Reeleito Caminho sem volta na Assembleia Legislativa
A reeleição do deputado Theodorico Ferraço (DEM) para a presidência da Assembleia Legislativa já parece líquida e certa, mesmo depois de ele ter sido "ferido na asa" na Operação Derrama. Fora da Casa, porém, quem não participou das intrincadas costuras de bastidor até agora tem dificuldade de entender o "acordão".
Por que Theodorico deverá ser reeleito amanhã? Por que o governo e o PT o apoiam? Perguntas assim foram feitas nos últimos dias mesmo por quem tem proximidade com o jogo político.
Theodorico é visto por certos setores como representante das "velhas oligarquias". Integra o DEM, que veio do conservador PFL, arquirrival do PT. E, como mostra a reportagem de hoje, responde a ações de improbidade administrativa e a processos diversos.
Para setores do próprio partido e de movimentos sociais ligados à sigla, é complicado aceitar o apoio a uma das últimas "raposas políticas" do Estado, como o deputado é conhecido.
"Pragmatismo político" e "pacto de impunidade" foram algumas avaliações ouvidas esta semana sobre as costuras entre deputados para a distribuição de espaços no Legislativo. Até porque Theodorico não é o único parlamentar "pendurado" em processos.
E a explicação mais comum entre deputados mais influentes é que a reeleição de Theodorico traz estabilidade interna na Assembleia e na relação com o governo – por incrível que possa parecer, porque Theodorico já foi tido pelos próprios pares como "instável".
Mesmo assim, ele é considerado como o único que obtém o consenso entre os colegas. E, de fato, tudo que o governador Renato Casagrande (PSB) e o Estado não precisam é uma Assembleia rachada em brigas internas, no biênio final deste governo.
Aliás, Casagrande é apontado como o principal avalista da candidatura de Theodorico. Há quem diga que se não fosse por ele, o atual presidente não resistiria ao fato de ter sido investigado na Operação Derrama. Por isso, a possível reeleição dele amanhã vai confirmar também que Palácio Anchieta e Assembleia agora deverão estar mais juntos do que nunca.
Para governistas, será uma sinalização cabal de estabilidade, num momento em que algumas instituições do Estado andam se estranhando e colocando em risco a unidade política, ao que parece.
Quanto ao PT, deputados da sigla dizem que o partido tem o vice-governador e é corresponsável por este governo. Lembram que, pelo regimento interno, Theodorico não tem como controlar sozinho a Assembleia.
Além disso, ainda segundo petistas, no atual mandato-tampão, o presidente não deu nenhum “cavalo de pau” na rota de avanços do Legislativo, que aprovou uma reforma administrativa e cortou cargos comissionados. “A Assembleia está num caminho sem volta”, diz um líder da Casa. De todo modo, há quem diga que, apesar o alto custo político que a reeleição de Theodorico passou a representar, este foi o único caminho que restou.
Em Rondônia
O ex-governador Paulo Hartung (PMDB) estará nesta quinta-feira em Rondônia para proferir uma palestra sobre “Governo orientado para resultados”, num seminário sobre Gestão Pública. Levará a experiência local para um Estado que abriga muitos capixabas.
Consultoria
Em 2011, Hartung já tinha feito um estudo, em parceria com a equipe do ex-ministro Mendonça de Barros, sobre oportunidades de investimentos sociais em Rondônia com a construção de duas hidrelétricas naquele Estado.
Vai assumir
O vereador Olmir Castiglioni (PSDB) vai mesmo assumir a vaga na Assembleia Legislativa. Mas antes quer tempo para cuidar da sua sucessão na Câmara de Colatina, presidida por ele. Assim, Olmir não participará da eleição da Mesa Diretora, amanhã.
Sem críticas
A deputada Luzia Toledo (PMDB) entra em contato com a coluna e confirma que está no páreo pela primeira-secretaria da Mesa Diretora. Mas nega ter feito qualquer comentário sobre Solange Lube, sua colega de partido e também cotada para o posto. “É legítimo que qualquer deputado dispute espaços na Assembleia”, diz Luzia.
