusando que não é digna de beijar o sapato dele. Não tem um processo contra ele que diga que desviou um tostão. Quem o acusa ou é por despeito, mágoa ou ciúme”, disparou o presidente da Assembleia.
Em outubro, Edson tentou a reeleição em Guarapari, mas não pode assumir porque a Justiça entendeu que ele disputava o terceiro mandato consecutivo.
Já o caso da Derrama ainda está no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) aguardando remessa ao Ministério Público, que deve decidir se apresentará denúncia contra Edson.
No último dia 29, o Tribunal de Contas do Estado (TCES) arquivou um processo contra o ex-prefeito relativo à Derrama. Mas outros processos e condenações pesam contra o aliado de Theodorico. Edson tem uma condenação colegiada, no TJES, pela contratação irregular de um médico.
O entendimento do tribunal, no entanto, é de que não houve dano aos cofres públicos. Assim, de acordo com advogados do ex-prefeito, ele não seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. “Ele saiu da prefeitura pobre. As injustiças o futuro vai dizer melhor. Quem julga hoje, amanhã vai para o inferno”, bradou Theodorico.
Projeto
Na própria Assembleia foi protocolado um projeto para tornar a nomeação de servidores mais criteriosa, mas a proposta, de autoria do deputado Euclério Sampaio (PDT), não avançou.
O projeto ainda tem que ser lido em plenário para depois seguir para a Comissão de Constituição e Justiça. Havia a possibilidade de que a medida atingisse a nomeação de Edson, mas nos bastidores a perspectiva é de que o projeto deve ser considerado inconstitucional.
Euclério preferiu não comentar o cargo que Edson ganhou na Casa. “Não vou me manifestar sobre nomeação em gabinete”, afirmou o pedetista.
Primeira-secretária da Mesa Diretora, a deputada Solange Lube (PMDB), também assinou a nomeação de Edson, conforme prevê a norma da Casa. Mas ela também não opinou. “A análise da parte administrativa da Assembleia é competência da Mesa, mas quando a indicação é do gabinete do deputado a responsabilidade é dele”, esquivou-se.
Theodorico Ferraço confirma: “É uma escolha pessoal, da minha responsabilidade. Eu só tenho que dar satisfação ao povo capixaba”. Edson não foi localizado ontem para comentar o assunto.
Votos anulados, prisão e novo cargo
Eleição
Então prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (sem partido) candidatou-se à reeleição e foi o mais votado nas eleições de outubro. Mas a Justiça Eleitoral considerou que ele disputava o terceiro mandato consecutivo e, por isso, invalidou os votos e o pleito.
Prisão
No início deste ano,
em meio à campanha que realizava em favor do aliado Orly Gomes (DEM) - que acabou vencendo as eleições suplementares -, Edson foi preso.
Derrama
O ex-prefeito passou 50 dias na cadeia, acusado de participar de um esquema de cobrança ilegal de impostos a grandes empresas. O caso ainda está em andamento.
Cargo
Ontem, Edson ganhou um novo cargo. Agora será chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, seu aliado político.
Depois de tentar a reeleição para prefeito, ser o mais votado, mas ser impedido pela Justiça de assumir, o ex-prefeito de Guarapari Edson Magalhães (sem partido) ganhou ontem abrigo no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM).
No início do ano, Edson ainda passou 50 dias na prisão por conta da Operação Derrama, que apurou um esquema de cobrança ilegal de impostos a grandes empresas em prefeituras do Estado. Com salário de R$ 7,3 mil, o ex-prefeito será o chefe de gabinete de Theodorico, que não mede palavras para defendê-lo. A nomeação foi publicada ontem no Diário do Legislativo.
“Edson é um homem muito honesto. Tem muita gente o acusando que não é digna de beijar o sapato dele. Não tem um processo contra ele que diga que desviou um tostão. Quem o acusa ou é por despeito, mágoa ou ciúme”, disparou o presidente da Assembleia.
Em outubro, Edson tentou a reeleição em Guarapari, mas não pode assumir porque a Justiça entendeu que ele disputava o terceiro mandato consecutivo.
Já o caso da Derrama ainda está no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) aguardando remessa ao Ministério Público, que deve decidir se apresentará denúncia contra Edson.
No último dia 29, o Tribunal de Contas do Estado (TCES) arquivou um processo contra o ex-prefeito relativo à Derrama. Mas outros processos e condenações pesam contra o aliado de Theodorico. Edson tem uma condenação colegiada, no TJES, pela contratação irregular de um médico.
O entendimento do tribunal, no entanto, é de que não houve dano aos cofres públicos. Assim, de acordo com advogados do ex-prefeito, ele não seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. “Ele saiu da prefeitura pobre. As injustiças o futuro vai dizer melhor. Quem julga hoje, amanhã vai para o inferno”, bradou Theodorico.
Projeto
Na própria Assembleia foi protocolado um projeto para tornar a nomeação de servidores mais criteriosa, mas a proposta, de autoria do deputado Euclério Sampaio (PDT), não avançou.
O projeto ainda tem que ser lido em plenário para depois seguir para a Comissão de Constituição e Justiça. Havia a possibilidade de que a medida atingisse a nomeação de Edson, mas nos bastidores a perspectiva é de que o projeto deve ser considerado inconstitucional.
Euclério preferiu não comentar o cargo que Edson ganhou na Casa. “Não vou me manifestar sobre nomeação em gabinete”, afirmou o pedetista.
Primeira-secretária da Mesa Diretora, a deputada Solange Lube (PMDB), também assinou a nomeação de Edson, conforme prevê a norma da Casa. Mas ela também não opinou. “A análise da parte administrativa da Assembleia é competência da Mesa, mas quando a indicação é do gabinete do deputado a responsabilidade é dele”, esquivou-se.
Theodorico Ferraço confirma: “É uma escolha pessoal, da minha responsabilidade. Eu só tenho que dar satisfação ao povo capixaba”. Edson não foi localizado ontem para comentar o assunto.
Votos anulados, prisão e novo cargo
Eleição
Então prefeito de Guarapari, Edson Magalhães (sem partido) candidatou-se à reeleição e foi o mais votado nas eleições de outubro. Mas a Justiça Eleitoral considerou que ele disputava o terceiro mandato consecutivo e, por isso, invalidou os votos e o pleito.
Prisão
No início deste ano,
em meio à campanha que realizava em favor do aliado Orly Gomes (DEM) - que acabou vencendo as eleições suplementares -, Edson foi preso.
Derrama
O ex-prefeito passou 50 dias na cadeia, acusado de participar de um esquema de cobrança ilegal de impostos a grandes empresas. O caso ainda está em andamento.
Cargo
Ontem, Edson ganhou um novo cargo. Agora será chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, seu aliado político.
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