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Mais de 1,8 milhões de animais vacinados no ES - Febre aftosa

Febre aftosa Mais de 1,8 milhões de animais vacinados no ES

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) registrou a comprovação de 1.872.013 animais (97,02%) vacinados contra febre aftosa em todo o Estado na última etapa da campanha de vacinação realizada durante o mês de novembro. Na ocasião, foram imunizados bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias.

Os dados apresentados mostram que o procedimento foi realizado em 93,97% das propriedades (quase 30 mil). Segundo o diretor-presidente do Idaf, Júnior Abreu, os números têm se mantido relativamente estáveis nos últimos anos. "O compromisso do produtor com a vacinação é essencial para proteger seu patrimônio e fortalecer a pecuária capixaba. O Espírito Santo, assim como o restante do país, está caminhando para a possibilidade de retirada da vacinação até 2021, por isso, precisamos ser ainda mais vigilantes para evitar a ocorrência da doença", explicou Abreu.

A última ocorrência da doença no Estado foi registrada em 1996. Desde 2001, o Estado é reconhecido internacionalmente com o status de livre com vacinação. Esse reconhecimento garante a comercialização da carne bovina para mercados exigentes, como União Europeia, Chile e União Aduaneira.


Destaques da etapa

Nos municípios de Bom Jesus do Norte, Governador Lindenberg, Ibiraçu, João Neiva, Marilândia, Vila Pavão, Vila Valério e Vitória, 100% das propriedades comprovaram a vacinação. Também merecem destaque as cidades em que houve a comprovação de vacinação de mais de 99% do rebanho. São elas: Atílio Vivácqua, Barra de São Francisco, Conceição do Castelo, Fundão, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Muqui e São Gabriel da Palha.


Produtores que não vacinaram

Os proprietários que não vacinaram seu rebanho devem procurar o Idaf para receber a autorização para compra da vacina fora do período da campanha. Os faltosos estão sujeitos a multa e a propriedade fica impedida de movimentar seus bovinos e bubalinos até que a situação seja regularizada.


Próxima etapa

A próxima etapa de vacinação acontece em maio, quando devem ser vacinados apenas os animais com até dois anos de idade.

Febre Aftosa

É uma doença infecciosa causada por vírus. Ela atinge animais de cascos bipartidos, como bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. É uma doença altamente contagiosa que possui sete soros imunologicamente distintos, são eles: A, O, C, SAT1, SAT2, SAT3 e Asia 1, sendo que no Brasil encontramos apenas os tipos A, O e C.

O vírus da febre aftosa é altamente contagioso e pode ser transmitido através da baba do animal, que contém grande quantidade de vírus. O sangue dos animais infectados também contém grande quantidade de vírus durante a fase inicial da doença. O vírus dessa doença é muito resistente, podendo resistir por meses na medula óssea do animal (mesmo depois de morto), no pasto, na farinha de ossos e no couro.

A doença também pode ser transmitida por contato indireto, através de alimentos, água, ar, pássaros e humanos que cuidam dos animais, e que podem levar os vírus em suas mãos, roupas ou calçados, e infectar animais sadios.

Os primeiros sintomas apresentados pelo animal são febre alta e perda do apetite, seguidos de aftas na boca, na gengiva ou na língua, e principalmente por feridas nos cascos ou nos úberes. O animal baba muito, contaminando todo o ambiente e tem grande dificuldade para se alimentar e para se locomover, em razão das feridas nos cascos. A produção de leite, o crescimento e a engorda ficam prejudicados. A intensidade da doença é variável, mas sabe-se que ela atinge mais animais jovens, principalmente os que estão em aleitamento.

O tratamento dessa doença é feito com a total desinfecção do local, fervura ou pasteurização do leite destinado ao consumo humano ou de outros animais, tratamento com medicação nas feridas dos animais e tratamento com tônicos cardíacos em animais com muita fraqueza.

No Brasil, a prevenção dessa doença é feita por meio de vacina obrigatória aplicada de 6 em 6 meses, a partir do terceiro mês de vida do animal. A vacinação é obrigatória a todos os criadores de animais, de forma que as recomendações do fabricante com relação à dosagem, prazo de validade, modos de conservação, entre outros, sejam obedecidas.


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