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Samarco dá primeiro passo para voltar a operar - Licenciamento

Licenciamento Samarco dá primeiro passo para voltar a operar

A Mineradora Samarco ganhou nesta segunda-feira (11) licenças prévia e de instalação da cava Alegria Sul, que fica no complexo da empresa em Mariana, em Minas Gerais. O local deverá ser usado como novo depósito de rejeitos de minério. Com elas, a companhia pode começar obras de adaptação e ampliação do local. As operações da mineradora estão paralisadas desde o dia 5 de novembro de 2015, quando a barragem de Fundão, que armazenava os rejeitos, se rompeu e ocasionou a tragédia em Mariana.

Para voltar a operar, agora, a Samarco só depende da aprovação do Licenciamento Operacional Corretivo e de uma licença de operação da Alegria Sul - documentos que não têm previsão para serem expedidos. Com isso, a mineradora também não sabe quando voltará a operar.

As licenças prévia e de instalação foram aprovadas no fim da manhã de hoje por 11 votos a 1 dos conselheiros que integram o conselho de políticas ambientais do Estado, Copam. A Samarco planeja usar a cava de Alegria Sul por seis anos.

De acordo com a Samarco, ainda precisam ser retiradas desta cava cerca de 13,5 milhões de toneladas de minério para que o local possa ser usado como depósito. A cava, como é chamada, é de onde a empresa extraía o minério de ferro para usar nas próprias operações.

A companhia acredita que a cava Alegria Sul consegue atender por cinco anos a demanda da Samarco. Isso porque uma outra licença, que ainda precisa ser concedida, prevê que no primeiro ano de uso 100% do rejeito seja depositado no local, ao passo que, a partir do segundo ano, apenas 20% do material deve ser despejado na cava. É que os 80% restantes, de acordo com a companhia, se trata de areia - que passará a ser filtrada e empilhada.

A licença para uso e reforma da cava foi protocolada em junho do ano passado e teve as autorizações dadas nesta manhã (11). A segunda licença, que dará à Samarco o direito de voltar a operar, foi protocolada em setembro deste ano. De lá para cá, a empresa já participou de audiências que tratam dessa liberação.


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