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Minha Casa, Minha Vida não chega à baixa renda - (Santa Teresa, ES)

Santa Teresa

Minha Casa, Minha Vida não chega à baixa renda - Santa Teresa

Santa Teresa Minha Casa, Minha Vida não chega à baixa renda

A passos de tartaruga. Assim caminha o programa Minha Casa, Minha Vida no Espírito Santo. A pior situação é a das famílias de mais baixa renda, que recebem entre zero e três salários mínimos. De acordo com o último balanço do programa, fechado no dia 30 de novembro e obtido com exclusividade por A GAZETA, passados nove meses desde o lançamento do plano, em 25 de março do ano passado, apenas 794 unidades para essa faixa de renda foram propostas à Caixa Econômica Federal. Todas estão tramitando no banco que ainda não aprovou nenhuma das propostas. A meta do Estado para esse público é de 6.738 imóveis.

Nessa faixa de renda, em números absolutos, o Espírito Santo só está melhor do que o Amapá e o Amazonas, que ainda não apresentaram nenhum projeto de baixa renda para o Minha Casa, Minha Vida. Enquanto isso, para a faixa que vai de três a dez salários mínimos, já foram propostos 6.913 projetos, sendo que 929 já foram aprovados pela Caixa Econômica. Com esses números, o Espírito Santo aparece na 11ª colocação. Para esse público, a meta capixaba é de 10.107 unidades.

Os números da Caixa mostram que para quem realmente precisa, nada ainda mudou. Noventa porcento das mais de 200 mil famílias que compõem o déficit habitacional do Espírito Santo ganham entre zero e três salários.

Se no Espírito Santo o programa custa a deslanchar, em outros Estados a situação é bem diferente. Na Bahia, o número de propostas enviadas à Caixa (78,5 mil unidades) já é mais do que o dobro da meta do programa, de 32,3 mil unidades para a faixa até três mínimos.

No Maranhão, os projetos propostos somam 49,8 mil unidades, enquanto a meta de contratação é de 29 mil. Diante desse cenário, o Estado corre sérios riscos de perder os recursos disponibilizados pelo governo federal, já que o dinheiro não utilizado por um Estado vai automaticamente para outro que apresentou mais projetos do que o estabelecido pela meta do programa.

"Milhares de famílias continuarão em favelas e cortiços por conta da mais pura falta de eficiência. As prefeituras do Estado precisam abrir logo o olho, caso contrário vão perder o dinheiro e uma excelente oportunidade de melhorar a qualidade de vida da população", alertou diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) Constantino Dadalto.

Segundo ele, os prefeitos não se sensibilizaram para o fato de que a falta de moradia é um problema social. "Daí a importância de doar terrenos, desonerar impostos e de mudar as leis. O município não pode, por exemplo, exigir que cada apartamento tenha uma vaga na garagem. Quem precisa ganhar um imóvel, provavelmente não tem um carro. Além disso, não é possível construir um imóvel de R$ 42 mil em Vitória ou Vila Velha sem terrenos gratuitos e impostos mais em conta", explicou.

Constantino disse que, em Vila Velha e Serra, já há movimentação por parte das prefeituras, inclusive com projeto de lei facilitando a chegada de projetos, aprovado.

O presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Gilson Amaro, prefeito de Santa Teresa, se defende. Segundo ele, a crise econômica mundial atrapalhou as prefeituras no andamento dos projetos. "A arrecadação caiu. Comprar um terreno na Bahia ou no Maranhão é muito mais barato do que uma área no Espírito Santo".

O dirigente garantiu que os projetos vão, pelo menos entrar no papel, em 2010. "Estamos preocupados com essa situação, não podemos perder os recursos. Será nosso foco em 2010".

"Milhares de famílias continuarão em favelas e cortiços por conta da mais pura falta de eficiência” •Constantino Dadalto , diretor Sinduscon-ES

"Estamos preocupados com essa situação, não podemos perder os recursos. Será nosso foco em 2010"
Gilson Amaro , presidente da Amunes

O que é o Minha Casa, Minha Vida
O programa
Foi criado para diminuir a falta de casas, o chamado déficit de moradia ou déficit habitacional. O programa vale para famílias com renda de até 10 salários mínimos.

