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Medidas preventivas ajudam no controle do carrapato bovino - Rural

Rural Medidas preventivas ajudam no controle do carrapato bovino

Nesta época do ano, chegando o verão as altas temperaturas e umidade propiciam a infestação de carrapatos em diversos animais, e em especial nos bovinos. Estes aracnídeos parasitas causam uma série de doenças aos animais (até mesmo ao homem) inclusive podendo leva-los à morte. Segundo o veterinário Raul Mascarenhas Santana, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), os carrapatos também são transmissores dos hemoparasitas causadores da tristeza parasitária bovina (TPB), doença que tem alto índice de mortalidade nos rebanhos, principalmente em animais jovens.
Ao caminhar em pastagem infestadas o carrapato sobe no gado geralmente utilizando-se de arbustos e vegetações rasteiras. Depois de fixado o carrapato permanece se alimentando do sangue do hospedeiro aproximadamente 22 dias, onde já está adulto e em fase de reprodução. Cada fêmea faz uma postura de 2.000 a 3.000 ovos.

Assim ações preventivas devem ser tomadas para combater os carrapatos nas propriedades. A rotação de pastagem é uma das formas de diminuir a quantidade dos parasitas. Segundo Santana "Os animais que constantemente estão infestados, destoando do rebanho, chamados popularmente de ‘animais de sangue doce’, devem ser descartados".

Para um melhor resultado em caso de infestação, a aplicação de acaricida devem ocorrer em intervalos de 21 dias, de preferência na primavera, estação anterior ao verão que geralmente ocorrem as infestações. E o veneno utilizado deve ser produzido de acordo com os resultados em carrapatos capturados na área da infestação. A infestação é considerada baixa com a média de 20 carrapatos/animal. De acordo com Santana, é preciso atuar nos animais de forma estratégica nos meses de seca, fase em que o parasita está mais susceptível às condições ambientais.

Outra recomendação importante é usar o carrapaticida de forma correta, de acordo com as concentrações indicadas pelo fabricante, nunca a mais ou a menos. A utilização indiscriminada pode resultar na presença de resíduos no leite, na carne e no meio ambiente. Outro problema do uso incorreto e intenso está relacionado à resistência do carrapato aos produtos disponíveis no mercado.


Outras medidas preventivas:

 
  • Separar os animais por espécies;
  • Além do carrapaticida passar a "vassoura de fogo" nas instalações (currais, baias, canis, depósitos);
  • Áreas verdes devem estar limpas e podadas ao máximo para a entrada de raios solares e diminuição da umidade;
  • Tratar sempre os animais adquiridos e deixá-los em quarentena;
  • Manter afastados animais silvestres, principalmente os de grande porte que sejam também possíveis hospedeiros. 

 


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