Aracruz

Usuários de transporte público em Aracruz expõem dificuldade - Mobilidade ruim

Mobilidade ruim Usuários de transporte público em Aracruz expõem dificuldade

As dificuldades listadas pelos usuários incluem demora, variação nos preços e custo alto da passagem

Com a chegada da alta temporada, o número de pessoas circulando em Aracruz aumenta em busca das praias da região. Mas chegar à praia muitas vezes não é uma tarefa simples, nem rápida e muito menos barata. Ficar no ponto aguardando por mais de 30 minutos por um coletivo é uma realidade diária para moradores da região e turistas.

 As reclamações são muitas quando se aborda alguém que está à espera do coletivo. O estudante mineiro Gabriel Biafra , 22 anos, já esperava por mais de 40 minutos num ponto de ônibus perto da Praia dos Padres quando nossa equipe chegou no local. "Estou aqui há dois dias e estou gostando muito do lugar. O único problema é que eu estou sem carro e me locomovendo somente de ônibus. Já estou aqui há um tempão esperando o transporte e, até agora, nada", comentou o estudante.

Outra queixa recorrente cai sobre  valores diferentes de tarifas. O valor da passagem é diferente a cada percurso percorrido, e os valores oscilam entre R$ 2,15 a R$ 9,60. Para moradora de Mar Azul, Flávia Santos, a tarifa é alta e injusta. "A distância não é muito grande. Pagar quase R$ 7,00 para chegar ao centro de Aracruz não faz muito sentido e é muito caro", ressaltou a dona de casa.

Debate 

A unificação de tarifas já foi estudada pelas autoridades. No entanto, se fosse aplicada uma média entre esses valores, quem paga o valor mais baixo (R$ 2,15) passaria a pagar um valor mais alto. Isso  gera muita polêmica entre os usuários. Para complicar mais essa unificação, não existe nenhum tipo de subsídio oferecido pelo poder público, como acontece no Transcol na Grande Vitória, onde o Governo do Estado paga mais de R$ 100 milhões ao ano ao sistema.

Atualmente o transporte coletivo de Aracruz é realizado por duas empresas: a Expresso Aracruz e a Cordial Transporte. Essas empresas ganharam um processo licitatório em 2015, no qual assumiram o compromisso de prestar um serviço de qualidade a partir de parâmetros estabelecidos pela prefeitura municipal. Quem fiscaliza e avalia os serviços prestados é a prefeitura, mas quem os usa de fato, são os cidadãos.  O debate entre prefeitura, empresas prestadoras de serviços e usuários deve ser ampliado para que aconteça de maneira simples e efetiva.



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