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Carnaval de Congo de Roda D’Água - (Fundão, ES)

Fundão

Carnaval de Congo de Roda D’Água homenageia Nossa Senhora da Penha - Cariacica

Cariacica Carnaval de Congo de Roda D’Água homenageia Nossa Senhora da Penha

Oito de abril. O dia da padroeira do Espírito Santo, Nossa Senhora da Penha, é lembrado de maneira especial em Cariacica, com o Carnaval de Congo. Quando surge a dança dos mascarados em meio à congada, na zona rural do município, tem-se a certeza de estar diante de uma manifestação única do folclore brasileiro. Também é das mais autênticas expressões da cultura e da religiosidade local. A festa será na próxima segunda-feira (8), a partir das 9h, na comunidade de Roda D’Água.

Tambores e casacas acompanham toadas tão antigas que é difícil saber ao certo a origem das composições. Os estandartes com os santos homenageados guiam a procissão. Esses elementos são característicos do congo, uma das mais importantes marcas da cultura popular do Espírito Santo.

São 10 bandas de congo locais: Banda de Congo São Sebastião de Taquaruçu; Banda de Congo Santa Isabel de Roda D’Água (adulto e mirim); Banda de Congo Mestre Itagiba (adulto e mirim), Banda de Congo São Benedito de Piranema; Banda de Congo São Benedito de Boa Vista; Banda de Congo Unidos de Boa Vista (adulto e mirim); Banda de Congo da Apae de Cariacica, e mais seis bandas convidadas, vindas de Linhares, Fundão, Serra e Guarapari, totalizando mais de 300 congueiros participando dos festejos.

Programação
No roteiro, às 9h20 haverá a bênção das bandas de congo e, às 10h, missa no campinho da Associação de Moradores de Roda D’Água. Após, as bandas saem em cortejo até o campo do América F.C., de Roda D’Água, onde, a partir das 11h, haverá show com a Banda Cia Cumby, que faz uma releitura do congo através do rap-congo. O Carnaval começa às 12h30 e segue até 17h30, quando a Ave Maria em ritmo de congada encerra a festa, seguida de show pirotécnico.

Confecção de máscaras

Durante a festa, no stand da secretaria municipal de Cultura, Esporte e Lazer (Semcel), haverá oficina de confecção de máscaras e uma exposição sobre o congo com fotos e instrumentos. “O Carnaval de Congo é um espetáculo dentro do movimento congueiro. Consequentemente, fortalece a cidadania e a autoestima dos cariaciquenses”, ressalta o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Carlos Délio.

Tradição secular, marcada pelo hibridismo das culturas africana, indígena e portuguesa, O Carnaval de Congo é uma síntese da alma capixaba. As origens para o festejo são diversas.

Raízes
Uma das histórias contadas pelos mais antigos da comunidade diz que a manifestação é uma homenagem a Nossa Senhora da Penha, santa católica, padroeira do Espírito Santo. Impossibilitados de ir até o Convento para participar dos festejos devido à dificuldade de locomoção, os congueiros saíam pelas ruas da localidade em procissões animadas por tambores de congo.

A primeira procissão teria acontecido em Boa Vista. Segundo antigos mestres, a maioria dos participantes era portugueses, pequenos senhores de terras da região.

Outra versão para o surgimento do festejo estaria numa promessa. Contam alguns que havia na região uma velhinha que fez uma promessa a Nossa Senhora da Penha pela saúde da neta. Se a menina fosse curada, ela sairia com os tambores de congo pelas ruas em homenagem à santa.

Antigamente, a procissão saía da igrejinha e, a cada ano, seguia para a casa de um “cumpadre”. O trajeto, em torno de 5 quilômetros, terminava com uma mesa farta de iguarias para os romeiros. O fim do festejo era marcado pela oração da Ave Maria.

Os mascarados
No meio da procissão, de trás de arbustos ou de casas, mascarados se juntavam ao cortejo. De acordo com a história contada na região, eles seriam negros fugidos da Revolta de Queimados (1849) que, para não serem reconhecidos, colocavam máscaras para cobrir os rostos e até mesmo meias nos braços. O disfarce era usado para que pudessem se entrosar e participar da festa.

A região do monte Mochuara era conhecida por abrigar negros fugidos de fazendas, que ali formavam quilombos. Eles tocavam tambores, principalmente de lamento. Após o fim da escravidão, os escravos refugiados foram descendo e formando famílias. E assim muitas bandas de congo surgiram ao redor do monte.

Com o passar do tempo, tudo passou a ser uma brincadeira. As pessoas se paramentavam com as folhas de bananeira, colocavam máscaras e se escondiam para sair de dentro dos arbustos, no meio do cortejo. O objetivo era que ninguém descobrisse quem estava por trás da máscara, sendo revelado somente ao final da festa.

Serviço:
Carnaval de Congo de Roda D’Água
Quando: segunda-feira (8), a partir das 9h.
Onde: comunidade de Roda D’Água.

Programação:
9h – Procissão com Nossa Senhora da Penha.
9h20 – Bênção das bandas de congo, na igreja da Comunidade Sagrada Família.
10h – Missa no campinho da Associação de Moradores de Roda D’Água.
11h – Show da Banda Cia Cumby, no Campo do América F.C., de Roda D’Água, na Estrada de Roda D’Água.
12h30 – Carnaval de Congo.
17h30 – Encerramento.

Mais informações: (27) 3346-6340.
Entrada gratuita.


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