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Tubulação rompe e alaga UTI do HE Antônio Faria - Caos

Caos Tubulação rompe e alaga UTI do HE Antônio Faria

Na tarde desta terça-feira (5), uma tubulação hidráulica se rompeu e causou alagamento no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha.

Segundo a direção do hospital, a causa do acidente foi uma manutenção de rotina realizada em um cano de uma das caixas d’ água do hospital. Depois da manutenção, ao fechar o registro, a tubulação não suportou a pressão e estourou. Posteriormente os funcionários tentaram fechar o registro para interromper o vazamento de água, porém o registro também não funcionou. Com o rompimento da tubulação e não funcionamento do registro a água se acumulou no gesso do teto que cedeu com o peso.

A parte mais atingida foi a Unidade de Tratamento e Terapia Intensiva (UTI), local que abriga os pacientes em situação mais grave. Quatro dos sete pacientes que estavam na unidade tiverem que ser transferidos para o Hospital Dório Silva na Serra, sendo que alguns deles chegaram a se molhar. Alguns pacientes de outras alas também tiveram que ser alocados no corredor e diferentes áreas do hospital.

Um dos enfermeiros que não quis se identificar comentou o momento do rompimento da tubulação. "Não conseguimos fechar o registro e o teto de gesso caiu. Foi muita correria para retirar os pacientes do local. Estamos sem condições de atender a população".

Cynara Azevedo, Secretaria de Condições de Trabalho do Sindicato dos Servidores de Saúde no Estado do Espírito Santo (Sindsaúde-ES), comentou sobre a atual situação do hospital. "A falta de manutenção na estrutura do hospital é uma realidade. Nos últimos anos, o sindicato denunciou a falta de investimentos e o caos na saúde pública capixaba. O sucateamento dos hospitais estaduais serviam de prática para justificar a necessidade de privatização/terceirização".

Já para o subsecretário Estadual de Assistência em Saúde, Fabiano Ribeiro dos Santos, a água não chegou a atingir os pacientes, atingindo apenas o corredor da UTI, e que as visitas não foram suspensas na unidade de saúde, o que contradiz diversas testemunhas, inclusive funcionários do hospital.

Em contrapartida, a diretora do Sindsaúde-ES, Rita Deboni, afirmou que desconhecia a ocorrência de qualquer trabalho de manutenção hidráulica no hospital. "Ninguém citou, em momento algum, a manutenção. Essa fala não veio de nenhum funcionário. Mas eu acredito que seja mais por falta de manutenção mesmo, porque o nosso hospital é bem ativo e com problemas de estruturas enormes, de forma geral".


Paciente da UTI sendo transferido.



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