Cariacica

Quatro pessoas condenadas pela chacina de Vila Cajueiro - Justiça

Justiça Quatro pessoas condenadas pela chacina de Vila Cajueiro

Com base em denúncia do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Cariacica, quatro pessoas foram condenadas a penas de prisão superiores a 80 anos cada uma, por envolvimento na chamada "Chacina de Vila Cajueiro", em Cariacica, ocorrida em julho de 2011. Quatro jovens, entre 19 e 23 anos, foram executados por furtarem latas de alumínio usadas em uma casa noturna.

Ao todo, foram realizados três julgamentos diferentes nesse caso. A última condenação em júri popular, realizado no dia 25 de julho deste ano, foi de Bartolomeu Ferreira Lima. Ele foi acusado de quatro homicídios triplamente qualificados e condenado a 92 anos de prisão.

Morreram na chacina os jovens Wagner Duarte da Silva, Josué Eduardo Santos de Souza, Fabrício Ribeiro dos Santos e Ilbriner da Silva Santos, o que causou grande comoção popular. Eles foram amarrados e assassinados. Os corpos foram encontrados próximo ao Hospital Pedro Fontes, embaixo de uma mangueira, perto da linha do trem. Os quatro foram executados da mesma forma, com um tiro na cabeça.

Em razão da repercussão do caso, a população colaborou intensamente com informações dirigidas ao Disque-Denúncia da Polícia Civil. Segundo as investigações, eles foram mortos no dia 7 de julho de 2011 por terem furtado latinhas vazias destinadas à reciclagem que estavam em uma casa noturna de propriedade de Leandro Assis da Silva.

Leandro Assis da Silva e Fábio Pinheiro Castias foram julgados pelo Tribunal do Júri no dia 12 de setembro de 2016. Leandro, mais conhecido como "Cabelo", foi condenado a um total de 91 anos e três meses de reclusão e um ano e seis meses de detenção. Ele foi acusado por quatro homicídios triplamente qualificados cometidos por motivo torpe - vingança pelos furtos de latinhas vazias, tortura e impossibilidade de defesa das vítimas -, por manter casa de prostituição, por posse de munição e artefato explosivo ou incendiário, dentre outros crimes.

Já Fábio Pinheiro Castias foi condenado a 80 anos de reclusão. Ele também respondeu pelos quatro homicídios.

O outro condenado desse caso foi Jeferson Luz da Ressureição. Ele foi a júri popular em 7 de novembro de 2017. A pena total, pelos quatro homicídios qualificados, também foi de 80 anos de reclusão.

Como Bartolomeu Ferreira Lima era reincidente - condenado pelo crime de tráfico de drogas - teve sentença de 92 anos de prisão.


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