Vila Velha

Paralisação de rodoviários afeta circulação na GV - Transporte

Transporte Paralisação de rodoviários afeta circulação na GV

Na manhã desta quarta-feira (13), motoristas e funcionários de duas empresas de transporte urbano, a Santa Zita, e a Viação Praia Sol, entraram em paralisação. Dentre as exigências dos trabalhadores está o fim da jornada reduzida de trabalho e mais segurança para os rodoviários. A paralisação afeta milhares de passageiros na Grande Vitória.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), são 425 coletivos parados, prejudicando linhas que atendem os municípios de Viana, Cariacica e Vila Velha.

A greve iniciou nesta terça-feira (12), com os colaboradores da Viação Santa Zita. Aproximadamente 600 funcionários se recusaram a trabalhar, e impediram que os ônibus saíssem da garagem da empresa. Consequentemente 180 coletivos não circularam, afetando 50 linhas do sistema Transcol.

Com a continuação do protesto nesta quarta-feira (13), trabalhadores da Viação Praia Sol também aderiram ao movimento. Assim a empresa de Vila Velha deixou de fornecer ao Sistema Transcol 280 ônibus, que atendem principalmente a região de Terra Vermelha.

Com a paralisação os terminais de ônibus estão lotados, e os passageiros não conseguem pegar os coletivos que circulam nos bairros. Para chegar ao trabalho, moradores da região estão recorrendo aos transportes de aplicativos ou pedindo às empresas que providenciem transporte.


Reivindicações dos rodoviários

Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Carlos Sales, os colaboradores rodoviários entraram em greve porque a empresa não está cumprindo a convenção coletiva ao contratar profissionais em jornada de trabalho reduzida pagando metade do salário e metade do valor do tíquete.

"A convenção prevê uma jornada de 7 horas e 20 minutos. Com a contratação em jornada reduzida, que é de 5 horas, recebendo metade do salário, muitos rodoviários têm que trabalhar em dois horários, ultrapassando as 10 horas de trabalho por dia", explicou.

De acordo com a categoria, uma reunião foi realizada com o sindicato das empresas, o GVBus, mas que não houve acordo.

Em sua defesa, as empresas envolvidas argumentam que o movimento é ilegal e que só vão conversar com os trabalhadores quando os ônibus voltarem a circular.

Um dos diretores do Sindirodoviários, que preferiu não declarar o nome, comentou que a GVBus emperra o diálogo, e que a categoria não pretende prejudicar a população.

"A gente pede desculpa à população. Mas a gente está em diálogo com a GVBus desde novembro, para tentar resolver o impasse. A gente fez a notificação, ela está ciente, e nós do sindicato estamos abertos ao diálogo, mas os patrões não querem conversar com o sindicato. A gente pretende que isso acabe o mais rápido possível. O sindicato não tem interesse nenhum em prejudicar a população", disse.


GVBus

Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus da Grande Vitória (GVBus) comunicou que "a paralisação é ilegal, pois fere a Lei de Greve, que prevê a publicação de edital informando à população sobre esse tipo de situação com 72 horas de antecedência".

Já os rodoviários afirmam que a lei só se aplica a casos de greve, e não a paralisações temporárias, como a que está acontecendo.

A GVBus também comentou que a jornada reduzida está prevista em lei, e que, por esse motivo, a empresa não está atuando de forma ilegal.


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