Números
A ideia do governo federal é construir 1 milhão de novas moradias, com um investimento de R$ 34 bilhões. Essa meta é para ser alcançada até o fim de 2010.

Outra realidade
Chacara parreiral
Proeng
O Residencial Chácara Parreiral fica localizado no bairro de mesmo nome, na Serra. O empreendimento terá duas torres, cada uma com 11 andares e dois elevadores. No total serão 180 unidades de dois quartos com área privativa de 42 metros quadrados. A partir de R$ 79 mil. Contato no 3227-8188.

VIA PARQUE
Metron
O condomínio, que será construído em Laranjeiras, ainda não foi lançado. As unidades de dois quartos custarão a partir de R$ 87 mil. Informações no 3134-6800.

Solar das Ilhas
goldfarb
Localizado em Laranjeiras, o condomínio já está pronto para morar. São cinco torres com 259 apartamentos, com área a partir de 50 metros quadrados. Preço a partir de R$ 100 mil. Informações no 3318-0790.

Edifício Rio Mangaraí
Stalc
O prédio, localizado em Jardim Limoeiro, conta com 52 unidades de 50 metros quadrados , com dois quartos, sala, banheiro, cozinha, varanda e área de serviço. Os preços variam de R$ 71.990,00 a R$ 95.301, e a mensalidade custa a partir de R$ 329. Informações no 3228-1545.

Edifício Praia do Ribeiro
Stalc
Localizado em Santa Inês, Vila Velha, o empreendimento possui 72 unidades com 51 metros quadrados de área privativa. Cada apartamento conta com dois quartos. Os preços variam de R$ 84.742 a R$ 101.303, com mensalidades a partir de R$ 369 durante as obras. Informações no 3391-0448.

Riviera Azul
Inocoopes
Localizado em Jacaraípe, o Riviera Azul tem unidades variando em torno de R$ 70 mil. Os apartamentos, de dois quartos, terão área de aproximadamente 45 metros quadrados, com uma vaga de garagem. Informações no 3232-2525.

Setor descobre novo mercado
Se para o capixaba que ganha entre zero e três salários mínimos o Minha Casa, Minha Vida está praticamente parado, para quem recebe entre três e dez mínimos a situação já é um pouco melhor. A Caixa Econômica Federal já liberou 929 unidades no Estado e analisa outras 5.984.

O programa anda nesta faixa porque o mercado imobiliário viu nele o gancho de marketing que faltava para colocar essa população dentro do mercado. Por esse motivo, não param de surgir novos projetos. Há um consenso de que em pouco tempo o Estado baterá sua meta. No restante do Brasil, o Minha Casa, Minha Vida, apesar de não estar conforme o esperado pelo governo, anda mais na faixa que vai de zero a três salários.

Até agora, a Caixa recebeu três mil propostas para construção de 619 mil unidades habitacionais subsidiadas pelo programa. Dos projetos apresentados até agora, já foram contratadas as construções de 247,9 mil unidades. Os dados da Caixa correspondem às operações fechadas até o dia 24 de dezembro passado. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse, na época do lançamento do programa, que a meta era encerrar 2009 com 400 mil unidades contratadas.

O ministro das Cidades, Marcio Fortes, contesta a crítica de que o programa não deslanchou. Ele sustenta que 60% da meta de construção de um milhão de novas moradias já foram alcançados. Nesse cálculo, o ministro contabilizou tanto os projetos em análise como os já contratados.

Numeros
R$ 73,34 milhões
É o montante liberado pela Caixa Econômica Federal para as 929 unidades já contratadas no Espírito Santo. Todas elas são para a faixa de renda que vai de três a dez salários mínimos. Até agora, segundo a instituição federal, o Estado só cumpriu 5,5% de sua meta, que é de contratar 16,8 mil unidades.

Foto: Divulgação internet


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