Pedro Canário

Espírito Santo no caminho certo no combate à violência - Atlas da Violência

Atlas da Violência Espírito Santo no caminho certo no combate à violência

A população capixaba recebeu uma ótima notícia nesta terça-feira (05). De acordo com o Ipeia (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o número de assassinatos no Espírito Santo foi reduzido em 37% entre os anos de 2006 a 2016. Os casos de assassinatos de mulheres no Estado tiveram uma redução ainda maior, caíram 43%, maior redução do índice registrado no Brasil, nessa década. Entre as mortes violentas de jovens entre 15 a 20 anos também houve redução na década de 28%.
 
Os dados produzidos pelo instituto e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública foram divulgados no Atlas da Violência 2018. O estudo analisa a violência no país, através das taxas de homicídios e detalha os dados por regiões, Estados e municípios com mais de 100 mil habitantes.

Em contrapartida, infelizmente, o número de mortes no Brasil vem aumentando, no ano de 2016, foram assassinadas 62.517 pessoas no país. E na última década 553 mil brasileiros morreram por morte violenta, o que corresponde à 153 mortes por dia.

Para alavancar a segurança no estado, uma nova política foi implantada, unindo o trabalho das polícias com a participação popular e ações sociais. Para Nylton Rodrigues, secretário de Estado da Segurança Pública, o resultado positivo é fruto de um trabalho integrado. "Sempre soubemos que não mudaríamos aquele cenário do dia para a noite. Por isso houve investimentos, além das polícias, em construção de presídios, tirando os presos das delegacias. E agora demos um passo à frente em políticas sociais inovadoras, como o programa Ocupação Social, que oferece oportunidades para tirar o jovem da violência. A polícia tem um papel importante, mas sozinha não consegue superar esse desafio. E isso é resultado de muito trabalho ao longo da última década, desde o primeiro mandato do governador Paulo Hartung", disse o secretário.

Sobre a melhora significativa da diminuição da violência com a gestão Hartung, quando comparada com a gestão Casagrande, Rodrigues comentou. "O Estado passou a ocupar a 19ª posição no ranking da violência. Em 2011, era o segundo lugar (mais violento) no ranking, para se ter uma ideia".

Para o governador Paulo Hartung, muito trabalho foi feito para reverter a situação ao qual se encontrava o Espírito Santo. "Esse resultado é fruto do trabalho que realizamos ao longo dos últimos anos no Espírito Santo. Em 2003, a Secretaria de Segurança era um pequeno traço no organograma do Estado. Equipamos e qualificamos as nossas polícias. Os presos se amontoavam nas delegacias e os presídios estavam sucateados. Iniciamos, então, um trabalho de restruturação do sistema prisional, o que nos permitiu retirar presos das delegacias e ampliar a capacidade de investigação de crimes em nosso Estado. Fundamos o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES), que unificou o atendimento a ocorrências. O trabalho integrado das nossas polícias e a atuação dos líderes da área de segurança fizeram toda a diferença no planejamento e desenvolvimento das ações. Um trabalho que demandou tempo e determinação", desabafou Hartung.

Hartung destacou a importância das políticas sociais diferenciadas que foram implementadas no Estado, visando o combate à violência. Dentre os quais o Programa Ocupação Social, que atende em 26 regiões de vulnerabilidade social em todo o Espírito Santo 11 mil jovens, oferecendo alento e oportunidades. " O papel da polícia é importante, mas ela sozinha não vai resolver esse desafio. Por isso estamos fortalecendo e equipando nossas polícias, mas ao mesmo tempo oferecendo uma rede de oportunidades para que esses jovens construam um novo caminho".

O governador ainda exaltou os trabalhos das diversas instituições do estado que estão empenhadas no combate à violência. "O trabalho realizado por diversas instituições, como o Ministério Púbico, o Judiciário e as nossas polícias no enfrentamento da violência contra as mulheres também merecem destaque. Valorizo os avanços que estamos colhendo nesses últimos anos, mas com a consciência de que há muito a ser feito para vencer a violência e ampliar a cultura da paz", concluiu.


Mulheres

O Espírito Santo vem melhorando muito nos últimos anos os índices de segurança para as mulheres. O estado capixaba teve a maior queda do Brasil no número de assassinatos de mulheres na década, com diminuição de 43%.
Esta melhora muito se deve à implantação de programas como Homem que é Homem, que é idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil, que visa reduzir o índice de reincidência de violência contra a mulher. Onde homens agressores são convocados a participarem de palestras educativas e de conscientização.


Armas de fogo

Segundo os dados dos Atlas da Violência, outra melhora significativa no estado foi a redução de homicídios por arma de fogo, entre 2006 e 2016. O Espírito Santo que era o 3º estado mais violento do pais neste critério, passa a ser o 13º colocado atualmente. "Em 2016, as nossas polícias apreenderam 3.236 armas. É importante esse foco para a prevenção de crimes", lembrou o secretário Nylton.


Negros

A pesquisa apontou ainda que o Espírito Santo foi o terceiro estado com maior taxa de redução no homicídio de negros, de -23,8%. Para Nylton a gestão tem sido o diferencial. "A importância é ter continuidade da boa gestão, do foco ao combate aos crimes. Temos um índice de 40% de elucidação dos homicídios. E vamos seguir em frente, tendo a união dos investimentos nas áreas sociais e também no trabalho de investigação e patrulhamento das polícias".


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