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Policiais pedem anistia em audiência pública - Greve da PM

Greve da PM Policiais pedem anistia em audiência pública

Na manhã desta segunda-feira (16) no plenário Dirceu Cardoso, a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, realizou uma audiência pública sobre a Greve da Polícia Militar e de uma possível concessão de anistia geral aos policiais militares que participaram da paralisação ocorrida em fevereiro de 2017. A audiência foi presidida pelo presidente do colegiado, deputado Gilsinho Lopes (PR).

O sargento Renato Martins, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo (ASC-ES), declarou ser uma questão de justiça a anistia para os policiais. "A associação entende que este projeto de anistia administrativa é o primeiro passo efetivo para reerguer o moral da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo", disse o representante.

Segundo Martins, foi encaminhado à Comissão de Segurança um documento com o piloto do projeto para a apreciação do colegiado. De acordo com o deputado Gilsinho Lopes a proposta já está sendo analisada pela Casa, e que a prerrogativa da matéria é do Executivo.

Com a mesma linha de raciocínio, Elisandro Lotin de Souza, presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), é contrário às punições aplicadas aos policias capixabas. "Nenhum policial, seja ele oficial ou praça faz um movimento paredista porque gosta. É preciso respeitar uma categoria que tem 500 profissionais mortos por ano, respeitar o direito humano básico de um trabalhador de reivindicar um salário justo" explicou.

Em contra partida, o subcomandante da PM, coronel Brezinski, defende que os processos devem ser analisados caso a caso. "Defender uma anistia onde entendemos que os princípios da hierarquia e da disciplina foram aviltados seria demagogia de minha parte", considerou. Ele continuou. "Defender aqui certas condutas pontuais seria ir contra os meus princípios", afirmou.

Brezinski pensa que é preciso ter diálogo, que certamente as reinvindicações são nobres e necessárias, porém é preciso ter respeito às leis do País. "Sou a favor de melhorias de salário, de investimentos, mas não podemos rasgar a constituição por interesses próprios. A punição deve ser proporcional à conduta, para mim os fins não justificam os meios", finalizou.

No decorrer da audiência, Gilsinho Lopes se solidarizou com as posições do comando da PM, mas reiterou que algumas decisões já foram tomadas em outros estados nesse sentido e que o Espírito Santo deve caminhar na mesma direção. "Já vimos em outros estados o projeto de anistia ser encaminhado à Assembleia e ser aprovado mesmo contra algumas posições pessoais do comando", explicou o parlamentar.

Participaram também do encontro os deputados Euclério Sampaio (PSDC), Sergio Majeski (PSB) e Da Vitória (PPS). A anistia recebeu apoio de manifestações vindas da galeria do plenário.


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