A Câmara Municipal de Piúma, sul do Estado, recebeu denúncia contra o vereador Nelson Morghetti (PSDB), em sessão ordinária do dia 16 de dezembro de 2009. Os vereadores aceitaram a denúncia feita pelo cidadão Jefferson Garcia da Costa contra o vereador, por infração político-administrativa, cometida na época em ele foi Secretário Municipal de Administração. A Comissão Processante, encarregada de preparar o processo, é constituída pelos vereadores Eraldinho Filho (PCdoB), Jorge Miranda (PCdoB) e Zulmira Santamarinha (PP).

A denucia foi aceita um dia após a denuncia pedindo a cassação do mandato do atual prefeito José Ricardo Pereira da Costa (PR) e do vereador  Nilson Rainha (PRTB) por improbidade administarativa. Seria isso uma mera cortina de fumaça? Será que uma investigação não vai encobrir a outra?

A ação de improbidade proposta pelo Ministério Público Estadual (MPES) é volumosa, envolvendo oito pessoas, entre politicos municipais e empresários locais. O promotor Elion Vargas classificou algumas das fraudes como primárias, segundo ele, mal houve tentativa de acobertamento. Foram obtidos mais de uma dezena de depoimentos e reunidos centenas de documentos, como contratos e recibos. Foi descoberto que em uma licitação as propostas de duas empresas concorrentes haviam sido redigidas pela mesma pessoa. A ação pode ser conferida no site do MPES.

No relatório do MPES, os supostos envolvidos no esquema são acusados em várias outras denúncias, de superfaturar valores na contratação de máquinas pesadas que não funcionavam, emitir alvarás de funcionamento de estabelecimentos e contratar trabalhadores de maneira irregular e fraudar documentos de contartação de empresas prestadoras de serviços à cidade.

Na câmara, os vereadores que montaram a comissão que colheram os primeiros indícios de irreguaridades tentam obter na justiça o fim da ordem de suspensão de seus trabalhos.

 

Foto: Câmara M. Piúma

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