Mais de 300 metros de rede, e quase 28 armadilhas para captura de guaiamum. Os materiais foram apreendidos pela Equipe da fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente de Aracruz (SEMAM) nos manguezais do rio Piraquê-Açu, durante o último período de defeso do caranguejo-uçá.
"As ratoeiras e redes foram encontradas durante o patrulhamento da equipe de fiscalização ambiental. São materiais de uso proibido, já que contribuem na pesca e cata predatória de espécies que inclusive estão ameaçadas de extinção, como é o caso do guaiamum", explicou o guarda ambiental, Ronnie Gonçalves.
Ronnie explica ainda que estes equipamentos são impróprios para atividades nas regiões de manguezal. O uso da conhecida redinha de arrasto, por exemplo, contribui no desequilíbrio ambiental do ecossistema.
"A rede de arrasto, além de remover a lama encontrada no fundo do rio, leva com ela vários tipos de vida, como filhotes e até ninhos", exemplificou.
Patrulhamento dia e noite
Para manter a preservação dos manguezais de Aracruz, a equipe de fiscalização ambiental atua dia e noite, realizando rondas em áreas comuns para pesca e cata de crustáceos, com apoio de motos, carros e barco.
Durante o período de andada e defeso de espécies como o caranguejo-uçá, por exemplo, o monitoramento desses locais é intensificado. "A Secretaria de Meio Ambiente se compromete em fiscalizar e preservar os manguezais que, além de serem Áreas de Preservação Ambiental, é importante para famílias que dependem do mangue para o sustento. Além disso, a fiscalização nesses locais é realizada em atendimento a uma Portaria Estadual", disse a Gerente de Fiscalização da Semam, Ana Clara Paz Otegui.
Denúncias
Quem flagrar práticas ilegais em manguezais ou em outras áreas de preservação pode entrar em contato com a equipe de Fiscalização Ambiental de domingo a domingo.
Os telefones para denúncias são: 27 9 9971-4462 e 3270 7065.