Guarapari

Incêndio que destruiu feira em Guarapari completa um ano - Inicio de construção

Inicio de construção Incêndio que destruiu feira em Guarapari completa um ano

Há um ano Guarapari amanheceu com uma grande nuvem negra no céu que era possível ser vista de vários pontos da cidade. O motivo não foi uma tempestade se aproximando, mas sim o incêndio que destruiu completamente o Shopping Praia do Morro e afetou a estrutura do edifício vizinho, o Summer Beach. A nova feira ainda não começou a ser construída, mas a promessa é de que a obra comece ainda este ano.

A informação é do gerente da feira, Ronaldo Cardoso Dias. Ele explicou que a documentação para o início da construção está para sair. "Já demos a entrada na documentação para a reforma. Já temos a liberação do Corpo de Bombeiros, agora só falta alguns detalhes junto a prefeitura para poder liberar".

Segundo Ronaldo, a feira funcionava no antigo espaço há 18 anos e tinha 68 expositores. Depois do incêndio 51 passaram a trabalhar em um espaço provisório e devem permanecer nele até que a obra da nova feira fique pronta. Já os outros 17 ele alega que também são proprietários de lojas e por isso, não foram incluídos na feira temporária.

Um dos expositores que está no espaço provisório é o peruano Benito Cáceres, de 68 anos. Ele contou que trabalha na feira há 13 anos e que o incêndio lhe causou um prejuízo de cerca de R$ 40 mil. Agora tenta se adaptar ao novo local de trabalho.

"Estamos trabalhando de pouquinho em pouquinho. Este é o pensamento de todos, querer trabalhar como foi antes. Claro que não se iguala ao que era antes porque o espaço era maior, mas dá para sobreviver. Sempre trabalhei e sigo trabalhando. Sempre falo com os turistas que vem aqui que eles nos ajudam e graças a eles estamos sobrevivendo", disse Benito.

A tragédia ainda mexe com a expositora Valentina Polk, de 38 anos. Ela contou que trabalhou como funcionária na feira por 17 anos e antes do incêndio estava trabalhando por conta própria há 8 meses. Valentina também teve um prejuízo de aproximadamente R$ 40 mil na feira e para conseguir trabalhar no novo espaço diz que teve um novo prejuízo.


"Para me recuperar tive que vender meu carro em novembro. Foi outra perda porque vendi um Celta de 4 anos de uso pouco rodado. Então tive outro prejuízo. Não recuperei no verão e nem vou recuperar em julho", lamenta Valentina.

A possibilidade de voltar para o antigo espaço também a encheu de esperança. "Estou gostando daqui só que lá a feira era mais visada. Estamos na rua de trás, mas as pessoas não vem para cá. Tenho muita esperança de voltar", disse Valentina.

Prédio. Desde o dia do incêndio o edifício Summer Beach foi interditado. Mas, ao contrário da feira, a reforma já começou. Segundo a administradora do prédio, Luciane Pádua, a obra vai custar cerca de R $ 4 milhões e vai ser paga pelo seguro do condomínio. A previsão é de que os moradores possam voltar para seus apartamentos em 10 meses

Liberação. Procurada, a prefeitura informou que o projeto inicial não foi aprovado, mas a pedido dos responsáveis pela feira esta sendo reanalisado. "A Secretaria Municipal de Analise e Aprovação de Projetos (Semap) informa que o responsável pela feira entrou com um processo pedindo a aprovação do projeto de reconstrução do empreendimento Shopping Praia do Morro, em dezembro de 2017, número 23975/2017, mas o projeto apresentado não foi aprovado, pois não atendia a vários itens da legislação vigente, como vagas de garagem e afastamentos. O responsável então recebeu a notificação 051/2018, em fevereiro de 2018, pedindo que em 30 dias apresentasse um novo projeto que atendesse as normas estabelecidas pela legislação vigente, só que este novo projeto não foi apresentado impossibilitando qualquer tipo de licenciamento por parte da Semap.

O responsável pela feira fez um pedido de reconsideração da decisão dada pela Semap (de não aprovação do projeto) e agora o processo se encontra em fase de análise na Procuradoria Geral do Município", diz a nota da administração municipal.


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