Linhares

Sindicato afirma que vazão no Rio Pequeno é insuficiente - Samarco

Samarco Sindicato afirma que vazão no Rio Pequeno é insuficiente

O Sindicato Rural de Linhares afirma que a vazão do canal aberto na barragem do Rio Pequeno é insuficiente para acabar com o problema da inundação das propriedades do entorno da Lagoa Juparanã, isto porque o volume que sai do canal em direção ao Rio Doce é menor do que entra na lagoa pelo Rio São José.

"Nós tivemos a informação de que está vazando ali 1,2 mil litros por segundo. Se nós temos uma entrada, no São José, de 10 mil litros por segundo, você vê que não vamos conseguir secar essa água nunca", explicou o colaborador do Sindicato Rural de Linhares, Antônio Bourguignon.

"Não tem o que fazer mais nisso. Vamos colocar o gado onde? Já não tem onde colocar. Todo dia é um custo a mais com a sanidade dos animais, o que já foi comprometido. Não sei mais o que fazer", comentou o gerente agropecuário João Paulo Mariz

"Hoje, a área alagada totalmente é de 302 a 305 hectares. São duas áreas. A gente tem um prejuízo diário aqui, porque nós não utilizamos uma área, numa época dessas, que é quando a gente mais utiliza, até chegar a época fria. E agora? Vou trazer o gado para cá quando? O que eu vou fazer com o gado, eu não sei", disse o agricultor Joaquim Calmon Netto.

Já a mineradora Samarco, responsável pela construção da barragem e posteriormente do canal, informou que está cumprindo a determinação da Justiça, que é a construção da barragem.

Segundo a Fundação Renova, o problema da cheia será normalizado num prazo aproximado de 2 meses, prazo este contestado pelo sindicato e produtores rurais da região afetada.

"Nós, que conhecemos as áreas, sabemos que não abaixa com 45 dias, nem se eles tirarem a barragem. Então, vamos dizer que a água abaixe, mas vai ficar muita parte empoçada aqui nas nossas áreas. Para a gente entrar com máquina aqui, para trabalhar o pasto e refazer, nós temos que esperar, aproximadamente, seis meses", criticou o agricultor Jovelino Smarçaro.

De acordo com o sindicato, ao menos 500 produtores rurais foram atingidos e tiveram prejuízos devido ao alagamento causado pela barragem. "Hoje, nós estamos pagando arrendamento, pagando frete, dando gado à meia, para retirar do pasto, e o prejuízo está acontecendo", afirmou o colaborador.


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