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Suspensão de rotativo em Guarapari confunde motoristas - Suspensão imediata

Suspensão imediata Suspensão de rotativo em Guarapari confunde motoristas

A suspensão do estacionamento rotativo em Guarapari ainda está deixando motoristas confusos. A Justiça determinou a suspensão imediata do contrato de concessão na quinta-feira (19), mas as placas continuam nas ruas. A empresa responsável disse que vai recorrer da decisão.

O contador Vanildo Cordeiro e o aposentado Roberto Lipper estacionaram no Centro de Guarapari nesta segunda-feira (23) e ficaram sabendo através da reportagem que o rotativo não estava mais valendo.

"Eu estava mesmo atrás de um agente para pagar. Não encontrei ninguém e também não fui notificado. Só agora estou sabendo que não funciona mais", contou Vanildo.

Para quem acompanhou a polêmica, a suspensão divide opiniões na cidade. "Eu acho que o melhor foi suspender mesmo, pra mim era uma cobrança indevida", falou o mecânico Magno Rodrigues.

"Tem muita gente que vem trabalhar na região do Centro, deixa o carro o dia inteiro estacionado e só pega de noite. Nós, que precisamos ir ao Centro para resolver assuntos rápidos, não encontramos vagas e somos obrigados a pagar estacionamento particular. Para mim, o melhor é ter o rotativo", defendeu a aposentada Siegreid Lipper.

Na decisão que suspende o rotativo, o juiz Gustavo Marcal cita que a concessionária VGN - Vaga Ativa "não vem prestando o serviço público de estacionamento de forma adequada, conforme previsto no contrato". Na texto consta também que a empresa tem postura recorrente de atrasos nos repasses a prefeitura.

A reportagem se encontrou com o supervisor da empresa, Wever Almeida Castilho, no sítio dele. Ele alega que o problema do não cumprimento do contrato se deve a falhas da prefeitura de Guarapari.

"A prefeitura não fez nada até agora, só arrecadou os impostos que eu tinha que pagar para ela, mas ela tem a contrapartida dela, ela tem que ter o agente dela na rua. O nosso agente não tem poder de multa, só poder de notificação. Como a gente notifica e não multa, o pessoal começou a não pagar. A cada dez pessoas, conseguíamos arrecadar de 10 pessoas. Com isso fica difícil, pois o nosso agente, ao final de cada mês custa R$ 2,2 mil, então a gente não tinha como pagar", disse.

A prefeitura se defendeu informando que Guarapari tem 10 agentes de trânsito, responsáveis pela fiscalização, aplicação de multas e controle do tráfego. Não são agentes exclusivos pra fiscalizar o rotativo, e para aplicar multa por estacionamento irregular, o agente precisa estar no local, não pode emitir o auto de infração com base nas informações passadas pela empresa. Além disso, de acordo com a prefeitura, a Polícia Militar também pode aplicar as multas.


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