Pela suposta compra de votos por R$ 100,00 – parcelados em duas vezes , o Ministério Público Eleitoral apresentou uma denúncia na Justiça contra o vereador de Linhares, o radialista Renato Rangel (PP). As fraudes eleitorais teriam acontecido durante a campanha deste ano, quando ele foi reeleito com o total de 1.917 votos. No documento, a promotoria pede, por meio de liminar, a cassação do registro de candidatura ou diploma do parlamentar.
A denúncia da promotoria descreve, com fotos, vídeos e depoimentos anexos, o churrasco de inauguração do banheiro da sede de um serviço de mototáxi, supostamente construído com material cedido pelo vereador. Além disso, o documento demonstraria a compra de votos por R$ 50,00, no dia anterior às eleições, e mais R$ 50,00 no dia posterior, caso Rangel fosse eleito; e o oferecimento de cestas básicas à população carente no distrito de Bebedouro em troca de votos.
Conforme o chefe do cartório da 25ª Zona Eleitoral, André Zanon, a juíza Cristina Eller Pimenta Bernardo acatou a denúncia do MP, mas rejeitou o pedido de liminar, no final da manhã de ontem. "Ela entendeu que, até o dia 19 de dezembro (o dia da diplomação), haverá tempo hábil para o julgamento. Com isso, o processo continua. O vereador tem até cinco dias para apresentar a defesa", disse Zanon.
Renato Rangel foi notificado sobre o processo judicial ontem. "Não há provas concretas na denúncia. Muita coisa ali foi forjada, gente foi paga para falar, entre outros. Isso deve ter partido de suplentes, que perderam a eleição e, mesmo assim, querem assumir a vaga na Câmara. Vou entrar com a defesa e provar a minha inocência", disse Rangel.
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