Colatina

Iniciaram os trabalhos para liberação da BR-259 - Transtorno

Transtorno Iniciaram os trabalhos para liberação da BR-259

Os trabalhos para a liberação da BR-259 no trecho entre Colatina e Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo, começaram nesta quarta-feira (21). Funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) e da empresa contratada para fazer os serviços estiveram no local onde as pedras rolaram para analisar e definir as estratégias que serão usadas. Ainda não há data para a completa liberação da via.

A rodovia federal está totalmente interditada no km 79 desde o dia 6 de fevereiro. A estrada é a principal ligação entre o estado e o Leste de Minas Gerais, então é sempre bem movimentada. Os veículos estão passando por desvios para chegarem as destinos, o que acaba prolongando as viagens.

"Temos pedras aqui que vão desde 1 tonelada até a pedra maior, que avaliamos que tenha 750 toneladas. Ela vai ser desmontada em escala, em diferentes ciclos de fogo. Acreditamos que depois que houver esse desmonte inicial, ainda terá mais deslizamento de pedras, tornando o trabalho altamente arriscado e especializado, sendo feito com bastante cuidado e critério", explicou o engenheiro geotécnico do Dnit, Renato Prandina.

O trabalho para liberar a pista vai custar quase R$ 6 milhões e deve ser demorado. De acordo com o dono da empresa contratada pelo Dnit para fazer o serviço, a detonação das pedras e a limpeza da via devem demorar seis dias para serem feitos. Até a liberação total, ainda falta mais tempo.

"Se nós conseguirmos liberação em meia pista para os veículos leves, temos a expectativa positiva para daqui uns 15 dias. Mas se a avaliação da encosta der um resultado de risco ainda para o usuário, não vamos liberar", explicou Prandina.

Quem precisa ir para as regiões ligadas pelo trecho da BR-259 precisa passar por devios, mas essa alternativa não vale para o caminhoneiro Roberval Andrade. Ele explicou que carrega uma carga especial e excedente, com um peso que não é permitido nas outras estradas.

"Nós estamos com uma carga excedente e que não passa nos desvios. Nós temos uma autorização especial que já vem com a rota, onde temos que passar e respeitar essa licença. Estamos na expectativa de passar para entregar a nossa carga para o cliente", falou o caminhoneiro, que saiu de Minas Gerais com destino para a Serra.

A interdição também mudou a rotina dos moradores de Itapina, em Colatina. A balsa, um meio de transporte que não era muito usado, está fazendo cerca de 30 viagens por dia.

"Hoje eu cheguei atrasado para a aula, pois tive que esperar a balsa ir e voltar. Só podem ir 15 pessoas por vez", explicou o estudante Neisson Ovani Holz, que estuda no Ifes de Itapina.


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