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Mulher assume a direção de futebol do clube para o Capixabão - (São Mateus, ES)

São Mateus

Espírito Santo inova e mulher assume a direção de futebol do clube para o Capixabão - Giselly de Marchi

Giselly de Marchi Espírito Santo inova e mulher assume a direção de futebol do clube para o Capixabão

Giselly de Marchi

O Espírito Santo Futebol Clube resolveu inovar. No esporte dito bretão, e cheio de preconceitos, mesmo que velado, a responsável pelo futebol do clube no Capixabão 2013 será uma mulher. Numa pesquisa dentro dos arquivos de A GAZETA, é possível dizer que Giselly de Marchi, que assume a diretoria executiva do ES, sendo responsável pela contratação de técnico, jogadores e toda a comissão técnica, será a primeira mulher a comandar o futebol de um clube profissional do Espírito Santo.

Situação parecida com a do Espírito Santo, só a do Flamengo, que elegeu em 2009 Patrícia Amorim como presidente do rubro-negro. Antes dela, só a esposa de Vicente Matheus, Marlene Matheus, no Corinthians, na década de 1990, quando ela foi colocada pelo marido no cargo.

Giselly, de 31 anos, é casada com o técnico de futebol e ex-jogador Vito Capucho, campeão pela Desportiva e Atlético-MG, e tem experiência no ramo do futebol. Segundo o presidente do Espírito Santo, Caca Stielber, a diretora trabalhou representando jogadores na Europa, e também é ex-atleta. Competiu na ginástica olímpica e no atletismo.

"Posso dizer que sou filha do esporte. Iniciei minha carreira na ginástica olímpica e depois passei para o atletismo. Só interrompi minha carreira quando sofri um acidente, mas mesmo assim não consegui me afastar do esporte. Por isso resolvi me dedicar a este ramo e tenho convicção de que iremos desenvolver um grande trabalho no Espírito Santo Futebol Clube, sempre deixando claro que a nossa visão não é a curto prazo e sim a longo prazo", disse Giselly.

A diretora falou sobre o desafio de invadir um ramo dominado pelo homens. "É um projeto a longo prazo. Esses projeto, na verdade, são os melhores. Aqui dentro do Espírito Santo, a maioria dos times não é nem um projeto, e sim um trabalho que fazem ao longo dos anos. Nosso trabalho será diferenciado, é um projeto. Temos o Capixabão agora. Temos projetos de fazer excursões, eurotour, viajar para a China, para fazer amistosos. É um projeto diferenciado. Que nunca se teve aqui", garante Giselly de Marchi.

O Espírito Santo ainda não tem data de reapresentação marcada, o que deve acontecer até o dia 5 de janeiro. Como a equipe não participou da Copa Espírito Santo, todo o grupo precisará ser remontado. Ou seja: Giselly, que começou a trabalhar nesta quarta-feira, dia 28, começará do zero sua empreitada no time.

"Quanto mais desafios para mim melhor, pois é disso que eu gosto. Já tive experiências no futebol português, que possui a fama de ser um país conservador na Europa, e fui muito bem recebida e pude desenvolver um bom trabalho", frisou.

Inicialmente, o ES mandará seus jogos em São Mateus, no Estádio Sernamby, o que ainda pode mudar, mesmo que a tendência seja mesmo atuar em terras mateenses. Assim, o time busca uma sede para seus treinamentos, como explica Giselly.

"Ainda estamos naquela questão da sede. Estamos procurando onde fazer esse projeto. Estamos avaliando o que será mais importante para o clube, como localidade. Estamos nessa etapa", diz ela, que também corre atrás para montar o elenco da equipe para o Capixabão.

"Agora, o que estamos fazendo é contratar jogadores, que é o inicial do projeto. O Espírito Santo é um time de Série A no Espírito Santo. E também estamos numa fase de captação geral, como patrocínios", frisa a nova mandatária do futebol do Espírito Santo.

Presidente não se preocupa com preconceito
O presidente do Espírito Santo Futebol Clube, Cacá Stielber, falou sobre a escolha inovadora para o futebol do clube empresa. Para ele, não importa o fato de Giselly ser uma mulher, mesmo em um esporte recheado de preconceitos.

"Fomos ao mercado buscar um profissional com o perfil que desejávamos e tivemos as melhores referências da Giselly. Para nós não importa o fato dela ser mulher, já que isso não interfere em nada no aspecto profissional. Se estamos quebrando uma barreira no futebol brasileiro, mostra mais uma vez que isso está no DNA de nossa equipe, pois também fomos o primeiro clube capixaba a buscar representação e parceiros internacionais, quando fomos ao oriente. Ou seja, estamos sempre em busca de crescimento dentro e fora de campo", disse o presidente.


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