Será?
Fonte da coluna com trânsito nos poderes diz que nos próximos dias fatos com teor explosivo deverão vir à tona. A tensão prossegue nos bastidores.
Por que Theodorico deverá ser reeleito amanhã? Por que o governo e o PT o apoiam? Perguntas assim foram feitas nos últimos dias mesmo por quem tem proximidade com o jogo político.
Theodorico é visto por certos setores como representante das "velhas oligarquias". Integra o DEM, que veio do conservador PFL, arquirrival do PT. E, como mostra a reportagem de hoje, responde a ações de improbidade administrativa e a processos diversos.
Para setores do próprio partido e de movimentos sociais ligados à sigla, é complicado aceitar o apoio a uma das últimas "raposas políticas" do Estado, como o deputado é conhecido.
"Pragmatismo político" e "pacto de impunidade" foram algumas avaliações ouvidas esta semana sobre as costuras entre deputados para a distribuição de espaços no Legislativo. Até porque Theodorico não é o único parlamentar "pendurado" em processos.
E a explicação mais comum entre deputados mais influentes é que a reeleição de Theodorico traz estabilidade interna na Assembleia e na relação com o governo – por incrível que possa parecer, porque Theodorico já foi tido pelos próprios pares como "instável".
Mesmo assim, ele é considerado como o único que obtém o consenso entre os colegas. E, de fato, tudo que o governador Renato Casagrande (PSB) e o Estado não precisam é uma Assembleia rachada em brigas internas, no biênio final deste governo.
Aliás, Casagrande é apontado como o principal avalista da candidatura de Theodorico. Há quem diga que se não fosse por ele, o atual presidente não resistiria ao fato de ter sido investigado na Operação Derrama. Por isso, a possível reeleição dele amanhã vai confirmar também que Palácio Anchieta e Assembleia agora deverão estar mais juntos do que nunca.
Para governistas, será uma sinalização cabal de estabilidade, num momento em que algumas instituições do Estado andam se estranhando e colocando em risco a unidade política, ao que parece.
Quanto ao PT, deputados da sigla dizem que o partido tem o vice-governador e é corresponsável por este governo. Lembram que, pelo regimento interno, Theodorico não tem como controlar sozinho a Assembleia.
Além disso, ainda segundo petistas, no atual mandato-tampão, o presidente não deu nenhum “cavalo de pau” na rota de avanços do Legislativo, que aprovou uma reforma administrativa e cortou cargos comissionados. “A Assembleia está num caminho sem volta”, diz um líder da Casa. De todo modo, há quem diga que, apesar o alto custo político que a reeleição de Theodorico passou a representar, este foi o único caminho que restou.
Em Rondônia
O ex-governador Paulo Hartung (PMDB) estará nesta quinta-feira em Rondônia para proferir uma palestra sobre “Governo orientado para resultados”, num seminário sobre Gestão Pública. Levará a experiência local para um Estado que abriga muitos capixabas.
Consultoria
Em 2011, Hartung já tinha feito um estudo, em parceria com a equipe do ex-ministro Mendonça de Barros, sobre oportunidades de investimentos sociais em Rondônia com a construção de duas hidrelétricas naquele Estado.
Vai assumir
O vereador Olmir Castiglioni (PSDB) vai mesmo assumir a vaga na Assembleia Legislativa. Mas antes quer tempo para cuidar da sua sucessão na Câmara de Colatina, presidida por ele. Assim, Olmir não participará da eleição da Mesa Diretora, amanhã.
Sem críticas
A deputada Luzia Toledo (PMDB) entra em contato com a coluna e confirma que está no páreo pela primeira-secretaria da Mesa Diretora. Mas nega ter feito qualquer comentário sobre Solange Lube, sua colega de partido e também cotada para o posto. “É legítimo que qualquer deputado dispute espaços na Assembleia”, diz Luzia.
Será?
Fonte da coluna com trânsito nos poderes diz que nos próximos dias fatos com teor explosivo deverão vir à tona. A tensão prossegue nos bastidores.
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